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Marcadores tumorais dos líquidos corporais

Por:   •  9/9/2017  •  Resenha  •  768 Palavras (4 Páginas)  •  345 Visualizações

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Marcadores tumorais dos líquidos corporais

O desenvolvimento de testes para detectar marcadores tumorais é uma área de pesquisa crescente. Os marcadores tumorais podem ser antígenos de superfície celular, proteínas, enzimas e hormônios que são introduzidos na circulação sanguínea. Estas macromoléculas, normalmente, são indicadoras da presença de um tumor, podendo ser detectadas no plasma ou em outros líquidos corporais.

Na prática clínica, os marcadores podem ser utilizados para rastreamento, diagnóstico, prognóstico, avaliação da resposta ao tratamento e monitoramento de recidiva. Sendo que podem ser errôneos por não apresentarem especificidade e sensibilidade necessárias para a detecção de um tumor. O desenvolvimento de ensaios com anticorpos monoclonais levou à descoberta e investigação de marcadores tumorais atualmente, porém o número de marcadores com valor clínico ainda é baixo. Serão citados nestes trabalho os principais marcadores tumorais.

CEA: é uma glicoproteína produzida no tecido embrionário intestino, pâncreas e fígado, que é laborada por diversos neoplasmas. Dependendo do nível sérico, foi caracterizado como positivo entre 60% a 90% dos carcinomas de cólon e reto, 50% e 80% dos carcinomas pancreáticos e 25% a 50% dos carcinomas gástricos e câncer de mama. O antígeno carcinoembrionário elevado também foi identificado em muitos distúrbios benignos e, ocasionalmente, em fumantes "saudáveis". Devido a isso, não são específicos para detecção de tumores iniciais. Em portadores de câncer, os níveis de CEA podem indicar doença residual, recidiva ou metástase.

AFP: é uma glicoproteína sintetizada no início da vida fetal pelo saco vitelínico, fígado fetal e trato gastrointestinal fetal. Elevações anormais no plasma são encontradas na presença de câncer iniciado no fígado e nas células germinativas do testículo, e em menor frequência, nos carcinomas do cólon, pulmão e pâncreas. Na ausência de neoplasias, como no CEA, os níveis ficam aumentados em condições de cirrose, lesão hepática e gestação (sofrimento fetal). Apesar de sua não especificidade, níveis acentuados provam ser úteis para o diagnóstico. Em casos de ressecção, os níveis de AFP caem rapidamente. Medidas seriadas pós-tratamento fornecem resposta ao tratamento e a recidiva.

CA: os carboidratos antigênicos são glicoproteínas que foram identificados nas tentativas de desenvolver anticorpos monoclonais contra tumores e derivados. O CA125, marcador para câncer de ovário, com níveis elevados, seguido de ultrassonografia e encaminhamento ao ginecologista, detecta o tumor em seu estágio inicial, embora com alta taxa de falso positivo. Pode estar aumentado em condição benignas, ascites e em malignidades não ovarianas que afetam a pleura e o peritônio. Queda inadequada do CA125 durante o tratamento quimioterápico sugere o insucesso do tratamento. Outros marcadores dessa categoria, incluem o CA19-9 para adenocarcinoma de pâncreas e, possivelmente, carcinomas colorretais e gástricos, e o CA15-3 para o carcinoma de mama.

PSA: marcador para câncer de próstata produzido por células tumorais e disseminado para os fluidos corporais (sêmen e sangue). Pode ser encontrado na corrente sanguínea na forma livre ou ligado à proteínas plasmáticas. A dosagem de PSA na forma livre aumenta a especificidade da triagem do câncer, diminuindo as biópsias indesejadas. Os níveis séricos são proporcionais ao volume e extensão tumoral. Permite a detecção precoce de recidivas e metástases. Níveis elevados de PSA e associam ao prognóstico da doença.

FOSFATASE ALCALINA: tem valor no monitoramento da resposta ao tratamento de pacientes com seminomas testiculares. Estes causam aumento na atividade plasmática do tipo placentário no plasma.

LACTATO DESIDROGENASE: marcador adicional em casos de mieloma múltiplo ou tumores testiculares e reflete a extensão do tumor.

ENOLASE NEURÔNIO-ESPECÍFICA: é uma isoenzima da enolase presente em células nervosas e neuroendócrinas. É secretada por carcinomas de células pequenas dos brônquios. Altas concentrações podem indicar metástase de melanomas malignos da pele ou de origem ocular.

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