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Sustentabilidade e Gestão Ambiental - Hospitais Verdes

Por:   •  12/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.643 Palavras (7 Páginas)  •  229 Visualizações

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                                           UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA[pic 1]

                                           “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

                                                 CAMPUS DE GUARATINGUETÁ

VINICIUS BARREIRO SHISHIDO – RA 171323173

Green Hospitals e Green Health Care

Guaratinguetá

2018

Sumário 

1-        Introdução        Erro! Indicador não definido.

1-        Design de Green Hospitals        Erro! Indicador não definido.

3-        Dejetos e equipamentos hospitalares        Erro! Indicador não definido.

4-        Medidores        5

5-        Conclusão        6

6-        Referências        7

1.INTRODUÇÃO

Ao analisarmos os “Hospitais Verdes”, estamos na verdade falando sobre algumas frentes do que formam esse tópico. Tais tópicos são os designs dos hospitais, os dejetos, equipamentos hospitalares e, por fim, os medidores pelos quais se analisa a performance dos hospitais.

O primeiro tópico se embasa muito mais as áreas estruturais de um hospital, sendo essas características aplicáveis em outros ambientes que não sejam o hospitalar. Já o segundo tem um estudo fundamentado no lixo gerado, no tratamento do mesmo. O terceiro analisa a eficiência dos equipamentos utilizados e o último é uma forma de avaliação de todos.

Em suma, esse trabalho busca evidenciar quais são os mais atualizados hospitais sustentáveis e as formas utilizadas para a avaliação dos mesmos.

2. DESIGN DE GREEN HOSPITALS

O que define o design dos “Hospitais Verdes” são diversos fatores. Em grande parte, esses fatores não são específicos de hospitais e podem ser aplicados á outras construções. Com isso em mente, deve-se pensar não somente na estrutura física do prédio, mas a construção e seus eventuais dejetos como um todo.

Visando proporcionar uma análise mais exata de pontos recorrentes que devem ser analisados em hospitaisVarangu F., 2013 nessa variação e em outras consequências ambientais que um hospital podre gerar, o Rush University Medical Center foi criado. Nele, prezam-se teto verde, que regula a temperatura de uma forma natural, sem o gasto energético, material da construção e detritos da construção, que são reutilizados ou reinseridos de alguma forma na construção ou tem um fim mais ecológico do que um lixão, reguladores térmicos, que condensam água que é utilizada para reuso em lavagens e no fornecimento de água para palntas,  estrutura e design do prédio, Sensores nos quartos, Tipo de iluminação, sendo a estrutura em formato de borboleta utilizado para economizar energia também, tipo de energia, sendo em parte renovável, e reciclagem do material, como os materiais utilizados para a alimentação dos pacientes dada em produtos feitos com amido de milho, que é mais sustentável.

                                      Fotografia 1: Rush University Medical Center[pic 2]

                                                           Fonte: Grant Cooper (2016)

Os tipos de reduções e alterações realizadas nesse hospital não apenas tem um impacto ambiental e social, mas também gera reduções nos gastos que seriam gerados. Tudo isso acaba se alinhando muito com o conceito de Tripé da sustentabilidade (GLAC K.,2015), em que temos todos os três pilares da sustentabilidade sendo preenchidos.

3. DEJETOS E EQUIPAMENTOS HOSPITALARES

Ao adentrarmos nesse tópico, entende-se por dejeto hospitalar todo o lixo gerado pelas atividades do hospital. Muitas dessas geram produtos que não podem ser reutilizados pois ficam contaminados ou tóxicos. Nesse sentido, é dever do hospital livrar-se do lixo de uma forma que tenha o menor impacto possível. Se a instituição não cumprir a RDC n° 306/04 (ANVISA, 2004) terá penalidades previstas na Lei n° 6.437/77.

Nesse contexto, desenvolveram-se diferentes técnicas de gestão desses dejetos, por vários métodos e equipamentos diferentes. O mais comumente utilizado na sociedade contemporânea é o por meio de incineradores (Heavy metal contamination of soils around a hospital waste incinerator bottom ash dumps site,2016). A tabela abaixo evidencia o tipo de preocupação com os resultados e seus efeitos na qualidade do resíduo sólido, na água e no ar.

Tabela 1: Resumo dos aspectos ambientais das tecnologias de tratamento

[pic 3]

Fonte Tabela 1: Microwave as an emerging technology for the treatment of biohazardous waste: A mini-review (2017, p. 5 apud UNEP, 2012)

Apesar de existirem outros métodos que tenham um menor impacto ambiental, eles costumam serem mais caros. Isso reforça os motivos pelos quais os incineradores são os mais utilizados. Em suas cinzas, temos uma grande concentração de diversos metais pesados que ultrapassam os valores recomendados de concentração por kilo estipulado pela organização americana de tratamento de lixo, como é evidenciado na tabela 2.

Tabela 2: Metais pesados que são detectados nas cinzas de lixo hospitalar

[pic 4]

Fonte Tabela 2: Heavy Metal Contamination of Soils around a Hospital Waste Incinerator Bottom Ash Dumps Site (2018)

 Entretanto, uma tecnologia emergente na área de tratamento de lixo tóxico é o de micro-ondas (ZIMMERMANN, K. 2017). O conceito é aplicado de forma que se tem um grande micro-ondas que é emite ondas que fazem com que a temperatura seja muito elevada. Nessa temperatura, as bactérias são todas exterminadas e o lixo não é mais considerado tóxico, podendo ser eliminado de outras formas mais adequadas, sendo mais sustentável.

Uma máquina que realiza todo esse processo e é referência nesse campo emergente é a Ecosteryl 125, que além de todo o conceito de micro-ondas, também utiliza um triturador para reduzir o espaço e a decomposição do lixo hospitalar.

4. MEDIDORES

Ao analisarmos os “Hospitais Verdes”, estamos estudando métricas quantitativas e qualitativas para avaliar a sustentabilidade desse setor. No Brasil, o que mais se assemelha á isso é o selo Qualiss, certificado pela Agência Nacional da Saúde. Esse selo é gerado a partir da análise da acreditação, da segurança do paciente e de projetos de indução a qualidade. Todos esses tópicos são muito subjetivos e não possuem métricas claras no site ou artigos que falem muito sobre a parte avaliativa, sendo muitas vezes utilizado num esquema para aumentar o preço de seguros de saúde e seus avaliadores não tem um grande contato com o sistema ou com o órgão por um longo período (LISBÔA
R., 2015)

Já nos Estados Unidos, o órgão que cuida mais da área desse tipo de análise é o Agency for Health Care Research and Quality. Todavia, não possuem algo voltado para o meio sustentável. Realizam várias pesquisas, mas nenhuma com um cunho ambiental muito forte.

O melhor indicador, vista a análise acima, é o Green Hospitals Scorecard do canadian coalition for green health care. Essa avaliação possui métricas claras, webinars para explicar as suas avaliações e diversos artigos que guiam hospitais para uma gestão hospitalar mais sustentável.

O hospital que ganhou o prêmio de melhor hospital do ano de 2016 foi o St. Micheal’s, por sua administração de água, programas de reciclagem, política hospitalar e empresarial, compras e pagamentos efetivos com um bom planejamento e diversos cursos e capacitações dos membros.

5. CONCLUSÕES

Ao analisarmos os “Hospitais Verdes”, temos que diversos tópicos evidenciam a necessidade de pontuarmos as melhorias que seriam geradas a partir de um incentivo ao investimento nas áreas sustentáveis em hospitais, obedecendo ao Triple Bottom Line, sustentado pelas partes ambientais, com todo o tratamento de lixo, dejetos, estruturas, que acarretam na parte econômica, com diminuição de gastos com recursos e por fim, a parte social, atingindo toda a sociedade de forma positiva tanto por gerar um ambiente mais saudável para as pessoas quanto por ser um hospital e atender melhor os pacientes.

5. CONCLUSÕES

  • Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ). Data Sources Available From AHRQ. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de 2018.
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Qualidade de Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Profissionais de Saúde. Disponível em <http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/espaco-do-consumidor/qualidade-de-hospitais-clinicas-laboratorios-e-profissionais-de-saúde> Acesso em: 25 de maio de 2018
  • Canadian Coalition for Green Health Care. Green Hospital Scorecard. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de 2018
  • Rush University Medical Center. Green Hospital. Disponível em: <> Acesso em: 25 de maio de 2018
  • Canadian Coalition for Green Health Care. Top Scorers Green Hospital Scorecard 2016. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de 2018
  • Hospital do câncer. Planta baixa do hospital do câncer. Disponível em: Acesso em: 25 de maio de 2018
  • Hui C. K.; Xu B. Chung; Partidge, M. Green respiratory health care: Time for us all to act. 2018
  • M. Adama, R. Esena, B. Fosu-Mensah, D. Yirenya-Tawiah. Environ Public Health. 2016
  • National Academy of Sciences. Green Healthcare Institutions: Health, Environment, and Economics: Workshop Summary. 2008. 2 Sustainable Healthcare Facilities
  • Zimmermann, K. Microwave as an emerging technology for the treatment of biohazardous waste: A mini-review. 2017
  • Glac, K. Triple Bottom Line. 2015
  • Canadian Coalition for Green Health Care. Health Care Facility Climate Change Resiliency Checklist. 2013
  • M. Adama,  R. Esena,  B. Fosu-Mensah,  and D. Yirenya-Tawiah. Heavy Metal Contamination of Soils around a Hospital Waste Incinerator Bottom Ash Dumps Site. 2016

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