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O EDUCADOR FÍSICO E SEU PAPEL PARA A O ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO NA PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS

Por:   •  12/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.368 Palavras (6 Páginas)  •  451 Visualizações

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LIARA SPANIOL

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O EDUCADOR FÍSICO E SEU PAPEL PARA A O ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO NA PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS

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CLARETIANO - CENTRO UNIVERSITÁRIO - CURITIBA

2014

O EDUCADOR FÍSICO E SEU PAPEL PARA A O ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO NA PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS

Atualmente vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente a relação entre a atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento. Sendo reconhecida a atividade física como fator decisivo no sucesso do processo do envelhecimento. O objetivo deste projeto é associar elementos da promoção da saúde e envelhecimento, obtendo subsídios para a elaboração de atividades para um envelhecimento bem-sucedido, além de compreender também os aspectos fisiológicos da aptidão física no envelhecimento.

Ao realizar uma entrevista com um idoso praticante de atividade física e com outro que é sedentário, é indiscutível a importância da atividade física na suas vidas.

A idosa que pratica atividades físicas regulares, faz academia 5 vezes por semana, começou a fazer atividades a menos de 1 ano após uma cirurgia cardíaca. Ela relata que sua vida mudou, hoje se sente outra mulher, disse na entrevista que ela nem consegue lembrar de como era sua vida antes da academia, porque quando lembra fica chateada por ter perdido tanto tempo. Ela diz que a melhor coisa que aconteceu na vida dela foi o médico cardiologista ter a encaminhado a uma academia. Era só para fazer caminhas e hoje ela já segue um programa de treinamento com exercícios de musculação e exercícios aeróbicos. Quando perguntei sobre as dificuldades que o idoso encontra em praticar atividades físicas, ela me respondeu: “o medo”. Medo de começar, medo de não conseguir, medo do que os outros iriam pensar, “ o que essa velha ta querendo fazer aqui na academia”. Quando perguntei sobre suas maiores preocupações ela me disse que era voltar a ser como antes. Pois sentia dificuldade de fazer tudo, “colocar o sapato era um problema, vê se isso tem cabimento”. No meio da conversa ela disse: “ não conseguia nem conversar mais com as pessoas, só ficava em casa com as minhas lamentações e dores.”

Ao entrevistar com uma idosa sedentária, no caso, amiga da primeira entrevistada, ela disse que não gosta de fazer nada, “ já chega que tenho q cuidar da minha casa, acha que é fácil aos 65 anos fazer tudo sozinha? Quando eu fazia até que eu gostava, mas daí me machuquei a perna e tive que parar, depois sempre tava cansada e não voltei mais pra ginástica”. Essa segunda senhora disse que a anos atrás fazia ginástica com um grupo de idosas oferecido pela prefeitura, “ era bom, a gente se mexia e ria bastante, encontrava as amigas”. Perguntei se ela fazia uso de algum medicamento, ela toma remédio pra pressão, diabetes, osteoporose, e um pra relaxar os músculos. Enquanto a outro toma um pra o coração e cálcio. Perguntei pra segunda idosa qual a maior preocupação dela hoje, ela me disse: “ tenho medo de me quebrar, esses dias caí um tombo tão feio menina, quase me esborrachei, to até agora com dor no meu braço”.

Ao fazer essas entrevistas ficou ainda mais nítida todas as leituras e estudos até agora.

Na perspectiva da capacidade funcional, temos a certeza de que a é a mobilidade, é um dos elemento mais importante para manutenção da independência do idosos nesta etapa da vida. A capacidade de realizar as tarefas e de se movimentar de forma segura e independente no dia a dia, melhora a qualidade de vida das pessoas. “ Conseguir ir no mercado, no banco, nas lojas, visitar as amigas, lavar e cozinhas sem tanta dificuldades é muito bom ” disse a primeira entrevistada. Enquanto para a segunda entrevistada fazer os afazeres de casa já é um problema.

A mobilidade é uma variável extremamente importante associada não somente com a qualidade de vida na terceira idade, mas também com a longevidade. Neste sentido, Hirvensalo et al. analisaram a relação entre a mobilidade e o nível de atividade física com a mortalidade e a independência em 1.109 homens e mulheres de 65 a 84 anos de idade na avaliação inicial, realizada oito anos antes da segunda. A mobilidade foi definida como a habilidade para caminhar 2km e subir um lance de escadas sem dificuldade. Os resultados mostraram que as alterações na mobilidade e no nível de atividade física prognosticam a dependência e a morte em homens e mulheres maiores de 65 anos de idade. Os indivíduos com alterações da mobilidade tiveram um risco maior de morte e dependência do que aqueles que conseguiram manter a mobilidade. Os homens sedentários e com alteração da mobilidade tiveram sete vezes mais risco de perder a independência do que os ativos sem alteração; e nas mulheres esse risco foi quase quatro vezes maior. Com relação à mortalidade, esse risco foi três vezes maior em ambos os sexos. Mas o fato mais interessante mostrado ineditamente por este estudo foi que os sujeitos com alterações da mobilidade, mas que se mantiveram ativos apresentou menor risco de morte do que os sedentários, indicando que a atividade física foi um fator protetor de mortalidade em indivíduos com alterações da mobilidade.

Com a evolução do conhecimento sobre envelhecimento fica cada vez mais perceptível a importância da atividade física não só para prevenção de doenças, mas em todos os aspectos, emocionais e ambientais, pois segundo a OMS em 1947 afirma que saúde é um estado de pleno bem-estar físico, psíquico e social.

Estudos apontam uma diminuição da atividade física com o aumento da idade, tornando o sedentarismo um fator de risco de morbidade e mortalidade durante o processo de envelhecimento. Sabemos pelas entrevistas que as práticas de atividade física regular na terceira idade são facilmente superáveis, o que precisamos é estimular a adoção de um estilo de vida ativo durante o envelhecimento, movendo a população sobre a pensar na possibilidade de ser fisicamente ativo sem precisar ter muito tempo e habilidades.

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