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O MODELO DE GESTÃO DA EQUIPE DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS KINGS/UEM/UMPM/MARINGÁ/PARANÁ

Por:   •  2/6/2021  •  Monografia  •  4.450 Palavras (18 Páginas)  •  175 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

EDUARDO CASSOL ZAMBRANO

MODELO DE GESTÃO DA EQUIPE DE BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS KINGS/UEM/UMPM/MARINGÁ/PARANÁ

Maringá

2018

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

EDUARDO CASSOL ZAMBRANO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelo acadêmico Eduardo Cassol Zambrano, orientado pelo Prof. Dr. Décio Roberto Calegari, de ensino superior da Universidade Estadual de Maringá.

MARINGÁ

2018

RESUMO

O estudo presente neste trabalho buscou identificar e analisar o modelo de gestão da equipe de Basquete em Cadeira de Rodas da cidade de Maringá/PR: KINGS/UEM/UMPM/MARINGÁ. Para esta análise foi feito levantamento do histórico do desporto paralímpico, quais políticas públicas e iniciativas foram criadas para o incentivo do esporte para a pessoa com deficiência em âmbito federal, estadual e municipal, assim como relatórios de competição da equipe entre os anos de 2012 e 2017. Foi constatado que com um modelo inédito de gestão foi desenvolvido, onde os atletas passaram a fazer parte das tomadas de decisões e das ações para captação de recursos, produzindo avanços representados pelos resultados da equipe em competições oficiais.

Palavras-chave: Gestão Esportiva; Esporte Paralímpico; Políticas Públicas; Lei de Cotas

ABSTRACT

The present study aimed to identify and analyze the management model of the Wheelchair Basketball team in the city of Maringá / PR: KINGS / UEM / UMPM / MARINGÁ. For this analysis, the history of the Paralympic sport was reviewed, which public policies and initiatives were created to encourage the sport to the disabled at the federal, state and municipal levels, as well as team competition reports between 2012 and 2017. It was verified that with an unprecedented model of management was developed, where the athletes became part of the decision making and the actions to raise funds, producing advances represented by the results of the team in official competitions.

Keywords: Sports management; Paralympic sport; Public policy; Quota Law

   

INTRODUÇÃO

O desporto adaptado e a sua sistematização tiveram seus primeiros registros no final da segunda guerra mundial, sua prática tinha como objetivo acelerar e tornar mais agradável a recuperação e reabilitação dos soldados lesionados durante os conflitos.

Os primeiros passos, neste sentido, ocorreram em fevereiro de 1944, quando o médico alemão, de origem judaica, exilado na Inglaterra, Sir Ludwig Guttmann, neurologista e neurocirurgião, foi convidado pelo governo britânico, para fundar o centro de reabilitação para tratamento dos soldados lesionados medulares, nos Hospital de Stoke Mandeville, próximo à cidade de Aylesbury. O Dr. Guttmann dedicou-se a esta atividade de 1943 a 1980.” (ARAUJO, 1998, pg. 20/21).

Foi observado que além de acelerar a recuperação dos pacientes, a pratica esportiva também servia para reintegrar o paciente a sociedade, facilitando a adaptação à nova condição de vida dos pacientes.

Com o fim da segunda guerra e a retomada do movimento olímpico são fornecidas condições para o desenvolvimento dos esportes para PcD, e a sua pratica que tinha como objetivo a recreação e reabilitação, passa a ser organizada de forma competitiva. Outro aspecto do esporte adaptado que passa a ser desenvolvido é a parte científica, onde os resultados obtidos com a prática esportiva passam a ser registrados, passando assim, a contribuir para o desenvolvimento do tratamento de traumatismos.  

De acordo com ARAUJO (1998) esses estudos eram de extrema importância, pois os sujeitos acometidos por essas lesões possuíam uma expectativa de vida imprevisível, e sua grande maioria ia à óbito na primeira semana, devido a complicações relacionadas a infecções urinárias, respiratórias e generalizadas e escaras de decúbito, sendo a medicina da época ineficaz no tratamento destes males.

ARAUJO (1998) estabeleceu um marco conceitual, definindo a diferença entre esporte adaptado e esporte para deficientes. O esporte adaptado seria constituído de modalidades praticadas por deficientes que adaptam regras e regulamentos para que sua prática seja possível por deficientes, sendo o basquetebol de cadeira de rodas uma das práticas mais antigas. Já o esporte para deficientes é constituído por modalidades criadas exclusivamente para a prática de pessoas com deficiência, possuindo no “goalball” um exemplo.

Para MARQUES (2010) o esporte adaptado é pautado principalmente em dois critérios. O primeiro está ligado ao tipo de deficiência, prevalecendo três formas de estruturas de organização: esporta para pessoas com deficiência auditiva (DA); esporte paralímpico (que engloba pessoas com deficiência física – DF, visual – DV e intelectual – DI). O segundo está relacionado ao sentido da prática na qual se destaca, o esporte paralímpico, os campeonatos destinados ao DA e as Olimpíadas especiais.

O basquetebol foi uma das modalidades que mais se organizaram na disputa de competições, devido ao trabalho dos Drs. Benjamin H. Lipton e Timothy Nugent, que logo após a segunda guerra se dedicaram ao treinamento de equipes de basquetebol de cadeira de rodas no período de 1946 a 1948. (WINNICK, 2004).

Em 1948, paralelamente aos Jogos Olímpicos de Londres, no jardim do National Spinal Injures Centre of England eram realizados os primeiros jogos de Stoke Mandeville, com a participação de 16 atletas “deficientes” ingleses que disputaram as modalidades de tiro ao alvo, arremesso de dardo e arco e flecha. (WINNICK, 2004, COSTA & SOUZA, 2004).

Em 1949 foi fundada nos Estados Unidos a National Wheelchair Basketball Association, presidida pelo Dr. Nugent. Em 1950 a partir do encontro entre Guttmann e Nugent estabelece-se a internacionalização dos Jogos de Stoke Mandeville, que viria a contar com equipes dos Estados Unidos e da Holanda em 1950. (WINNICK, 2004).

A criação da International Stoke Mandeville Wheelchair Games Federation – ISMWGF – estabelece um parâmetro de organização que transforma Aylesbury em centro de desenvolvimento mundial do paradesporto. (COSTA & SOUZA, 2004).

 Em 1956 os Jogos de Stoke Mandeville recebem o reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional e em 1960 são realizados em Roma após os Jogos Olímpicos, contando com a participação de 230 atletas de 23 países, com apoio do Comitê Olímpico Internacional, passando a ser denominado de Paraolimpíada, situação que se repetiria em Tóquio (1968) e que por diversos problemas somente retornaria a acontecer vinte anos depois em Seul (1988) para não mais se separar. Atualmente a cidade que quiser sediar uma Olimpíada tem que apresentar o projeto para sediar a Paralimpíada também. (WINNICK, 2004).

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