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BENEFICIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM PACIENTES COM CÂNCER DURANTE TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA

Por:   •  11/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.054 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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BENEFICIOS DO TREINAMENTO RESISTIDO EM PACIENTES COM CÂNCER DURANTE TRATAMENTO COM QUIMIOTERAPIA.

Docente: Bruno Barreto

Discente: José Devison dos Santos Ribeiro

RECIFE

2018

Introdução

O câncer é definido como um crescimento descontrolado e anormal de células no organismo (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2005). O tratamento desta doença envolve a aplicação de quimioterapia isolada ou em combinação com a radioterapia e/ou cirurgia. Devido ao tratamento a grande maioria dos pacientes apresenta uma série de sintomas e efeitos colaterais secundários, como, por exemplo, náuseas, vômitos, dores, insônia, perda de apetite e fadiga generalizada (ADAMSEM et al., 2009) que não é restaurada mesmo com o repouso. Pesquisas nessa área proporcionou uma importante compreensão sobre a origem do câncer, mas ainda não se sabe uma forma segura de prevenção contra o câncer e mesmo já se tendo um avanço considerado nos diagnósticos, o câncer ainda faz muitas vitimas matando mais da metade dos pacientes nos primeiros anos logo após a descoberta da metástase onde é caracterizado pelo estagio final do câncer (Ortega e colaboradores, 1998). Resultados de fatores de risco individual como: tabagismo, consumo de álcool, alimentação não saudável (BRASIL,2014). Diante deste cenário o câncer se tornou um problema de saúde mundial. O câncer de mama é o tipo que possui a maior incidência e a maior mortalidade na população feminina em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos, as mais altas taxas de incidência encontram-se na Europa Ocidental e as menores taxas na Ásia Oriental (BRASIL, 2014).

Sendo considerada uma doença multifatorial devido a não ter um único fator causador a inatividade física também pode ser considerada como um fator de risco para o desenvolvimento do câncer. Por esta razão, o treinamento físico vem sendo reconhecido como fundamental na recuperação e reabilitação dos sobreviventes, atenuando as queixas físicas e psicológicas durante e após o tratamento (MORAES et al., 2014).

Treinamento Resistido x Câncer

        Sendo considerada uma modalidade de exercícios que mais se desenvolve no mundo o treino de força vem sendo utilizado para melhorá-la em vários aspectos a aptidão física. . Prado (2004, apud Oliveira, 2014) realizou um estudo onde identificou a percepção de benefícios da prática da atividade física pelas mulheres de um núcleo de reabilitação de mastectomizadas. Nesse estudo, 100% das mulheres apontam a atividade física como boa para a saúde, pois segundo 63% delas, tal prática é capaz de “promover a saúde e prevenir doenças”; 40% afirmam que atividade física “melhora a disposição”, e 20% referiram que “previne o linfedema” (PRADO, 2004, apud Oliveira, 2014).

A prática de atividades físicas após intervenções cirúrgicas têm fundamental importância na recuperação da mobilidade e amplitude de movimentos, prevenindo ou minimizando a atrofia de músculos e limitações articulares (PRADO et al., 2004, apud Oliveira, 2014). Na tentativa de redução da possibilidade do surgimento de linfedemas, os exercícios físicos contribuem tanto para a manutenção da força muscular, quanto para os movimentos articulares do membro superior (PRADO et al., 2004, apud Oliveira, 2014). Linfedema é o acúmulo de proteínas em fluidos corporais, caracterizado pelo inchaço nas mãos, braços e peito. É comum em pacientes com câncer de mama (SCHMITZ, 2010, apud Nascimento et al 2011).

Um estudo realizado Schwartz e colaboradores (2001), conforme citado por Oliveira (2014) mostrou a relação entre o exercício sobre a fadiga durante os três primeiros ciclos de quimioterapia em mulheres com câncer de mama. Exercícios de força foram utilizados e mostrou uma significativa eficácia na diminuição da fadiga utilizando um programa de exercícios de intensidade moderada regular e com isso melhorando a capacidade funcional de mulheres com câncer de mama submetidas à quimioterapia. Outro estudo, conduzido por San Juan et al. (2007), a força muscular dos membros superiores e inferiores aumentou após um período de dezesseis semanas, com três sessões semanais. Após esse período, os indivíduos passaram por um destreinamento de 20 semanas, não tendo sido observado decréscimo de força.

Kelm et al. (2000) investigaram o efeito de um programa de treze semanas de treinamento de força e aeróbio realizado duas vezes por semana em pacientes com câncer submetidos a quimioterapia, e observaram aumento do número de células NK. Essa ativação imunológica foi acompanhada pelo aumento do desempenho físico e força e de melhora na qualidade de vida. Em outro estudo feito por Courneya et al. (2007) com exercícios de força e aeróbio não houve melhora significativa da qualidade de vida em pacientes com câncer de mama submetidos a quimioterapia. Apesar disso, foram observadas melhoras na autoestima, no condicionamento físico, na composição corporal e na taxa de conclusão da quimioterapia sem causar linfedema.

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