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PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO USO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS

Por:   •  9/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.042 Palavras (5 Páginas)  •  825 Visualizações

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Universidade da Amazônia

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética

PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO USO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS

Alice Kerolin Lobato Vilhena

Dora Espinosa Margalho
Rayra Carvalho Noronha

Rosiane Santos da Costa

Belém, 2013

A prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis, a dispensação em boas condições e o consumo nas doses indicadas, no período de tempo indicado, de medicamentos eficazes e de qualidade, está relacionada diretamente ao uso racional e adequado destes. Porém, a morosidade do sistema de saúde aliado aos fatores como baixo poder aquisitivo, a falta de programas educativos em saúde para a população em geral, levam as pessoas a praticarem a automedicação, baseadas principalmente em informações recebidas por leigos que são tomadas como verdadeiras para o restabelecimento da saúde. O problema social vivido pelo nosso país é outro fator que acarreta a automedicação, pois a maioria das pessoas não têm condições para financiar consultas médicas, e buscam a solução dos seus problemas em plantas e medicamentos fitoterápicos, devido o seu custo ser menor comparado aos demais medicamentos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 80% da população mundial utiliza produtos de origem natural para combater problemas de saúde. Do ponto de vista toxicológico, deve-se considerar que uma planta medicinal ou um fitoterápico não tem somente efeitos imediatos e facilmente correlacionados com a sua ingestão, mas, também, os efeitos que se instalam ao longo prazo e de forma assintomática. Isso se dá, principalmente, devido à planta medicinal utilizada em medicamentos ser um xenobiótico, isto é, um produto estranho ao organismo humano, nele introduzido com finalidades terapêuticas. E como todo corpo estranho, os produtos de sua biotransformação são potencialmente tóxicos e assim devem ser encarados até comprovação contrária.

No entanto, plantas medicinais são equivocadamente utilizadas, pela população de uma maneira geral, como prática de fitoterapia. Segundo o conceito da ANVISA, o medicamento fitoterápico é obtido exclusivamente através de matérias-primas vegetais, sendo caracterizado pelo conhecimento de eficácia e riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Ou seja, não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais. As plantas medicinais são capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como medicamento em uma população ou comunidade. Entretanto, para usá-los é necessário o conhecimento de todas as fases de seu processamento.

Existem várias causas responsáveis pelo desencadeamento de intoxicações com plantas medicinais, como, por exemplo, a falta de conhecimento a respeito de condições de cultivo, associada à correta identificação farmacobotânica da planta, informações insuficientes sobre reações adversas, esquema posológico, período de tempo a ser empregado, e em especial, as interações medicamentosas decorrentes. Por isso, esses medicamentos são os principais causadores de intoxicação, podendo levar até a morte.

Assim como há interação medicamentosa com os fármacos, ou seja, dois ou mais fármacos poderão ser prescritos, mas nem sempre a combinação destes trarão efeitos benéficos e almejados, pode ocorrer o mesmo com o uso inadvertido de plantas medicinais e fitoterápicos, gerando transtornos a saúde, devido principalmente, a essas interações medicamentosas.

Principais interações medicamentosas de fitoterápicos de uso oral:

Alcachofra: o efeito diurético promovido pela alcachofra poderá ser prejudicial quando utilizada com diuréticos.

Alho: pode aumentar o tempo de sangramento em paciente que fazem uso de anticoagulantes ou antiplaquetários. Podendo ainda causar uma diminuição excessiva dos níveis de açúcar do sangue em quem faz uso de hipoglicemiantes. O alho sob interação medicamentosa, pode causar vários outros efeitos colaterais.

Boldo, Boldo-do-Chile: a boldina causa inibição da agregação plaquetária. Pacientes que estão sob a terapia de anticoagulantes não devem ingerir concomitantemente medicamentos contendo Boldo pela ação aditiva à função antiplaquetária de anticoagulante.

Camomila: interage com anticoagulantes e aumentará o risco de sangramento. Com sedativos, a camomila poderá intensificar ou prolongar a ação depressora do sistema nervoso central; reduz a absorção de ferro ingerido através de alimentos ou medicamentos. Várias outras interações estão descritas, porém, não estão cientificamente bem estudadas.

Cimicífuga: pode desencadear interação com estrógenos e contraceptivos orais, pois os princípios ativos ocupam os receptores estrogênicos onde, seletivamente, suprimem a secreção de LH. A planta poderá ainda potencializar o efeito de medicamentos anti-hipertensivos. A administração dessa droga além de outros efeitos inibe a absorção de ferro.

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