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Tecnico De Necropsia

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Por:   •  24/1/2015  •  2.383 Palavras (10 Páginas)  •  1.723 Visualizações

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Técnica da Necrópsia

Apesar do ato na necrópsia ser atributo do anatomopatologista e do legista, é indispensável que o estudante e o médico geral tenham noção dos principais tempo da técnica sobre tudo da abertura do cadáver.

Geralmente em grandes centros a técnica da necrópsia é realizada pelo técnico do IML, onde o médico responsável pela necrópsia apenas acompanha passo a passo o desenvolvimento e verifica e confirma a causa mortis.

A técnica de uma necrópsia deveria seguir normas gerais semelhantes àquelas de uma operação cirúrgica ideal. Tal como na cirurgia, o operador deve ficar ao lado direito do cadáver e o auxiliar do lado oposto. A função do auxiliar na necrópsia é semelhante àquela do cirurgião, isto é, facilitar as manobras de evisceração e enxugar constantemente o sangue e líquidos, para limpar o campo e evitar que os mesmos caiam no chão.

TEMPOS: O ato necroscópico consiste em três tempos fundamentais: exame externo do cadáver, abertura das cavidades e evisceração. Como complemento estão a dissecação do pescoço e dos membros inferiores.

EXAME EXTERNO: Importantíssimo na medicina legal, sobretudo em casos de suicídio ou homicídio por arma de fogo. Em anatomia patológica é indispensável, além do exame geral da pele e mamas na mulher, verificar os genitais externos e os orifícios naturais.

Indumentária

Ao ato da cirurgia em que a indumentária do operador visa mais a proteção do doente do que a ele próprio, na necrópsia é o patologista quem se protege. Normalmente usa-se uniforme avental, máscara e botas de material impermeável, luvas de borracha e luvas de pano, cobrindo as primeiras para facilitar apreensão das vísceras.

Instrumental

O instrumental utilizado é semelhante ao usado em cirurgia geral, porém menos variado, podendo para o uso corrente ficar limitado aos seguintes instrumentos: bisturi, facas de lâminas curta e longa, tesouras reta e curva, enterótomo, pinças anatômicas e dente de rato, pinça de Kocher, costótomo, rugina, serra, régua metálica, balança, bandeja para colocar os órgãos, agulha manual ou com porta-agulha, fios de sutura grosso ou barbante.

Instalações

O mobiliário essencial deve constar de uma mesa de autópsia preferentemente de aço inoxidável com canaletas para escoar o sangue e de uma pia funda. Deve haver uma mesa para o instrumental do necroscopista outra para seccionar as peças e uma terceira com uma balança. No recinto do serviço de anatomia patológica é óbvio instalar uma câmara frigorífica regulada de -5º C a +5º, para conservação de cadáveres ou peças frescas.

Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necropsia, que na verdade é variante de uma das quatro técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de Rokitansky.

• Virchow os órgãos são retirados um a um e examinados posteriormente.

• Ghon, , a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatômicamente/ou funcionalmente relacionados.

• M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só monobloco.

• Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente após terem sido abertos e examinados "in situ".

O conhecimento das diferentes técnicas é importante para fornecer ao patologista e ao técnico outras opções de manipulação do corpo em situações especiais, onde a técnica habitualmente empregada é impraticável.

Roteiro tecnico

Identificação do cadáver: Identificar sexo, nome, cor, etnia e idade do cadáver.

• Exame externo do cadáver.

• Abertura do cadáver:

• Decúbito: -dorsal, melhor posição

• Incisão da pele na linha média

• Abertura da cavidade toracical.

• Abertura da cavidade abdominal.

• Verificar pressão negativa no tórax.

• Exame das cavidades abdominal e torácica.

• Remoção e exame das vísceras abdominais, inclusive aparelho genito-urinário e adrenais.

• Apresentação ao médico

Premoriência é a ordem cronológica dos óbitos das diversas vítimas em um mesmo evento. De regra, nestes casos, é de extrema importância tentar determinar a seqüência dos óbitos, notadamente por problemas patrimoniais, de herança.

Não se trata de um problema fácil de resolver. É necessária boa habilidade do legista, grande poder de observação e uma avaliação global do quadro como um todo para, posteriormente, levando em consideração:

o natureza da lesões;

o local dos ferimentos;

o intensidade das lesões;

o condições físicas das vítimas, e

o idade das vítimas,

poder chegar a uma conclusão diagnóstica, considerando, afora a diferente gravidade dos ferimentos, que os mais fortes prevalecem, pela lógica natural, sobre os mais fracos e os mais jovens sobre os mais idosos.

EXAME EXTERNO

O exame externo (ectoscopia) é de grande importância na elucidação e confirmação de diversos estados patológicos, bem como na detecção de lesões traumáticas.

Devem ser observados:

• O desenvolvimento do esqueleto, fazendo referência a deformidades existentes.

• Nutrição - avaliada pela quantidade de tecido adiposo subcutâneo e desenvolvimento muscular.

• Pele - observa-se a presença de lesões cutâneas, cicatrizes, incisões, tatuagens ou alterações da cor (que podem ser patológicas ou não). A icterícia pode ser vista na pele, mas é melhor quantificada nas escleróticas; é causada pela impregnação dos tecidos pela bilirrubina em taxas elevadas (hepatites, leptospirose, tumores das vias biliares etc).

• A hipostasia (livor cadavérico) dá uma cor vinhosa ou violácea às porções mais inferiores do corpo (dorso, no caso de pacientes

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