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RESUMO DO CAPÍTULO “A EDUCAÇÃO DOS OITOCENTOS” DA OBRA “HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO” DE MARIO ALIGHIERO MANACORDA

Por:   •  1/4/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.061 Palavras (9 Páginas)  •  760 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ – CAMPUS ITAITUBA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MATHEUS DA SILVA FERREIRA

RESUMO DO CAPÍTULO “A EDUCAÇÃO DOS OITOCENTOS” DA OBRA “HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO” DE MARIO ALIGHIERO MANACORDA

itaituba

2020


MATHEUS DA SILVA FERREIRA

RESUMO DO CAPÍTULO “A EDUCAÇÃO DOS OITOCENTOS” DA OBRA “HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO” DE MARIO ALIGHIERO MANACORDA

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas como requisito necessário para obtenção de nota parcial na disciplina de Fundamentos Históricos, Filosóficos e Sociológicos da Educação, período I.

Orientador: Prof. Luiz Rezende.

itaituba

2020


MANACORDA, Mario Alighiero. História da Educação: da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Cortez, 1992. Capítulo IX. A Educação nos Oitocentos. pp. 269-278, 290-298.

RESUMO

        O capítulo “A Educação nos Oitocentos” do autor Mario Manacorda inicia com a afirmação de que a educação antes da revolução industrial era apenas uma questão política, mas que se tornou um problema social devido às implicações e impactos nas formas de trabalho, resultando na divisão do trabalho onde o indivíduo deixa de se dedicar às produções manuais de artesanatos para adentrar ao mercado capitalista, pois os produtos passam a serem produzidos por máquinas, há o aumento de produção em série de forma otimizada e o indivíduo inicia uma nova fase de vida nas áreas urbanas e isso provoca conflitos sociais e geram mudanças culturais e econômicas.

A força da produção passou a estar centralizada nas máquinas e permitiu a descoberta de novas fontes de energia. Pelo fato da necessidade de se ter conhecimento para o manuseio de máquinas, o homem precisava se capacitar, já que a revolução representava novas exigências, aumento de produtividade com grandes investimentos em capitais, exploração de novos continentes, aquisição de territórios (onde o artesão deixa de ser dono de suas propriedades, estas que tem suas matérias-primas exploradas), grandes descobertas científicas e avanço de recursos tecnológicos que passou a agilizar os processos de produção.

A partir daí, tem-se a necessidade de promover uma educação com preparos técnicos, e por isso a pedagogia não se limite apenas aos conteúdos básicos de ensino, mas se estende a conteúdos instrutivos, que prepara o homem para atuar no mercado de trabalho. Neste momento surge a Nova Escola, esta que se propôs a mudar as formas de ensino tradicional em prol de uma Integração da aprendizagem escolar com conceitos sociais importantes e em preparar pessoas para viver em um mundo dinâmico e em constante transformação.

A utopia socialista abordada pelo autor não está delimitada a sonhos e devaneios literários, mas que diante do contexto favorável ou de crise, o homem procuraria meios de superar e focar em um objetivo para si. O autor aponta que a inspiração religiosa continua a ser uma característica forte dos utopistas socialistas que buscam vencer as dificuldades do cotidiano. Além disso, o autor novamente destaca os efeitos da revolução nos aspectos das indústrias, condição de trabalho, trabalho intelectual e manual e relaciona com a proposta de uma educação cujos resultados sejam de interesses pessoais ou coletivo, em que cada indivíduo assume a responsabilidade para atuar em uma determinada área, na profissão que lhe convém e que mais tem afinidade ou gosto.

Isso é de fato uma estratégia para que o indivíduo descubra as suas habilidades, qualidades dentro do ramo de trabalho. Já o utopista Etiene Cabet é apresentado por Manacorda como defensor de uma educação elementar que abrange todos os conhecimentos, seguido de uma especialização. Robert Owen defendia um sistema instrutivo que fosse direcionado à formação integral do homem e da mulher, para que o trabalho de ambos ocorressem sempre de forma racional, mas Manacorda se põe a defender a classe trabalhadora como um todo e valoriza as exigências humanas com as quais ele entendi que poderia contribuir com a educação.

Sobre restauração e novos fermentos, Manacorda expressa que o tempo da industrialização representa a produção da vida material e intelectual, onde o esforço do homem está para o domínio da natureza e a sua humanização. O autor em consonância as ideias de Gino Caponni, acreditava que essa ideologia do industrialismo poderia ser um resultado da instrução pública, ou seja, em todos os discursos tendia a proposta em defesa do acesso à educação e o seu reconhecimento como um direito do cidadão. Isso gerava conflitos com os católicos como Francesco Pertusato que criticava a proposta como algo fora da realidade e sem sentido para a maioria das pessoas, pois para ele o conveniente seria manter limites comunicativos com pessoas que prestavam serviços nas fábricas ou atividades paralelas destinada a industrialização e que bastariam apenas a alfabetização e o catecismo.

Os conflitos entre a igreja e o Estado continuam no séc. XIX contra a educação igrejeira, pois o interesse como aborda o autor era reduzir a influência da igreja católica, universalizar e manter estável a proposta da educação como uma necessidade social e precisa. Mas as escolas continuaram por algum tempo sendo controlada pelas igrejas católicas e reformadas e a responsabilidade passou a ser do Estado no ano de 1833 através de um decreto assinado pelo Ministro e Monárquico Guizot, o qual determinou a remuneração para professores, mas a igreja de alguma forma exercia influência nos centros de ensino superior.

A batalha pedagógica entre os defensores da educação tradicional e a moderna baseada nos princípios: laicidade (exclusão das Igrejas do exercício do poder político), estaticidade e universalidade alcançou desde as séries iniciais ao ensino superior. Nas séries iniciais, a discussão era a reflexão sobre as metodologias de ensino e a didática, pois Capponi definia a Pedagogia como uma ciência que se definia por normas e para ele uma sociedade organizada não deveria impor tantos conteúdos para as crianças, mas que bastasse um apoio, uma força das obras. Capponi entendia que as literaturas que muitos afirmavam serem destinadas a uma educação transformadora, mas de origem jesuítas se tornavam em teorias sem sentimento, pois era uma reprodução de modelo tradicionais que as famílias repassavam para as gerações seguintes.

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