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SERIA UM DESAFIO PARA A ARQUITETURA A NOÇÃO DE LUGAR DE AUGÉ?

Monografia: SERIA UM DESAFIO PARA A ARQUITETURA A NOÇÃO DE LUGAR DE AUGÉ?. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/2/2015  •  Monografia  •  5.419 Palavras (22 Páginas)  •  227 Visualizações

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JOSÉ ALBERTO VENTURA COUTO

SERIA UM DESAFIO PARA A ARQUITETURA

A NOÇÃO DE LUGAR DE AUGÉ?

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Estadual de São Paulo – São Carlos, como parte das exigências da Disciplina Espaço, Lugar e Espacialidades.

SÃO CARLOS

SÃO PAULO - BRASIL

2010

JOSÉ ALBERTO VENTURA COUTO

SERIA UM DESAFIO PARA A ARQUITETURA

A NOÇÃO DE LUGAR DE AUGÉ?

Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Estadual de São Paulo – São Carlos.

APROVADA em __ de _________ de _____.

USP - SC

SÃO CARLOS

SÃO PAULO - BRASIL

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 2

2 O PROBLEMA DO DISCURSO

2.1 da arquitetura e o conceito de lugar 4

2.2 Discurso programático versus a vivência e o simbólico do espaço 5

3 O REVERSO DO CONCEITO DE LUGAR

3.1 Não-lugar e heterotopia 7

3.2 Arquitetura simulada 8

4 LUGAR E ARQUITETURA

4.1 Esperança – lugares da contemporaneidade 11

4.2 Lugar na antropologia urbana 12

4.3 Lugar como espaço de uma sociabilidade variada e aberta 13

4.4 Arquitetura e cidade 14

4.5 Arquitetura como espaço da permanente transitoriedade do lugar 17

4.6 A condição da arquitetura no conceito de lugar 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS 21

Os desafios em comum para o lugar e para a arquitetura

REFERÊNCIAS 22

INTRODUÇÃO

O propósito desta monografia é elaborar reflexões e questionamentos sobre as implicações da noção de lugar de Augé para o ato de projetar a arquitetura. Em outras palavras, uma interpretação dos textos de Augé no que supostamente contém em implicações sobre a possibilidade de qualificar o espaço edificado e o urbano por meio de seu processo de definição.

Supõe-se que a noção de lugar elaborada por Augé contenha valores significativos para a arquitetura por se tratar de um conceito que tem repercussões essenciais sobre uma característica da vida social que é acontecer em um espaço físico; não por acaso, o espaço imaginário que inspira a arquitetura.

Por outro lado, a partir da modernidade, várias outras abordagens da noção de lugar foram aplicadas à arquitetura e permitiram cumprir, ainda que apenas retoricamente, uma finalidade fundamental: justificar aquela arquitetura. Seu mote foi aspirar tornar-se lugar por meio de seu discurso utópico: abrigar um tipo de sociedade orgânica (lugar: cultura localizada no tempo e no espaço). Entretanto, conforme será apresentado, esse lugar seria algo mais próximo de uma heterotopia como formula Foucault ou com um não-lugar elaborado por Augé do que um lugar no sentido antropológico, um lugar singular. A partir deste esboço, pode-se dizer que há indícios de que a questão do lugar seria decisiva para a arquitetura ao refletir sobre o que realmente seria o lugar na concepção abrangente de Augé e o que este significaria para a arquitetura.

Para que essa discussão tenha sentido para a arquitetura é necessário re-situar os conceitos: de espaço, heterotopia, não-lugar e lugar. Já o espaço (físico, geométrico) não é o único componente do lugar e da arquitetura, mas nessa análise é o elemento em comum entre os conceitos considerados. Também se considera que toda a discussão se dá na contemporaneidade, em que o mundo hodierno obriga a uma problematização que a vincule a qualquer que seja o conceito que se elabore na relação com a arquitetura.

Serão apresentadas, ainda, algumas reflexões sobre questões que podem ser importantes para a aproximação de um pensar-se a arquitetura a partir da noção de lugar (e vice-versa) como o problema da permanência em arquitetura.

O PROBLEMA DO DISCURSO

O discurso utópico da arquitetura e o conceito de lugar

Pode-se constatar que a arquitetura trás em sua trajetória moderna um forte apelo a uma idéia de lugar, diga-se de passagem, precariamente elaborado e usado de forma distorcida. A partir da modernidade, a idéia de explicar a arquitetura e justificá-la se dá preferencialmente por meio de sua finalidade, inclusive no aspecto formal-simbólico relativo a esta finalidade por meio do discurso utópico como bem caracteriza Michel de Certeau .

A arquitetura recorrentemente tem almejado ser um lugar, basta verificar o conteúdo de seu discurso como já citado. Significa que tem havido neste discurso, especialmente ao longo do advento da modernidade, um componente descritivo, discursivo-retórico de uma pretensa organicidade funcional, relacional e simbólica, em que, retoricamente haveria em suas propostas, um sentido

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