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Por:   •  9/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.801 Palavras (24 Páginas)  •  310 Visualizações

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PROJETO DE DOUTORADO

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Eucalyptus camaldulensis Dehnh. E NITRATO DE GÁLIO FRENTE A CEPAS MULTIRRESSISTENTES DE Acinetobacter baumannii

                                FÁBIO JOSÉ DOS SANTOS AGUIAR

Orientador: Mário Ribeiro de Melo-Júnior

Professor Adjunto, Depto. Patologia – CS/UFPE

Pesquisador do Setor de Patologia – LIKA/UFPE

Recife, 2017


SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        2

2        JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA        5

3        OBJETIVOS        6

4        METODOLOGIA        7

5        FINANCIAMENTO        12

6     CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO        13

7     REFERÊNCIAS        13

  1. INTRODUÇÃO

O gênero Acinetobacter é composto por cocobacilos aeróbios, Gram negativos, não fastidiosos, catalase positiva , oxidase negativa, não fermentadores de glicose, imóveis (LIN; LAN, 2014). Estas bactérias são consideradas ubíquas na natureza e podem ser encontradas em diferentes ambientes tais como, áreas contaminadas por hidrocarbonetos, lamaçal, esgotos, aterros, mas também em vegetais, animais e seres humanos (ATROUNI et al., 2016).  

Existem mais de 50 espécies neste gênero e a maioria não é considerada patógena e podem fazer parte da microbiota humana, porém algumas são consideradas tipicamente microrganismos oportunistas, exibindo grande capacidade e rapidez em desenvolver resistência aos antibióticos. A espécie mais comum que pode causar infecção é o Acinetobacter baumannii, seguida por A. calcoaceticus e A. lwoffii. Outras espécies, incluindo A. haemolyticus, A. johnsonii, A. junii, A. nosocomialis, A. pittii, A. schindleri e A. ursingii, ocasionalmente foram reportadas como patógenos (WONG et al., 2017).

A. baumannii está associado a uma grande variedade de quadros infecciosos, principalmente em indivíduos imunocomprometidos ou hospitalizados e pode ser responsável por infecções respiratórias (em particular, pneumonia associada a ventillação mecânica), septicemia, infecções do trato urinário, infecções da pele e dos tecidos moles, infecções em queimaduras e de feridas cirúrgicas, endocardite, meningite e osteomielite (NOWAK; PALUCHOWSKA, 2016).

A. baumannii exibe relativamente poucos fatores de virulência, quando comparada a outras bactérias Gram(-), mesmo assim, vários destes fatores são produzidos por esta espécie (LEE, C.-R. et al., 2017). Já bem caracterizada, a proteína  OmpA,  pertence ao grupo das porinas e possui várias atividades biológicas importantes ao A. baumannii  tais como: aderência e invasão de células  epiteliais, indução da apoptose, resistência ao soro humano e consequente escape do sistema complemento, persistência no pulmão, facilita a motilidade e a formação de biofilme e também contribui para a resistência a antibióticos (LEE, C.-R. et al., 2017).

A capacidade em desenvolver mecanismos de resistência aos antimicrobianos, associada à sua rápida disseminação, aos fatores de virulência, ao uso indiscriminado de antibióticos e a procedimentos invasivos tais como, ventilação mecânica, cateteres e sondas, transformou o A. baumannii de uma bactéria pouco relacionada à doenças em um patógeno considerado um dos maiores desafios de saúde pública mundial, relacionado à graves infecções, sendo muitas cepas praticamente resistentes a todos os antimicrobianos utilizados na clínica (AMORIM; NASCIMENTO, 2017; TAL-JASPER et al., 2016)

Embora não exista ainda uma padronização na conceituação do fenômeno da mutirresistência, é consenso que multirresistente é aquele microrganismo que é pelo menos resistente a um antibiótico em três ou mais classes distintas (MAGIORAKOS et al., 2011). Do ponto de vista epidemiológico, A. baumannii multirresistente (MDR) está presente em todos os continentes tendo sido inicialmente isolado em Taiwan no ano de 1998 e desde então apresenta surtos cada vez mais crescentes nesta região, como também em outros países da Ásia, Europa, Oriente Médio e Américas,(LIN; LAN, 2014). No Brasil vários casos tem sido reportados. Estudando isolados de A. baumannii em hospitais da cidade do Rio de Janeiro, entre janeiro de 2006 a setembro de 2007, Carvalho et al.(2009) encontraram que de 110 isolados de A. baumanni resistentes ao imipenem, todos eram A. baumannii MDR e  96 (87.3%) produziam a carbapenemase OXA-23. Também foram descritos, por outros autores, clones produtores de OXA-51, OXA-72, OXA-143, em São Paulo, Porto Alegre, Recife (PAGANO et al., 2016; VASCONCELLOS et al., 2017).

 Dentre as espécies de Acinetobacter, A. baumannii MDR apresenta grande resistência aos antimicrobianos, sendo considerada a espécie mais difícil de tratar e erradicar devido a resistência intrínseca, não só às drogas antimicrobianas clássicas como também à maioria dos antibióticos utilizados na prática médica. (DOI et al., 2016; WONG et al., 2017).

Tratamentos com antibióticos para infecções por A. baumannii MDR são baseados em estudos in vitro através do teste de sensibilidade a antimicrobianos (TSA) e pelo exposto anteriormente existem poucas opções. Estas incluem carbapenêmicos como imipenem (IMI) e meropenem (MER), tetraciclinas como tigeciclina (TIG) e minociclina (MIN), polimixinas como polimixina B (POL) e colistina (COL), aminoglicosídeos como amicacina (AMI) e tobramicina (TOB), inibidores de betalactamases como sulbactam (SUL) e fluoroquinolônicos como ciprofloxacina (CIP) e levofoxacina (LEV) (WONG et al., 2017). Como consequência, dada a facilidade em adquirir resistência e a necessidade de iniciar o tratamento o mais rápido possível nos pacientes graves, a utilização de combinações entre fármacos que possuem mecanismos de ação diferentes tem sido proposta como alternativa à monoterapia (DURANTE-MANGONI; UTILI; ZARRILLI, 2014)

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