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PSORÍASE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PSORIASIS: LITERATURE REVIEW

Por:   •  20/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.049 Palavras (13 Páginas)  •  307 Visualizações

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PSORÍASE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

PSORIASIS: LITERATURE REVIEW

Ivana Eloísa GUTMANN ivanaeloisa@hotmail.com; Juliana Cristina DALLMANN judallmann@hotmail.com; Taynã Mendes CAETANO tayna_kaetano@hotmail.com.

Acadêmicas de Biomedicina na Universidade Tuiuti do Paraná.

RESUMO

Psoríase é doença inflamatória crônica, autoimune, de etiologia multifatorial e forte base genética; afeta pele, unhas, mucosas e articulações. As causas são desconhecidas, porem uma predisposição genética, associada a fatores ambientais como fumo, álcool, alimentação, infecção, drogas e eventos estressantes, constitui uma explicação etiológica plausível. A hereditariedade desempenha importante papel na psoríase, os pais transmitindo a seus filhos susceptibilidade para desenvolver a doença. Caracteriza principalmente pela hiperproliferação dos queratinócitos e um infiltrado de leucócitos na epiderme, além da expansão vascular e alteração na produção de citoquinas na derme. As áreas afetas causam incômodos físicos e problemas sociais, afetando a qualidade de vida, pois, apesar da doença não ser contagiosa, os portadores sentem-se constrangidos devido à aparência provocada pelas lesões.

O diagnóstico baseia-se no histórico e nos sintomas clínicos do paciente, contudo, pode se utilizar a biopsia para a confirmação deste e prevenção e tratamento apenas retardar as recessivas. Atualmente para o tratamento estão sendo desenvolvidos medicamentos com alvos específicos na regulação da resposta imune para uma grande variedade de patologias. Estes medicamentos podem, por meio da modulação da resposta imune, controlar os sintomas e o progresso da psoríase e também de outras doenças auto-imunes.

Palavras-chaves: psoríase, genética, auto-imune.

ABSTRACT

Psoriasis is a chronic inflammatory disease, autoimmune, multifactorial and strong genetic basis; It affects skin, nails, mucous membranes and joints. The causes are unknown, however a genetic predisposition coupled with environmental factors such as smoking, alcohol, nutrition, infection, drugs and stressful events, is a plausible etiological explanation. Heredity plays an important role in psoriasis, parents transmit to their children susceptibility to developing the disease. Mainly characterized by hyperproliferation of keratinocytes and infiltration of white blood cells in the epidermis, and the expansion and vascular changes in cytokine production in the dermis. The afetas areas cause physical discomfort and social problems affecting the quality of life because although the disease is not contagious, patients feel embarrassed due to the appearance caused by injuries.

The diagnosis is based on history and clinical symptoms of the patient, however, may be used to biopsy to confirm this and prevention and treatment only delay recessive. Currently for the treatment are being developed drugs to specific targets in the regulation of immune response for a wide range of conditions. These drugs can, through modulation of the immune response, controlling the symptoms and the progress of psoriasis as well as other autoimmune diseases.

Keywords: psoriasis, genetic, autoimmune.

INTRODUÇÃO

A psoríase é uma doença crônica, inflamatória, não contagiosa de etiologia desconhecida e com tendência a recidiva. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que tem relação com o Sistema Imune (Krueger e Ellis, 2005; Pradhan et al., 2013; Schmitt et al., 2007) . Estima-se que esta doença afeta aproximadamente 2% a 5% da população mundial e entre eles 3 milhões de brasileiros afetando homens e mulheres na sua totalidade (Cuestra-Montero e Belinchón, 2011). Em 5% a 42% dos pacientes o quadro cutâneo está associado a artrite inflamatória, geralmente reflete em um fator reumatóide negativo, quadro que é denominado artrite psoriásica (CHANDRAN, et al., 2007; KLEINERT, et al., 2007).        

Seus sintomas afetam a pele, unhas e articulações sendo existentes vários tipos de psoríase que se difere entre área afetada e tipo de lesão. Na psoríase sabe-se que o Sistema Imune do individuo é falho e os linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo, atacam as células do tecido e como resposta tem-se uma hiperproliferação tecidual acarretando em áreas mais espessas e com formação de escamas (Rodrigues e Teixeira, 2009).

A atividade inflamatória das placas psoríacas se inicia, em parte, pela ativação de linfócitos T na epiderme e derme. Os linfócitos Th1 são os que predominam nas lesões e liberam citocinas pró-inflamatórias, como TNF alfa, interleucinas 6 e 8, além de outros.O TNF alfa parece ser o mediador pró-inflamatório com maior influência na inflamação clássica da psoríase, além de participar de várias outras reações fisiológicas. Sua inibição, consequentemente, melhora a psoríase, daí, a introdução de novas terapias dirigidas para a neutralização dessas citocinas passa a ser fundamental para o tratamento da doença (CHAN, et al., 2008; VALDÉS, et al., 2006; GOTTLIEB, et al., 2008).

As suas manifestações são bem variáveis, podendo essas lesões atingirem grande parte da superfície corporal, causando desconforto ao doente. Devido à abundância excessiva destas lesões, a doença é muitas vezes percebida como estigmatizante pelo indivíduo que se sente envergonhado e rejeitado pela sociedade. Ainda, pode acarretar impactos negativos significativos nas relações sociais, na autoimagem e na autoestima (QUINTANILLA; SERRANO, 2011). Há relatos e estudos em que mostram que a associação a fatores ambientais influenciam na propagação, ocorrência e severidade desta patologia que tem um diagnóstico difícil de ser desvendada devida sua forma clinica ser heterogenia (Cuestra-Montero e Belinchón, 2011; Martins e Arruda, 2004). O estresse também pode ser considerado um fator desencadeante ou de agravamento na psoríase. Além disso, a própria doença pode gerar estresse emocional, pelo constrangimento das lesões (SILVA, et al., 2007). Uma série de alterações psicológicas pode estar associada à psoríase, e são comumente relatados de sentimentos de raiva, depressão, vergonha e ansiedade, resultando no isolamento social e em consumo maior de álcool e fumo (FINLAY, et al., 1995; LEE, et al., 2010; RAPP, et al., 1999; RUSSO, et al., 2004; MARTINS, et al., 2004).        

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