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Bromatologia: Vitamina K

Por:   •  12/8/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.486 Palavras (6 Páginas)  •  518 Visualizações

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VITAMINA K

Profª Sheila de Fátima Fioratti Guarnieri

 Bromatologia

João Carlos Ribeiro                                             411107373

Rafaela Oliveira Jacob                                        411100106

Thais Rodrigues Mangabeira                              911105757

SÃO PAULO

2012

Introdução

Em 1929, Henrik Dam descobriu a vitamina K, como um fator anti-hemorrágico com capacidade de restabelecer perturbações sanguíneas observadas em galinhas, alimentadas com dieta livre de gordura, daí surgiu a denominação de vitamina “K” que vem da palavra koagulation. As formas naturais de vitamina K são a Filoquinona e as menaquinonas. A vitamina K1 que hoje é chamada de filoquinona, é a única correspondente à vitamina presente em plantas (encontrada em hortaliças e óleos vegetais), a K2, que são as menanquinonas são uma forma sintetizada por bactérias, e a K3 que é chamada de menadiona. A vitamina K atua como cofator essencial na carboxilação de resíduos específicos de ácido glutâmico, levando a formação de Gla. Esta carboxilação capacita as as proteínas de coagulação a se ligarem com o cálcio, e assim ocorre interação com os fosfolipídios das membranas das plaquetas e células endoteliais, e o processo de coagulação sanguínea normal se torna possível. Existem vários grupos de proteínas que são dependentes da vitamina K e não possuem ligação alguma com a coagulação sanguínea, mas sim com a homeostasia do cálcio. Existem também evidências de que a vitamina K é importante no desenvolvimento precoce do esqueleto e na manutenção do osso maduro sadio.

Fontes de vitamina K

A forma mais encontrada da vitamina K é a filoquinona (K1). É encontrada em diversos tipo de alimentos, tanto de origem vegetal, quanto de origem animal, com variações de 1 µg (leite) à 400 µg (espinafre e outras hortaliças). As carnes são pobres em filoquinona, tem em cerca de 1 µg ou menos a cada 100g.

 As principais fontes são : leite, repolho, espinafre, nabo, brócolis, couve, ovo, fígado, óleos de canola e de soja.

  Frutas, raízes, tubérculos são pobres em Vitamina K.

Os óleos e as gorduras são importantes fontes de filoquinona, por exemplo, as manteigas contém aproximadamente 10  µg por 100g. Os óleos vegetais são mais ricos contendo de 200 à 400  µg por 100g. Vegetais que possuem as folhas verdes contém teor maior de filoquinona e contribuem com até 50% da ingestão total. Há maior concentração de filoquinona nas folhas mais externas ou na casca das frutas comparada com as folhas mais internas ou com a polpa. As concentrações podem ser alteradas por fatores como: clima, estação do ano, fertilização do solo e etc.

  Um estudo feito em 1992 por Ferland & Sadowski indicaram que a filoquinona é estável ao calor e ao processamento, porém é destruída rapidamente na presença de luz natural ou fluorescente, chegando até a perder 87% da vitamina (Óleo de canola).

 Os óleos vegetais hidrogenados, ricos em filoquinona, são muito utilizados na industria por suas características físicas e sua estabilidade oxidativa. Alimentos que são preparados teor de gordura hidrogenada possuem de 30 à 60  µg dK/ 100g. A influência de alimentos com altas concentrações de óleos hidrogenados, no estado nutricional relacionado à filoquinona ainda não é conhecida.

Absorção, Armazenamento e Metabolismo

A vitamina K é absorvida no intestino delgado, e armazenada no fígado. É incorporada aos quilomícrons (lipoproteínas) e transportadas pelas vias linfáticas. A absorção foi mensurada em 40 à 80%, considerando a variação do veículo utilizado pela vitamina e pela circulação enterohepática. Quando a filoquinona é administrada em humanos, tanto em nível fisiológico quanto farmacológico a vitamina aparece no plasma dentro de 20min, com pico em 2h, em seguida declina exponencialmente a baixos valores,durante 48-72 horas. As principais lipoproteínas são as ricas em trigliceróis, sendo responsáveis por 83,0% da filoquinona plasmática, e as lipoproteínas HDL e LDL são menos importantes, 7,1% e 6,6%, respectivamente.

Quando a filoquinona chega ao fígado, é reduzida a hidronaftoquinona, que é o cofator ativo para carboxilase. O fígado tem o papel de excretar a vitamina K do organismo, e  parte que é secretada é independente da dose que foi administrada, aproximadamente 70% da quantidade ingerida são perdidas na excreção, por este motivo, os estoques de filoquinona são constantemente reabastecidos (nos estoques hepáticos, estão aproximadamente 10% de filoquinona e 90% de menaquinona-K2). Em um adulto as concentrações de filoquinona são de aproximadamente 5ng/g.

 Foram realizados estudos em tecidos de cadáveres humanos, onde foi notado que existem padrões de distribuição de vitamina K. Foram encontrados níveis altos de vitamina K1 no fígado, coração e pâncreas, níveis reduzidos no cérebro, rim e pulmão. A MK-4 foi encontrada em quase todos os tecidos, chegando a ultrapassar os níveis de K1 no cérebro e rins. Não é conhecida a influencia do acúmulo da vitamina K no cérebro, coração e pâncreas.

 O fígado é considerado o maior armazenador de vitamina K, devido ser o local onde ocorre a síntese de proteínas de coagulação que são dependentes da vitamina K, porém, o osso cortical possui quantidades equivalentes de vitamina K ao fígado, e pode funcionar como fornecedor da vitamina.

 Interações

 Superdosagem de vitamina A e vitamina E, podem contrapor os efeitos anti-hemorrágicos e promotores da saúde óssea que a vitaina K proporciona.

 Medicamentos podem interferir na produção de vitamina K, como por exemplo, antibióticos, quando administrados por longos períodos podem causar diminuição da produção da menaquinona pelas bactérias da flora intestinal, outro exemplo seria os medicamentos que diminuem o colesterol, podem causar a deficiência por bloquear a sua absorção.

Dosagem necessária e Toxicidade

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