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O jogo, O caderno O aprendizado: Xadrez como auxilio da Matemática

Por:   •  6/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  5.579 Palavras (23 Páginas)  •  282 Visualizações

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O jogo, o caderno e o aprendizado: Xadrez como auxilio no ensino da matemática.

Vinícius de Matos Reis

Orientador: Prof. Dra. Bettina Ried

 “O xadrez é a Ginastica do intelecto”.

Johann Wolfgang von Goethe (1773)

Resumo

O Xadrez é uma maneira de fazer com que os alunos tenham um aprendizado de uma maneira mais prazerosa e ao mesmo tempo divertida, também colaborando como uma ajuda ao professor. O presente estudo pretende analisar como o xadrez pode ajudar na melhoria do ensino da matemática. Foi realizada uma pesquisa de campo onde participaram 30 alunos de 6º e 7º ano do ensino fundamental com idades de 11 a 12 anos com rendimento abaixo da média em matemática que tiveram aulas de xadrez duas vezes por semana durante um mês e meio, a fim de melhorar o rendimento na disciplina. Foram feitos dois testes com os alunos um para ser feito a seleção dos participantes e outro para analisar os resultados após as aulas de xadrez. Os resultados obtidos nesta pesquisa não comprovaram a hipótese e estão em desacordo com os resultados de outras pesquisas similares. Por fim para melhor poder avaliar alunos de escola utilizando o xadrez é uma pesquisa que requer mais tempo de no mínimo seis a oito meses e com um número maior de participantes.

Palavras chave: Xadrez; Ensino Fundamental II; Matemática.

Introdução

O xadrez está enquadrado na categoria de jogos dentro da Educação Física, porém não é só nesta disciplina que ele pode ser utilizado como componente fundamental na aprendizagem dos alunos além da própria Educação Física pode utilizá-lo junto ao ensino da matemática, além de se trabalhar valores morais e éticos nos próprios alunos.

Fadael e Mata [2008] citando Sá (2007) e Rezende (2002; 2007) dizem que a inclusão de práticas enxadrísticas no contexto escolar desenvolve no aluno habilidades percepção e colocação no espaço-tempo bem como a paciência, perseverança além do autocontrole.

           Oliveira (2005) afirma que o jogo de xadrez é uma forma de auxiliar o professor de matemática durante suas aulas.  

         Pereira, Lôbo, Santos (2013) citando Pimenta (2006) afirmam que a prática do xadrez requer cuidados para que o jogo não atrapalhe o desenvolvimento às vezes até da sala, pois a prática do lúdico não pode ser confundida pelos alunos nem tanto pelos os professores.

        O aluno junto ao aprendizado do xadrez também irá desenvolver o raciocínio lógico e a percepção.

Raciocínio lógico se define como um modo de pensar que ajuda (neste caso o aluno) a resolver uma situação problema ou chegar a uma conclusão sobre o determinado assunto (SILLAMY 1998). Assim por exemplo no xadrez, percepção é definida como uma conduta psicológica pela qual um indivíduo organiza suas sensações e toma conhecimento do real (SILLAMY 1998).

Para Cabral e Nick (1997, p.269) percepção é “O processo pelo qual o indivíduo se torna consciente dos objetos e relações no mundo circundante, na medida em que essa consciência depende de processos sensoriais”. Concluem dizendo que “Percepção sensorial é o produto de uma série definida de eventos físicos, fisiológicos e psicológicos que desenvolvem em sequência imutável que têm por polo um estímulo e uma reação (ou resposta).”

Matemática é tida como a ciência do abstrato e busca estudar por meio de quantidades, medidas, espaços, padrões estrutura e variações. Consiste na procura de padrões e por meio de deduções o estabelecimento de novas relações (SILVA 2011).

Segundo os PCN matemática (1997), o ensino da matemática pode causar duas sensações distintas, uma por parte do professor e outra por parte do aluno. Sendo que a do professor é a satisfação pelo ensinar e o aluno o oposto por conseguir os resultados esperados.Os PCN ainda dizem que se destacam dois aspectos básicos, um é relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras), já o outro é relacionar representações com princípios e conceitos matemáticos.

Penteado, Coqueiro e Hermann (2011), citando Christofoletti (1999), dizem que a criança ao jogar xadrez está utilizando concentração principalmente para traçar uma estratégia de jogo, não muito diferente da matemática pois, ao resolver um "problema" o aluno necessita de muita concentração.

        Segundo Souza e Brito (2007) citando Pajares e Miller (1994) desempenho em matemática está ligado diretamente a outros dois aspectos auto eficácia e autoconceito que estão presentes nas soluções dos problemas.

        Segundo Bandura (1986) citado por Souza e Brito (2007) autoconceito é “visão composta de um indivíduo, que é formada através da experiência direta e avaliações adotadas de outras pessoas significativas" (p.409).

        Bandura (1997) também citado por Souza e Brito (2007) diz que a auto eficácia é “a crença na própria capacidade de organizar e executar cursos de ações requeridas para produzir determinadas realizações" (p.3).        Tendo em vista que o xadrez também é fundamental para o desenvolvimento em matemática.

Objetivo

O trabalho irá comparar o desempenho de alunos do ensino fundamental II na matemática antes e após a aprendizagem do xadrez.

Metodologia

Foi realizada uma pesquisa de campo onde participaram 30 alunos de 6º e 7º ano do ensino fundamental com idades de 11 a 12 anos com rendimento abaixo da média em matemática que tiveram aulas de xadrez duas vezes por semana durante um mês e meio, a fim de melhorar o rendimento na disciplina.

Revisão da literatura

A revisão da literatura mostrou dois trabalhos relacionados à temática (PEREIRA, LOBO e SANTOS, 2013; SILVA E FERREIRA, [2011]), ambos os autores utilizaram a pesquisa de campo. No primeiro, realizado em três etapas: na primeira foi feita uma seleção dos alunos que neste caso são sessenta alunos com idades de 12 a 15 anos (alunos do ensino fundamental 2), a segunda a aplicação de dois testes (um no início e outro após a aplicação das atividades) e a terceira aplicação do xadrez, que foi aplicado em aulas extracurriculares semanais de uma hora tendo como conteúdo desde a história, explicação do jogo e a prática.O estudo foi aplicado na escola pública José Serafim Azevedo na cidade de Santa Helena de Goiás (GO). Os resultados mostraram que houve um aumento tanto nas notas quanto na responsabilidade como no interesse por parte dos alunos não só na Educação Física, mas sim nas demais disciplinas, e ainda outro interesse por parte dos professores que utilizam o xadrez como auxílio em suas aulas.

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