TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA

Por:   •  26/6/2021  •  Seminário  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  160 Visualizações

Página 1 de 5

EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

 As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. As elevações agudas ou crônicas dos níveis pressóricos sistêmicos são responsáveis por grande parte dessas mortes.

 

EPIDEMIOLOGIA

 A hipertensão é uma doença inicialmente assintomática que atinge cerca de 30% dos brasileiros em idade adulta e em crianças e adolescentes, apresenta 5% no país.

  Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, o Brasil tem um elevado número de pessoa com hipertensão arterial, a qual cresce a cada ano, sendo, aproximadamente 17 milhões de portadores de (HA) e 35% dessa população tem 40 anos ou mais.

  De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a (HAS) é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% de insuficiência renal terminal.

 As crises hipertensivas se classificam como: urgência e emergência hipertensiva, que se define como elevação da pressão arterial (PA) e suas condições clínicas são multifatoriais.

 Fatores de riscos como o tabagismo, alcoolismo, Diabete mellitus, as dislipidemias, a obesidade e o histórico familiar só aumenta os riscos de aparecimentos de emergências em determinada fase da vida do individuo.

DEFINIÇÃO

 Emergência hipertensiva é a hipertensão grave com sinais de comprometimento de órgãos-alvo (cérebro, sistema cardiovascular e rins). Nesse caso a PA deve ser reduzida, em minutos ou algumas horas, não obrigatoriamente a níveis normais.

As emergências hipertensivas são situações nas quais o atendimento não pode ser adiado, ou seja, deve ser imediato. Quando há lesão dos órgãos alvos e risco de morte.

NÃO CONFUNDA:

Nas Urgências hipertensivas (UH) não existe o comprometimento instalado dos órgãos-alvo (coração, artérias, cérebro e rins). Após a avaliação médica o paciente geralmente recebe medicações por via oral ou sublingual e é tratado ambulatorialmente e em domicílio; o controle da Pressão Arterial é feito em até 24 horas;

SINAIS E SINTOMAS

(Emergência Hipertensiva)

geralmente PA > 220/120 mmHg, com lesão aguda de órgão alvo (potencialmente letais).

Neurológicos – Evidência de aumento da pressão intracraniana

Confusão,

agitação psicomotora desproporcional ao estado clínico,

cefaléia súbita intensa,

rebaixamento do nível de consciência,

déficit neurológico focal,

alteração pupilar, convulsão.

Cardiovasculares – Sinais de descompensação cardíaca aguda

Dor torácica anginosa típica,

dor torácica sugestiva de dissecção de aorta,

taquicardia intensa,

má perfusão periférica,

sudorese profusa,

B3,

estase jugular,

assimetria de pulsos,

sopro diastólico em foco aórtico,

massa abdominal pulsátil + dor abdominal intensa

• Instalar monitorização hemodinâmica;

• Coletar e acompanhar marcadores de dano

progressivo aos órgãos alvo;

• Realizar controle de diurese;

• Realizar eletrocardiograma;

• Acompanhar achados na radiografia do tórax,

exames oftalmológicos e neurológicos;

• Monitorar a pressão arterial a cada 5 a 10

minutos até que as metas sejam alcançadas;

• Encaminhar o paciente para uma unidade de

terapia intensiva

Desconforto respiratório intenso sem causa pulmonar aparente,

dor torácica súbita pleurítica,

estertor crepitante (agudo), hemoptise,

hipóxia persistente e hipercapnia,

sinais radiológicos de edema pulmonar

Renais

Oligoanúria,

proteinúria,

hematúria

níveis aumentados de uréia e creatinina (principalmente azotemia aguda e progressiva)

Hematológicos

Anemia hemolítica microangiopática/esquizócitos

Oftalmológicos

Fundoscopia: exsudatos, edema de Paula

DIAGNÓSTICO

PA muito alta > 220/120 mmHg

Anamnese: Sintomas do quadro atual,episódios anteriores semelhantes ao atual e histórico e antecedentes clínicos.

ECG, urina, ureia e creatinina séricas.

Os pacientes com sinais neurológicos requerem TC de crânio para o diagnóstico de sangramento intracraniano, edema ou infarto. Além disso o exame neurológico deve procurar a presença de rebaixamento de nível de consciência, confusão mental ou agitação psicomotora, presença de sinais neurológicos focais

É importante avaliar a presença de deterioração da função renal, buscando a presença de edema, diminuição de volume urinário e hematúria

Os pacientes com dor torácica ou dispneia requerem radiografia de tórax.A ausculta pulmonar deve procurar a presença de sinais de congestão pulmonar

Alterações do ECG que sugerem lesão de órgão-alvo incluem sinais de sobrecarga ventricular esquerda ou isquemia aguda.

As alterações da análise de urina típicas de comprometimento renal incluem hemácias, cilindros hemáticos e proteinúria.

O diagnóstico baseia-se na existência de pressão arterial muito elevada e sinais de comprometimento de órgãos-alvo.

pesquisa da presença de sinais de irritação meníngea, fundo de olho para buscar edema de papila, hemorragias e exsudatos

a ausculta cardíaca deve buscar a presença de 3ª ou 4ª bulha e sopro de insuficiência aórtica;

o exame físico deve incluir, ainda, a palpação da aorta abdominal e a pesquisa de pulsos periféricos, incluindo o pulso carotídeo.

TRATAMENTO

Internação em unidade de terapia intensiva

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.4 Kb)   pdf (66.7 Kb)   docx (12.5 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com