Apostila de Anatomia Sistema Nervoso

FIJ – FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ

DISCIPLINA: FISIOLOGIA

PROF. ALFREDO LUIZ

ASSUNTO: SISTEMA NERVOSO – APOSTILA 2

     Nos animais vertebrados o sistema nervoso nasce no tubo neural situado no dorso do corpo. O encéfalo é formado pelo aumento e dilatação da parte anterior deste tubo. O restante constitui a medula nervosa, também denominada de raquidiana ou espinhal.

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O Sistema Nervoso Central – SNC – é constituído por esses dois segmentos sendo ricos em neurônios de associação.

Este sistema está protegido pelo crânio (caixa craniana) e pela coluna vertebral. Ainda atuam, como agentes de proteção, membranas, denominadas de meninges. São elas:

1. dura máter – É a meninge mais externa, sendo assim a mais próxima dos ossos do crânio. Apresenta vasos sanguíneos e nervos e é firme.
2. Aracnoide – Dotada de traves e espaços por onde correm os vasos sanguíneos e o liquor cefalorraquidiano. Este líquido   ajuda a proteger o cérebro contra traumatismos (choques mecânicos) e é fundamental para o metabolismo das células nervosas. É também conhecido como “líquido da espinha”.
3. pia-máter – Extremamente fina e vascularizada é firmemente aderida à superfície do cérebro que consegue penetrar em todas as invaginações do mesmo.

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     O Sistema Nervoso Periférico – SNP – é formado pelos nervos e pelos gânglios nervosos – constituídos a partir de pequenas dilatações em alguns nervos tendo como base os corpos celulares dos neurônios – e que recebem impulsos nervosos advindos do corpo e os transmitem a músculos e glândulas.

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ENCÉFALO

     Durante a fase do desenvolvimento embrionário dos animais vertebrados, a região que contém o tubo neural que forma o encéfalo, produz três dilatações:

1. Cérebro anterior ou prosencéfalo
2. Cérebro médio ou mesencéfalo
3. Cérebro posterior ou rombencéfalo

     As diversas partes do encéfalo são decorrentes de dobraduras e espessamentos produzidas por essas dilatações.

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    Ao longo do processo de desenvolvimento ocorrem outras mudanças, assim:

1. O prosencéfalo se divide em telencéfalo, que no indivíduo adulto apresentam duas protuberâncias que são os lobos olfatórios ou olfativos que recebem os nervos oriundos do nariz; e os hemisférios cerebrais que são duas dilatações, unidas entre si por um feixe de fibras nervosas denominadas de corpo caloso, constituem o cérebro propriamente dito;
2. O diencéfalo que dá origem ao tálamo, hipotálamo e a neuroipófise.

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     A partir do mesencéfalo formam-se os lobos ópticos.

     Por sua vez, o rombencéfalo se divide em:

1. Metencéfalo do qual se originam a ponte, ou ponte de Varólio e o cerebelo;
2. Miencéfalo  que dá origem ao bulbo raquidiano, também conhecido como bulbo ou medula oblonga.

     A função do bulbo é o controle das funções automáticas da vida, como por exemplo, os batimentos cardíacos, a respiração, pressão sanguínea e outras. Controla, assim, a vida vegetativa, ou seja, que mão depende da vontade do indivíduo. Controla também os reflexos, como tosse, espirro, salivação e o ato de engolir.

       O controle da respiração, que é uma atribuição do bulbo, recebe participação da ponte, que é um centro de retransmissão de impulsos nervosos para o cerebelo. A ponte ainda atua como passagem para as fibras nervosas que unem o cérebro à medula espinhal.

       Responsável pela coordenação dos movimentos corporais, o cerebelo opera em conjunto com o cérebro. É responsável pelo equilíbrio, manutenção da postura e pelo tônus muscular. Atua também na memória de movimentos rotineiros, como caminhar, por exemplo.

        O movimento da cabeça para localizar um som e os movimentos oculares são controlados pelo mesencéfalo através dos reflexos da audição.

        Há no mesencéfalo um conjunto  de neurônios, que também se encontram presentes no bulbo, na ponte e no tálamo que são os formadores do SISTEMA RETICULAR. Este sistema tem como função a “filtragem” das mensagens enviadas às porções conscientes do cérebro. Este sistema é de fundamental importância para o estágio de atenção e tem interferência na passagem do estado de vigília para o estado de sono, mantendo ou não uma pessoa acordada.

     O tálamo recebe impulsos dos órgãos dos sentidos, com exceção dos olfativos, e os transmite às regiões correspondentes situadas no córtex cerebral.

      As informações oriundas do córtex cerebral passam também pelo tálamo e seguem para a medula ou para outras partes do encéfalo.

      Encontram-se no hipotálamo os centros nervosos que controlam:

1. Pressão sanguínea
2. Conservação da água no organismo
3. Produção de suor
4. Temperatura Corporal
5. Fome
6. Sede
7. Raiva
8. Comportamento Agressivo
9. Medo
10. Prazer
11. Instinto Sexual
12. Ciclo Menstrual
13. Hormônios da Hipófise
14. Produção de Hormônios da Neuroipófise.

      Dada às várias atividades do hipotálamo ele exerce papel preponderante na homeostase e nas emoções, estabelecendo, através da hipófise ligação entre as glândulas endócrinas e o sistema nervoso.

      Ocorre, entretanto, que muitas dessas funções não são executadas tão-somente pelo hipotálamo, mas por um grupo de células localizadas nele, no tálamo e em outras partes do encéfalo, como o hipocampo e a amigdala cerebral dentre outras. Isto constitui o SISTEMA LÍMBICO (sistema que age conjuntamente à vida vegetativa e as emoções).

     O corpo caloso une os hemisférios cerebrais. Cada hemisfério é dividido em quatro lobos, separados por sulcos ou pregas, sendo denominados de acordo com os ossos que os envolvem, ou seja: frontal, parietal, occipital e temporal.

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