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Bioeletrogênese Sistema Nervoso

Por:   •  23/2/2019  •  Resenha  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  298 Visualizações

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Bioeletrogênese- Sistema Nervoso

Roberta tem 30 anos e é mãe de 2 filhos. É uma mulher forte e que pratica atividades físicas todos os dias. Entretanto, nas últimas semanas começou a sentir um formigamento progressivo nas extremidade do corpo além de fraqueza muscular. Ontem, ao se levantar da cama, não conseguiu se sustentar e foi para a emergência do hospital. A doença avançou e Roberta precisou ser entubada. Os médicos a diagnosticaram com síndrome de Guillain-Barré. Quais os mecanismos fisiopatológicos dessa síndrome? Correlacione com o assunto visto na aula de hoje.

  • MECANISMOS FISIOPÁTICOS

A síndrome de Guillain-Barré pode ser adquirida logo após uma infecção viral ou bacteriana, dentre as bactérias e vírus que a causam estão as campylobacter jejuni (uma das formas mais comum de ser adquirida), citomegalovírus, vírus epstein-barr, vírus varicella-zoster, vírus do HIV e o zyca vírus, também pode ser adquirida por pneumonia.

Os primeiros sintomas da síndrome consistem em fraqueza muscular nas pernas e braços e formigamento, quando a doença se agrava mais pode acontecer paralisia dos membros e dos músculos da respiração essa condição faz com que o paciente necessite de aparelhos para respirar e no caso de um grande agravamento dos sintomas é provável que ele perda o movimento dos membros. Por isto, quanto mais cedo for o diagnóstico, mais rápido deve ser o tratamento, visto que esta doença pode piorar em progressão rápida.

A síndrome de Guillain-Barré acontece quando os nervos periféricos são atacados pelos próprios anticorpos do paciente o que da a essa doença a característica autoimune e dificulta o seu tratamento. A partir do momento que o sistema nervoso é atacado acontece a inflamação dos nervos periféricos e por isso o paciente sente uma sensação de formigamento nos braços, nas pernas e nos músculos respiratórios. Esse processo de inflamação dos nervos será descrito mais detalhadamente quando se fizer a correlação com a aula de eletrofisiologia.

O mecanismo autoimune que leva esta doença a destruir os nervos periféricos após uma infecção é conhecido de "mimetismo molecular", ou seja, existem pequenas partículas proteicas nestes vírus e/ou bactérias que são semelhantes a proteínas do nosso organismo e, ao produzir anticorpos, nosso corpo acaba destruindo tanto os vírus/bactérias, como os nervos periféricos das pernas e braços.

O processo de diagnóstico da doença não é fácil, pois ela pode ser confundida com outras desordens do sistema nervoso, em alguns casos pode haver a solicitação de exame de sangue para descartar outras causas possíveis, mas, são executados dois testes para confirmar seu diagnóstico:

  1. Estudos de condução nervosa e eletromiografia, ou seja, testes que medem a função do nervo e músculo.
  2. Punção lombar onde uma pequena agulha é usada para remover uma pequena quantidade de fluido a partir do canal espinhal, posteriormente levado para análise.

Após o diagnóstico efetivo o paciente recebe algumas opções de tratamento. Já foi estudado o tratamento com corticoides por serem potentes anti-inflamatórios, no entanto, Não se sabe por que, os corticoides não conseguiram retardar a progressão da doença, e ainda por cima aumentaram o risco dos pacientes de desenvolver diabetes. Mas os procedimentos que funcionam são:

  1. Plasmoferose: Usado para remover os anticorpos do sangue, é a substituição do plasma do sangue feita por uma máquina.
  2. Bloquear os anticorpos usando imunoglobulina: A imunoglobulina é usada em grande quantidade para fazer o bloqueio dos anticorpos que causam inflamação.

Ambos os tratamentos tem o foco em bloquear a ação dos anticorpos afim de diminuir o avanço da doença.

  • RELAÇÃO COM A ELETROFISIOLOGIA

A eletrofisiologia está relacionada com o estudo e diagnostico de doenças neuropáticas periféricas, como a síndrome de Guillain-Barré. A síndrome de Guillain-Barré costuma afetar mais frequentemente o revestimento do nervo (chamado de bainha de mielina). Essa lesão é chamada de desmielinizarão e faz com que os sinais nervosos se propaguem mais lentamente. O dano a outras partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar completamente. A desmielinização é estudada em seus diferentes níveis a partir de exames eletrofisiológicos que buscam encontrar as lesões causadas nesse processo que podem resultar em perda dessas fibras.  

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