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ARTIGO OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS COM DEPRESSÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Por:   •  20/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.356 Palavras (18 Páginas)  •  156 Visualizações

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ARTIGO

OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS COM DEPRESSÃO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

THE BENEFITS OF PHYSICAL EXERCISE PRACTICE IN ELDERLY WITH DEPRESSION: A LITERATURE REVIEW

Mateus Augusto Correia Alves

Graduado em Licenciatura em Educação Física - ASCES Unita

Resumo: A procura por uma melhor qualidade de vida tem aumentado ao longo dos anos. Uma das principais questões que envolve qualidade de vida é a saúde mental. Quando se trata de saúde mental, a depressão tem sido apresentada como uma das doenças mais incapacitantes do século XXI, esta comumente diagnosticada em indivíduos idosos. Além do tratamento psicológico e medicamentoso o exercício físico vem sendo estudado como ferramenta primordial no combate e no controle de sintomas depressivos. Com isso o objetivo deste estudo é revisar a literatura e compreender como o exercício físico pode influenciar nos sintomas depressivos. A pesquisa deu-se através da busca de artigos nas bases de dado Scielo e Pub-Med, tendo num total de 7 artigos para discussão e conclusão dos fatos. Nos resultados observou-se que a prática regular de exercícios tem apresentado benefícios positivos em idosos, estes independentes da modalidade escolhida, mostrando que, ser ativo fisicamente pode favorecer a uma menor incidência de depressão, além da melhora das capacidades vitais, funcionalidade e autoestima.

Palavras chave: Idosos. Depressão. Exercício Físico. Saúde Mental.


Abstract: The search for a better quality of life has increased over the years. One of the main issues involving quality of life is mental health. When it comes to mental health, depression has been touted as one of the most disabling diseases of the 21st century, it is commonly diagnosed in elderly individuals. In addition to psychological and drug treatment, physical exercise has been studied as a primary tool in combating and controlling depressive symptoms. Thus, the aim of this study is to review the literature and understand how physical exercise can influence depressive symptoms. The research took place through the search for articles in the Scielo and Pub-Med databases, with a total of 7 articles for discussion and conclusion of the facts. In the results, it was observed that regular exercise has shown positive benefits in the elderly, who are independent of the chosen modality, showing that being physically active can favor a lower incidence of depression, in addition to improving vital capacities, functionality and self-esteem.

Keywords: Elderly: Depression. Physical exercise. Mental health.


INTRODUÇÃO

A procura por uma melhor qualidade de vida tem aumentado ao longo dos anos (PEREIRA, 2012). Uma das principais questões relacionado a qualidade de vida é a saúde mental. Neste sentido a pesquisa científica tem buscado compreender como a prática de atividade física pode contribuir para a saúde mental das pessoas (CAMÕES et al., 2016).

Quando se trata de saúde mental, a depressão tem sido um dos principais problemas, Lopes e colaboradores (2016) apresentam a depressão como a doença que mais tem invalidado as pessoas no século 21. O diagnóstico embora pareça objetivo, pode estar associado a outros sintoma e quadros, como: ansiedade, síndrome de Pânico, transtorno de humor, bulimia nervosa, anorexia, obesidade, falta de vontade de sair de casa, maior possibilidade de desenvolver doenças crônicas, entre outros (CARDOSO, 2018; NOGUEIRA et al., 2017).

A medida que o ser humano envelhece, os sintomas de depressão e ansiedade podem aumentar em virtude de uma redução da capacidade física e uma maior dependência para realizar as atividades diárias (PEREIRA et al., 2009). Assim, um bom nível de condicionamento cardiorrespiratório e de massa muscular apresentam efeitos positivos para manutenção da autonomia funcional dos idosos melhorando  seu estado geral de saúde e a saúde mental (BRUNONI et al., 2015; VANCINI ET AL., 2017).  

A terapia medicamentosa é apresentada como a principal forma de tratamento, embora seja positivo para a doença, os medicamentos trazem alguns efeitos colaterais como: perca ou ganho de peso, insônia, sonolência, taquicardia, síndrome da descontinuação, o que pode comprometer a saúde do paciente (IBANEZ et al., 2014; SOUZA, 1999).  Além da utilização de fármacos, um estilo de vida mais ativo tem recebido destaque no auxílio ao tratamento da doença. Os benefícios do exercício físico de forma sistemática, tem se mostrado significativos para a melhoria das capacidades físicas e cognitivas em pessoas com ansiedade e depressão (FERREIRA et al., 2017). Aqueles que praticam exercício físico, tendem a abandonar ou diminuir a medicação, que além de ser uma intervenção de baixo custo, apresenta-se com efeitos positivos no tratamento e prevenção da depressão (BATISTA, 2013).

A prática regular de exercícios pode trazer benefícios que estão associado à produção de neurotransmissores (FILHO et al., 2014), como serotonina e dopamina, estes inteiramente ligados a relação do bom humor, bem estar, vitalidade, entro outros; sentimentos estes que tendem a diminuir na pessoa com depressão (CUNHA; RIBEIRO; OLIVEIRA, 2008). São inúmeras as faixas etárias que apresentam essa doença, contudo a população mais idosa tende a sofrer um pouco mais com este estado. Com a idade avançada à produção de neurotransmissores tende a cair, juntamente com a capacidade funcional, massa muscular, massa óssea, fazendo com que o idoso tenda a ser mais dependente e menos ativo, gerando assim picos de depressão (AGUIAR et al., 2014).

A utilização do exercício como tratamento para esta população em questão vem sendo adotada pelos seus inúmeros benefícios. Além da manutenção de massa muscular, das capacidades informacionais e melhora da saúde corporal, ajuda também na produção de novas células, nas sinapses nervosas e na melhor dissipação de neurotransmissores como serotonina, dopamina, noradrenalina (COSTA et al, 2007; AGUIAR et al., 2014; HERNANDEZ;VOSER, 2019  ). Levando em consideração tais informações o objetivo deste trabalho é revisar a literatura para compreender como o exercício físico pode influenciar no tratamento de pessoas idosas com depressão.

Metodologia

O estudo trata-se de uma revisão de literatura. Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma busca dos artigos nas plataformas SCIELO (ScientificElectronic Library Online) e Pubmed (National Library of Medicine). Adotaram-se como critérios de inclusão do estudo, artigos originais, publicados em inglês e português, no período do ano 2000 a maio de 2020, que avaliaram a influência do exercício físico na melhora do quadro depressivo em idosos de ambos os sexos. Como critérios de exclusão do estudo foram retirados artigos repetidos, artigos que não detalharam os procedimentos metodológicos e artigos que não apresentavam relação com o tema. Para a busca dos artigos nas bases de dados foram utilizados os descritores padronizados pelos MESH e DECS, como na Figura1.

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