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APRENDIZAGEM MOTORA UM CAMPO DE INVESTIGAÇÃO

Por:   •  9/5/2017  •  Resenha  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  1.102 Visualizações

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APRENDIZAGEM MOTORA UM CAMPO DE INVESTIGAÇÃO

SILVA, Kleber Rogério Mendes da*

Graduando em Educação Física

Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco

klebinhocapoeira@pop.com

TANI, G. et al. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e aplicações. REV. paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 18, p. 55-72, ago. 2004.

Go Tani, Mestre em Educação - Hiroshima University (1978), Doutor em Educação - Hiroshima University (1982), com Pós-doutorado em Psicologia – University of Sheffield (1995) e Educação Física - Hiroshima University (1996). Professor Titular da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Foi diretor da Escola de Educação Física e Esporte - USP Tem experiência na área de Educação Física, atuando nos seguintes campos de investigação: Aprendizagem Motora, Educação Física Escolar e Bases Epistemológicas da Educação Física e Esporte, e outros pesquisadores da USP - Universidade de São Paulo. Escreveu um texto que apresenta como tema central o LACOM (Laboratório de Comportamento Motor) e suas contribuições para o desenvolvimento da Aprendizagem Motora.

O texto é estruturado em doze tópicos com alto embasamento teórico.

No primeiro tópico, “Considerações iniciais”, o autor enfatiza a contribuição que o LACOM tem dado para a Aprendizagem Motora, enfatizando que é preciso voltar à evolução das pesquisas, visto que as contribuições do LACOM foram desenvolvidas em linhas de pesquisas e seus desdobramentos serão produzidos no campo da investigação da Aprendizagem Motora.

No segundo tópico, “Um retrospecto sucinto”, o autor relata que a Aprendizagem Motora é um campo encontrado nas estruturas curriculares de graduação e pós-graduação, pela existência de laboratórios na maioria das faculdades de Educação Física. Quanto à aquisição de habilidades motoras apresenta duas teorias; circuito aberto e circuito fechado, que ficaram conhecidas como “debate centralista-perifealista” cujo foco principal era a diferença acerca do papel do “feedback” no controle de movimentos. Hoje há fatores tanto centrais como periféricos no controle de movimentos interferindo em maior ou menor grau. A abordagem da ação surgiu em controvérsia a abordagem motora, estabelecendo explicações sobre os mecanismos de controle e aprendizagem. Na década de 80, metade das publicações era sobre uma abordagem e a outra metade sobre a outra, na década de 90, o número de publicações na abordagem da ação já era bem maior que os da abordagem motora. Atualmente, a proporção continua com uma leve tendência a um aumento nas publicações de abordagem motora. Até a década de 70 os estudos sobre fatores que afetam o processo de aprendizagem motora em tarefas específicas predominaram, as pesquisas foram influenciadas pela teoria da Psicologia que limitavam as explicações dos mecanismos internos responsáveis pelo movimento. O controle motor tornou-se centro das atenções, pois concentram-se interesses e esforços da maioria dos pesquisadores.

No terceiro tópico, “Tendências e perspectivas de pesquisa”, o autor mostra um movimento em direção a reconciliação apoiado em dois aspectos: na visão de que as duas abordagens não são mutuamente exclusivas, mas complementares, e na proposição de que a ênfase a uma das duas depende do nível de organização em que a observação é feita. Essa reconciliação não é tão simples em virtude de diferenças conceituais e filosóficas, os estudos da abordagem motora apresentam temas e problemas de pesquisa intrínsecos.

No quarto tópico, “Aprendizagem por observação”, o texto ressalta um dos aspectos mais importantes da aprendizagem humana, aquele de aprender apenas observando, conhecido também como modelação, imitação e aprendizagem observacional, processo pelo qual um observador reproduz as ações exibidas por um modelo. A teoria aprendizagem social permite que o aprendiz elabore referências, símbolos ou representações na memória a partir da habilidade motora a ser aprendida. Isso deve ser compreendido, pois possibilita ao aprendiz a adquirir informações de aspectos invariantes da habilidade observada, como as características topológicas do movimento.

No quinto tópico, “Conhecimento de resultados e feedback”, o autor analisa que esse feedback é o conhecimento de resultados (CR), a quantidade de CR nos diferentes estágios de aprendizagem é devido ao grau de precisão, interpolação de atividades, faixa de amplitude ou tolerância de erro. Resultados como esses têm sido explicado o aprendiz utiliza o “feedback” intrínseco que o possibilita a desenvolver capacidade de detectar e corrigir erros.

No sexto tópico, “Estrutura e organização da prática”, GO TANI observa que a organização da prática quanto a sua variabilidade faz com que as pesquisas sejam conduzidas com base na teoria de esquema e no princípio de interferência contextual, em ambas a prática é eficaz no campo de Aprendizagem Motora. As pesquisas com fundamento na teoria de esquema têm se preocupado em verificar os efeitos das práticas variada-aleatória e constante e as pesquisas fundamentadas no princípio da interferência contextual têm foco nos efeitos das práticas variada-aleatória, por suas combinações, mas estes resultados não foram concluídos. A organização da prática relacionada com a natureza da tarefa manipula especialmente as práticas das partes e suas combinações. Embora essas pesquisas tenham o mérito de utilizarem tarefas motoras do mundo real, possuem uma limitação quanto à utilização predominante de tarefas classificadas como fechadas e discretas.

No sétimo tópico, “Estabelecimento de metas”, o autor destaca que as investigações a esse respeito têm origem na Psicologia Organizacional e Industrial. As hipóteses: metas específicas podem regular a ação mais do que metas gerais; utilização de metas de curto prazo associadas às de longo prazo tem melhor performance do que somente as de longo prazo; para ser eficientes devem-se estabelecer metas realísticas e desafiadoras; o estabelecimento de metas de performance pode

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