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A COMUNICAÇÃO E GESTÃO

Por:   •  13/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  746 Palavras (3 Páginas)  •  188 Visualizações

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Vidas eram tiradas todos os dias, mães choravam seus filhos levados pela guerra. Viúvas choravam o luto por seus amados perdidos.

A um grosso modo a moça de olhos castanhos aprendera que o choro era algo relevante quando viviam da maneira a qual se encontravam.

Camila muito deixara de acreditar na vida, agia mecanicamente, salvava vidas, ensinava aos que podia, três anos em meio ao caos a mostraram que a vida jamais seria o conto de fadas que na infância um dia ela pintara. Os vinte e seis anos da jovem médica, valiam mais que uma vida somada ao fardo que ela carregara em suas mãos.

Houve um tempo em que ela acreditou que tudo mudaria em algum momento a guerra pararia, eles voltariam pra casa, ela Jade... afinal a guerra não duraria muito né?

Ledo engano. A guerra somente piorou. Ela viu tudo que mais se importava na vida escorregar de suas mãos sem nada que ela pudesse fazer para reverter a situação.

Ela viu cada tentativa sua de algo melhor fracassar.

Ela perdeu as esperanças.

Ela perdeu a fé.

Ela perdeu a capacidade de amar.

Ou assim ela pensava até colocar os olhos na sessão de novos recrutas para auxiliar no eterno combate.

Apesar da aparência externa de Camila de sempre parecer indiferente ao que se passava sentiu pena dos aspirantes.

Há um tempo atrás extinguiu se a lei que proibia mulheres na linha de frente e incursões. Então cada vez mais, meninas praticamente adolescentes apareciam por ali.

Eram rapazes e moças, jovens esperançosos, que jamais voltariam para suas casas, para suas famílias. Para a namorada, namorado, filhos, que prometera voltar. Era o que sempre acontecia as turmas de novatos, que volta e meia eram recrutados.

Ainda assim, algo em seu peito zumbiu e a intrigou quando dentre aos jovens fardados e posicionados diante do general havia uma jovem com uma das íris mais verdes as quais ela já vira na vida.

Apesar de não avaliar de maneira concisa ela sabia que a moça era bonita.

Mas não foi isso que a atraiu. Talvez um pouco, mas a  bravura, o brilho nos seus olhos e sua determinação.

Era o mesmo que ela tinha quando havia chegado ao inferno. Os olhos da menina descansaram sobre ela em algum momento.

Houve um magnetismo no ar sentido por ambas as partes. Breves segundos depois as orbes curiosas da moça seguiu se novamente ao general escutando atentamente as instruções.

Camila se compadeceu da estranha. Pensar que em pouco sua vida seria extirpada por alguma eventual fatalidade lhe doeu. Sequer sabia seu nome.

Observou seu distintivo.

Soldado Jauregui.

Algo seu peito doeu ao pensar sobre a jovem Jauregui morta em seus braços devido as dificuldades.

Seu coração a muito tempo parado bateu mais forte.

Ela ainda não sabia, achava que seu coração um dia morto não mais podia, mas talvez ela somente precisasse reaprender a amar.

xXx

Capitulo I –

Os gemidos ao lado a fizeram despertar. As poucas horas de sono mal dormidas foram interrompidas por um dos feridos que delirando em febre murmurava frases incoerentes, Camila conferiu a temperatura e notou que o homem tinha febre muito alta. Haviam escoriações em toda parte de seu corpo, um grande corte se estendia em seu abdomên, suturado com as ferramentas as quais Camila conseguiu salvar quando a base sofreu um atentado.

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