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A HIDROGINÁSTICA E IDOSO: UMA DUPLA DE SUCESSO

Por:   •  12/11/2021  •  Artigo  •  3.037 Palavras (13 Páginas)  •  153 Visualizações

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HIDROGINÁSTICA E IDOSO: UMA DUPLA DE SUCESSO

RESUMO

Trabalhos apontam para os importantes benefícios da prática de atividades físicas para os idosos, considerando sua mobilidade, saúde física e mental e qualidade de vida. A hidroginástica tem sido apontada como uma alternativa para inserção dos idosos nas práticas corporais e para a promoção de um estilo de vida mais ativo e saudável, mas, que, ainda precisa de maiores estudos sobre seu real efeito sobre a saúde e a qualidade de vida dessa população. Desta forma, esta pesquisa bibliográfica objetivou realizar uma busca de estudos sobre hidroginástica para idosos, discutindo e apresentando informações/conceitos, buscando relações com a promoção da saúde e qualidade de vida dessa população. Como qualquer outra forma de exercitação, deve ser praticada de forma contínua, principalmente, considerando indivíduos na terceira idade e pode também ser unida a atividades de relaxamento e recreação.

PALAVRAS-CHAVE: Idoso. Hidroginástica. Qualidade de vida.

  1. INTRODUÇÃO

O impacto do envelhecimento é influenciado pela falta de atividade física, má nutrição, presença de doenças nas fases anteriores da vida e outros fatores, que em geral provocam redução da habilidade motora, do desempenho e do rendimento motor, dificultando a execução das tarefas diárias.

O exercício físico é um importante fator de promoção da saúde, imprescindível para um envelhecimento saudável. Nessa população, se faz necessário dar ênfase aos grandes grupos musculares de natureza rítmica e aeróbica, tais como nadar, andar de bicicleta, caminhadas, hidroginástica, entre outros, que melhore a aptidão física de idosos. Treinamento com pesos em idosos é também uma recomendação do ACMS desde 1998, pois esta prática pode reduzir a massa corporal, aumentar a massa magra e o conteúdo mineral ósseo, promovendo aumento de força, da massa muscular e da flexibilidade.

A promoção e divulgação de programas que auxiliem os idosos a manterem-se ativos física, mental e socialmente deveria ser uma das obrigações dos governos para com esse grupo, a fim de auxiliar a vida qualitativa desses indivíduos. Somado a isso, é de extrema necessidade que os meios públicos exerçam um papel informativo em relação aos benefícios da atividade física dentro do processo de envelhecimento, trabalhando assim com a conscientização. Dentre as várias opções de programas para esse grupo, a hidroginástica vem se destacando e conquistando um número crescente de adeptos, tanto que, nos últimos 10 anos, a popularidade dos exercícios aquáticos tem aumentado significativamente (DARBY; YAEKLE, 2000).

Programas de exercício físico podem auxiliar idosos a manter sua capacidade funcional, que está diretamente relacionada com a qualidade de vida e independência nesta população. O objetivo da presente pesquisa foi verificar a aptidão física funcional de idosos praticantes de hidroginástica.

Diante do exposto, o presente trabalho trará para o leitor, informações sobre o processo de envelhecimento, bem como a conceituação sobre a modalidade de atividade física hidroginástica e sua importância para a melhora da qualidade de vida dos idosos praticantes dessa atividade física.

Para que essas informações possam ser apresentadas, a metodologia a ser empregada será o referencial bibliográfico, onde autores da área, artigos científicos, revistas e sites especializados serão pesquisados, a fim de oferecer o maior número de informações e buscar atender o objetivo da pesquisa que é afirmar a importância da hidroginástica na melhora da qualidade de vida de idosos praticantes dessa modalidade.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Envelhecimento

A população idosa tem apresentado um crescimento acelerado nas últimas décadas de acordo com o IBGE, mas também a nível mundial. Projeções da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) indicam que essa população continuará em progressivo crescimento, de modo que, em 2050, o número de idosos chegará a 21% da população mundial total, superando inclusive o número de jovens. Segundo o IBGE, neste mesmo ano, estima-se que a expectativa de vida do brasileiro possa alcançar 81,2 anos, caracterizando o envelhecimento do país. O avanço da idade gera importantes mudanças fisiológicas e biomecânicas, como a redução da capacidade aeróbia, da força muscular, do equilíbrio e da flexibilidade, limitando a amplitude de movimento, potencializando o surgimento de dores que redunda no aparecimento de doenças osteomusculares. Esses efeitos deletérios do processo de envelhecimento limitam a funcionalidade do idoso, repercutindo sobre a sua capacidade de realizar as atividades de vida diária (AVDs).

Sendo assim, a limitação funcional torna essa população cada vez mais vulnerável e frequentemente dependente de outras pessoas para realizar atividades básicas como caminhar, subir degraus e levantar da cadeira, o que, por sua vez, reduz o nível de atividade física desses sujeitos. A fragilidade estabelecida pelo processo de envelhecimento é potencializada pela ausência de estimulação motora e cognitiva, o que de certa forma incapacita o idoso na atualidade.

De acordo com Paula e Paula (1998) a inatividade no idoso poderá propiciar o aparecimento e/ou agravamento de algumas doenças que são erroneamente atribuídas ao envelhecimento, como a osteoporose, artrite, doença arterial coronariana, diabetes, obesidade e hipertensão arterial, dentre outras. Além disso, as quedas e suas consequências são também episódios bastante comuns. Cerca de 70% das mortes ocasionadas por queda acontecem com indivíduos idosos, apesar de a proporção da fratura pós-queda ser bem menor nos idosos do que nos jovens. As quedas ocorrem em parte devido aos déficits de equilíbrio, força, tempo de reação e de flexibilidade. O mesmo autor reforça a ideia de que devido ao trauma psicológico que provocam, os indivíduos idosos temerosos de uma nova queda tendem à imobilidade e inatividade, podendo levar a complicações circulatórias, pulmonares, osteoarticulares, diminuição do condicionamento físico e maior declínio nas atividades cotidianas e sociais (PAULA e PAULA, 1998).

Ao analisar o processo de envelhecimento, é relevante salientar que não ocorre isoladamente e nem subitamente, mas consiste no acúmulo e na interação de processos bio-psico-sócio-culturais durante a vida. Do ponto de vista orgânico, por exemplo, o envelhecimento envolve diminuição de força muscular e amplitude articular e perda de flexibilidade (SIMÕES, 1994). Sob o aspecto psicológico, o processo de envelhecimento afeta a autoestima, a autoeficácia e pode ocasionar a depressão, que, de acordo com Storck (2001), é a segunda doença mais frequente na população mundial e, no caso dos idosos, pode ser considerada devastadora. Essas alterações, somadas ao sedentarismo, comprometem a qualidade de vida dos idosos, e uma das maneiras de intervir positivamente no processo de envelhecimento é o envolvimento em atividades físicas, culturais, sociais, entre outras, fazendo com que o idoso passe a se movimentar, se ocupar, promovendo alterações na sua rotina diária.

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