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AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SEGUNDO A VISÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DEFICIENTE FÍSICO QUE FAZEM USO DA CADEIRA DE RODAS.

Por:   •  25/5/2015  •  Artigo  •  6.787 Palavras (28 Páginas)  •  840 Visualizações

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AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SEGUNDO A VISÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DEFICIENTE FÍSICO QUE FAZEM USO DA CADEIRA DE RODAS.

MARTINEZ, Sérgio [1]

BEZERRA, Ana Paula Souza[2]

RESUMO

Os benefícios das aulas de educação física sempre foram presentes na vida dos alunos em geral, este artigo buscou investigar os benefícios na vida de alunos com deficiência física do ensino médio além de descobrir se esses mesmos alunos estão inseridos nas aulas de Educação Física já que vivemos com essa perspectiva de inclusão dentro da nossa sociedade e dessa maneira é necessário incluirmos essas pessoas, pois sabemos que devido suas limitações tem dificuldades na vida diária. A coleta de dados foi feito através de um questionário, construído para essa pesquisa, feito com os alunos deficientes físicos contendo perguntas fechadas. As análises feitas com respostas dos alunos ficou constado o quanto é importante para esses alunos participarem das aulas de Educação Física que além dos benefícios físicos também contribui como forma de inclusão. Resta agora que os profissionais de educação voltem os olhos a esses alunos, de maneira a facilitar e adaptar as atividades para que esses educandos possam ter os mesmos direitos de participar das aulas em escolas regulares como qualquer outro aluno, independente de suas limitações já que a educação é para todos, e acima de tudo buscar a inclusão de maneira horizontal e com isso estarão contribuindo para uma melhor qualidade de vida desses alunos.

Palavras-chave: Deficiência, inclusão, educação física.  

INTRODUÇÃO

As pessoas com deficiências enfrentam inúmeras dificuldades em seus dia a dia vinculados aos fatores ligados à deficiência que possui, além das


condições do ambiente em que vivem, os preconceitos, estereótipos e discriminações, que tem tomado significativas dimensões no âmbito escolar.

Esta percepção deu-se neste pesquisador após um acidente de motocicleta e a necessidade de amputação de parte da perna direita. Ao vivenciar diariamente essas dificuldades, não só no meio escolar, mas dentro da sociedade em geral.

A proposta é discutir os benefícios que as práticas de atividades físicas podem proporcionar aos mesmos segundo a visão deles próprios, se eles sentem-se incluídos dentro do ambiente escolar e se existem alguma dificuldade em realizarem atividades físicas propostas nas escolas.

Analisando por esta vertente, o professor de Educação Física, assim como os demais professores, não pode estar alheio a estes fatos devendo assim adequar-se a esta nova realidade e tentar construir novos saberes com apoio nas reflexões individuais e coletivas. E a partir disso trabalhar de acordo com as necessidades dos alunos com deficiência física e acima de tudo procurar capacitar se para enfrentar esses desafios.

Existem hoje várias leis em nosso país que indicam boas perspectivas a respeito  da inclusão de pessoas com deficiência física, das quais podemos citar LEI N. 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989; Lei 8213/91 de 24/07/1991, conhecida como Lei de Cotas; Lei nº 10.098 de 19/12/2000 de Acessibilidade, e é na escola que isso deve começar a ser incluído, pois nesse ambiente encontramos uma diversidade enorme de pessoas com características e capacidades diferentes, e nesse meio encontraremos também pessoas com deficiência física. Dessa forma o professor é uma peça fundamental no desenvolvimento desses educandos, trabalhando com estratégias que inclua esses alunos junto aos demais que não possuem deficiência física, selecionando as atividades de acordo com as capacidades dos alunos com deficiência. Diante disso levantamos as seguintes questões:

As aulas de Educação Física trazem melhoras aos alunos deficientes físicos que fazem uso da cadeira de rodas, segundo a visão dos mesmos?

O objetivo geral desta pesquisa busca identificar os benefícios das aulas de Educação Física na vida dos alunos do ensino médio deficiente físico que fazem o uso de cadeira de rodas de acordo com a opinião dos mesmos além de identificar se os mesmos são incluídos na pratica nas aulas de Educação Física.

DESENVOLVIMENTO

Estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 2011, revela que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apresenta algum tipo de deficiência: uma em cada cinco (entre 110 milhões e 190 milhões) têm a vida dificultada por falta de condições. No Brasil de acordo com Censo Demográfico 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população do país, ou seja, mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência.

No Brasil a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, também conhecida como Convenção da Guatemala, que foi promulgada pelo Decreto nº 3.956 (2001), conceituam deficiência, para fins de proteção legal, como uma limitação física, mental, sensorial ou múltipla, que incapacite a pessoa para o exercício de atividades normais da vida e que, em razão dessa incapacitação, a pessoa tenha dificuldades de inserção social.

Já de acordo com o Decreto 3298 (1999), dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência diz o que se segue:

Art. 3o  Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

        I - deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;

        II - deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos;

Omote (1994) refere-se o nome deficiente como

Um status adquirido por essas pessoas... Nesse modo de encarar a deficiência, uma variável crítica é a audiência, porque é ela que, em última instância vai determinar se uma pessoa é deficiente ou não. Significa que ninguém é deficiente apenas pelas qualidades que possui ou que deixa de possuir. Uma pessoa só pode ser deficiente perante uma audiência que a considera, segundo seus critérios como deficiente. 

A partir destas definições podemos entender um pouco melhor sobre deficiência. Essas deficiências podem ser congênitas que segundo Macedo (2008):

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