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DIMENSÕES PSICOLOGICAS DO MOVIMENTO HUMANO

Por:   •  1/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.655 Palavras (7 Páginas)  •  324 Visualizações

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DIMENSÕES PSICOLOGICAS DO MOVIMENTO HUMANO

BELO HORIZONTE

2016

DEFINIÇÃO DO CONCEITO

TEORIAS

EFEITOS OU INFLUÊNCIA NO ESPORTE

PERSONALIDADE

Caráter singular, único e distinto do sujeito. É o conjunto de características marcantes do sujeito, o que ajuda a definir a individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir.

Psicodinâmica: Formada por conteúdos consciente e inconsciente alocados em três estruturas psíquica: Id (estrutura da personalidade original, sujeito não tem consciência dos conteúdos do id), Ego (estrutura psíquica que está em contato com a realidade externa) e Superego (consciência moral).

Centrada no traço: Sistemas formais para avaliar como as pessoas diferem (ex: introversão e extroversão) e sua predisposição para responder, de certa maneira, diferentes situações.

Aprendizagem social: Personalidade é resultante das diferentes situações sociais. O aprendizado é Dividido em processo de Modelagem (observação e imitação do novo comportamento) e Reforço (Permanência do novo comportamento).

Comportamento: Conjunto de comportamentos auxiliando na adequação da personalidade.

A relação entre personalidade e esporte por ser interpretada sob três diferentes concepções:

>Hipótese de seleção: Determinado tipo de personalidade se interessam por modalidade esportiva especifica. Ex: pessoas mais agressivas, extrovertidas se interessariam por esportes mais competitivos ou de contato.

>Hipótese de socialização: O esporte que influencia na personalidade. Ex: pessoas que praticam esporte competitivos se tornariam mais agressivas e extrovertidas.

>Hipótese de interação: Relação de influência reciproca entre esporte e personalidade.  Ex: pessoa extrovertida procura esporte coletivo e que este acentua tal característica do sujeito.

 MOTIVAÇÃO

Segundo Roberts (2001) motivação é um processo cognitivo social no qual o sujeito torna-se motivado ou desmotivado através da avaliação de suas competências no contexto da realização e no significado deste contexto para o sujeito.

Teoria das metas de realização: são as metas individuais do sujeito, e ele determina qual o seu objetivo a alcançar. Ganhar ou perder nem sempre são sinônimos de fracasso.

Dentre as metas por realização podemos observar as metas orientadas à tarefa onde o atleta é sua própria referencia de julgamento de sucesso ou fracasso, avaliando individualmente seu desempenho determinando assim o seu esforço e nível técnico para melhorar a atividade e também a meta orientada ao ego onde o atleta toma referência o resultado de outros para avaliar sua própria performance e se motivar.

Teoria da autodeterminação: cada um de nós tem tendências inatas relativas ao nosso crescimento pessoal, satisfeitas ou frustradas pelo ambiente.

A motivação nesta teoria é um continuum onde parte da desmotivação na extrema esquerda, motivação controlada na parte central e motivação autônoma na extrema direita.

Sendo assim a motivação autônoma é autodeterminada e compreende por uma motivação extrínseca (fazer uma atividade mesmo que não gere satisfação para melhorar seu rendimento) e ou por três tipos de motivação intrínseca:

  • Conhecimento: fazer algo pelo prazer de aprender e compreender algo.
  • Realização: fazer algo pelo prazer e satisfação de tentar criar algo, novo padrão ou torna-se melhor em uma determinada técnica.
  • Estimulação: fazer algo para experimentar sensações prazerosas associadas com o sentimento do corpo

A motivação tem um papel importante no desempenho do atleta.

O técnico pode utilizar da motivação para aumentar o nível energético e performance assim como pode desestimular o atleta através de motivações inadequadas.

   Existem estratégias que ajudam a estimular a motivação como estipular metas ou convidar o atleta a participar das tomadas de decisão da tática do jogo ou prova.

ATIVAÇÃO

Pode ser definida como um estado psicológico de alerta e antecipação que prepara o corpo para a ação.

Direcional: ativação e desempenho tem relação linear entre si. Aumentando a ativação o desempenho também aumentará.

U invertido: Conhecida também como Lei de Yerkes-Donson, há um ponto ótimo de ativação no qual se pode atingir o melhor desempenho, ou seja, assim que aumentar a ativação o desempenho também aumentará progressivamente até um ponto ótimo, após esse ponto, caso a ativação continue aumentando,o desempenho tende a cair progressivamente.

Zonas ótimas de funcionamento: baseada no u invertido, mas com algumas variações. Observa-se a variação no ponto ótimo de ativação, alguns atletas alcançarão sua zona ótima de desemprenho em níveis mais baixos de ativação que outros. Essa teoria propõe ainda que não é um ponto específico que determina o estado de ativação ideal, havendo assim uma margem ou zona de ativação.

A ativação pode auxiliar muito no desempenho do atleta. O técnico deve auxiliar o atleta a identificar o nível de ativação mais adequado para ele e, neste processo, alguns terão de aprender a relaxa, outros, a recrutar sua energia para ter uma boa performance.

ANSIEDADE

Estado de humor caracterizado por sinais cognitivos, emocionais, comportamentais, e sintomas somáticos, desencadeados em reação à percepção de um perigo ou algo negativo.

Ansiedade como traço: considerada uma tendência relativamente estável de reagir ao perigo. Atletas com alta ansiedade como traço estão predispostos a reagir com níveis mais elevados de ansiedade do que objetivamente seria esperado.

Composta por três componentes distintos: Somático, preocupação e interrupção da concentração.

Ansiedade como estado: considerada menos estável, está correlacionada com a avaliação das circunstâncias reais. Composta por dois componentes: Cognitivo e somático.

Pode ter influência tanto positivo quanto negativo ao atleta ou esportista.

Níveis adequados de ansiedade podem ser benéficos ao atleta, em esportes de explosão, através dos seus efeitos somáticos. Da mesma forma, níveis baixos de ansiedade auxiliariam atletas em esportes de alta precisão.

O técnico conhecendo as características pessoais do atleta terá um papel importante para controlar a ansiedade e prepara-lo melhor para competição.

ESTRESSE

Processo no qual eventos do ambiente ameaçam a integridade do organismo e pelo qual ele reage, sendo a reação só desencadeada quando o evento ameaçador supera os recursos do organismo para manter seu equilíbrio (EVERLY,1990)

Síndrome de adaptação geral: Busca manter ou reestabelecer a homeostase do corpo através de respostas fisiológica ao evento nocivo. Essa teoria progride em três estágios bem definido: Alarme, resistência e exaustão.

Teoria interacional de estresse e copimg:

Nesta teoria (mais aceita no meio esportivo) o mediador primário entre a pessoa e o ambiente é a avaliação.

A avaliação é divida em três tipos:

- Primária: julgamento que a pessoa faz a respeito do que a situação reserva para ela. Pode ser de três tipos: 1- irrelevante;

2 – benigno-positivo;

3 - estressante.

- Secundária: julgamento dos meios disponíveis para lidar com aquela situação.

- reavaliação: processo de avaliação continua baseado nas alterações do ambiente.

No contexto esportivo foram adicionados mais 2 termos a essa perspectiva: eustresse e distresse

Eutresse: forma positiva de estresse. Desencadeado quando a avaliação primaria identifica a situação como um desafio (positivo), aumentando assim seu nível de ativação e permitindo lidar bem com a situação.

Distresse: Forma negativa do estresse. Desencadeado frente a uma ameaça (negativa), associada a um alto estado de ansiedade e ativação devido a falta de recursos para lidar com a situação.

O efeito do estresse sobre o desempenho no esporte dependerá se a avaliação da situação é um desafio (positivo) ou uma ameaça (negativo), desencadeando mecanismo de eustresse ou distresse.

Deve o treinador saber observar o estado do atleta ajudando-o a controlar o nível de estresse.

ATENÇÃO

Mecanismo de percepção dirigida e seletivo dos estímulos do ambiente (SAMULSKY, 2009).

Observado em três dimensões distintas:

1°- processo de investimento deliberado do esforço mental em processar a informação importante naquele dado momento

2° - percepção seletiva ou a habilidade de destacar a informação relevante para a execução da tarefa, enquanto ignora elementos que provocariam distração.

3° - capacidade do atleta de realizar duas ou mais tarefas igualmente bem, tendo assim a atenção dividida.

A atenção adequada para um bom desempenho no esporte requer uma nível ótimo de Ativação. Níveis muito altos ou muito baixos de ativação poderão comprometer a habilidade de selecionar e focar os elementos do ambiente interferindo diretamente na atenção e na performance.

        CONCENTRAÇÃO

Capacidade do sujeito de exercer esforço mental deliberado em manter-se focado no que é mais importante em qualquer situação.

No contexto esportivo, podemos distinguir duas categorias de elementos de distração:

- Elementos externos: relacionados com eventos ou situações ambientais que distraem os atletas como: barulho da torcida, mudança súbita do barulho no ambiente, o tempo e provocações dos adversários.

- Elementos internos: relacionados a pensamento, emoções e sensações corporais. Ex: lembrar dos erros passados cometidos, raiva, dor e fadiga.

 Atletas que conseguem manter-se focado (auto nível de concentração) nas informações relevantes para sua tomada de decisão ou para seguir a tática planejada estão menos predisposto aos erros. Porém manter focado por muito tempo demanda muita energia.        O papel do técnico é auxiliar o atleta a aprender administrar os momentos de concentração.

TREINAMENTO MENTAL

Segundo Goud, Flett e bean (2009), são estratégias cognitivas, mentais e comportamentais que atletas e times usam para atingir um estado de performance ou condição que é relacionada a um ótimo estado psicológico, tanto para a competição quanto para o treino.

Técnicas de treinamento mental:

  1. Treinamento por imaginação:

Consiste na criação ou inovação de experiências sensoriais previas. É uma forma de treinamento mental interessante para melhorar a técnica esportiva. Ela pode ter uma perspectiva interna ou externa. Na interna, o atleta cria ou recia a experiência em sua mente a partir do seu ponto de vista. Na externa, o atleta “se vê fora”, como se estivesse assistindo um filme.

  1. Goal setting (determinação do objetivo)

Estimular mentalmente o atleta a planejar seu comportamento, focar sua atenção, avaliar suas habilidade técnicas e dispender esforço compatível com a meta estabelecida.

  1. Treinamento de autoverbalização:

A autoverbaliza é usada pelos atletas para interpretar seus sentimento e percepções, fazer uma autoavaliação, automotivação e autoinstrução, podendo ela ser positiva ou negativa.

  1. Relaxamento

Usadas pelos atletas que tem níveis de ansiedade muito elevados, ou que tem dificuldade de regular seus níveis de ativação.

Consiste tanto em técnicas para promover o relaxamento mental quanto para promover o relaxamento físico.

Devem ser praticados no treinamento como se fosse uma rotina, para poderem ter algum efeito na competição.

  1. Técnicas multimodais

Formada pela combinação de uma ou mais técnicas anteriormente descritas. As técnicas multimodais são interessantes para atleta mais experiente e tem efeitos tanto no treinamento quanto na competição.

Todas as técnicas de treinamento mental têm ótimos efeitos e resultados nos atletas, basta o técnico ou educador saber escolher a melhor técnica baseando sempre individualidade do atleta e em qual período se encontra na competição ou treinamento.

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