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A ENFERMEIRA OBSTETRA NO PARTO HUMANIZADO E O DIREITO AO ACOMPANHANTE

Por:   •  28/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.424 Palavras (14 Páginas)  •  227 Visualizações

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 A ENFERMEIRA OBSTETRA NO PARTO HUMANIZADO E O DIREITO AO ACOMPANHANTE¹

Alessandra Gonçalves Natal²

RESUMO

Estudo bibliográfico que buscou identificar a produção científica sobre humanização e assistência de enfermagem ao parto normal.  As fontes foram artigos científicos da base de dados da SCIELO-Brasil, período 2001 a 2010. Obtivemos como resultado da busca 09 artigos que foram agrupados nas seguintes áreas temáticas: medicalização do parto, humanização da assistência ao parto, acompanhante no parto e atuação da enfermeira obstétrica. A análise apontou que o paradigma atual é centralizado na intervenção do parto, apesar do movimento da humanização defender o parto natural e fisiológico realizado por enfermeira. Conclui-se que assistência de qualidade e humanizada ao parto e nascimento privilegia o respeito, dignidade e autonomia das mulheres, com resgate do papel ativo da mulher no processo parturitivo.

        

Descritores: Enfermagem; Enfermagem Obstétrica; Humanização do Parto.   

 

   

______________________________________________________________

¹Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul sob a orientação da Profª. Ma. Silvia Mendonça Ferreira Menoni.

²Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campus de Três Lagoas, UFMS/CPTL. alessandranoia@hotmail.com 

                                                   

  1. INTRODUÇÃO

          A medicina obstétrica começa de maneira específica a tratar o corpo feminino a partir de meados dos séculos XVII. Seu desenvolvimento encontrou dificuldades e conflitos entre os médicos e as mulheres, seu ensino prático enfrentou, além da falta de recursos e investimentos nas escolas médicas, a competitividade da prática liberal e a resistência das mulheres em aderir à assistência hospitalar sob o olhar masculino. (MALDONADO,  2002)

         Historicamente a assistência ao parto era de responsabilidade exclusivamente feminina, pois apenas as parteiras realizavam essa prática. Sabe-se que as mesmas eram conhecidas na sociedade pela suas experiências, embora não dominassem o conhecimento científico. Assim, os acontecimentos na vida da mulher se sucediam na sua residência, onde elas trocavam conhecimento e descobriam afinidades, sendo considerada incômoda à presença masculina durante a parturição. (PAIVA, 1999)

Segundo OSAVA (1997), no Brasil, a assistência ao parto permaneceu nas mãos das parteiras por todo o século XIX.  

 

        Dentre outros movimentos que incidiam na classe médica, houve o surgimento de uma campanha contra as parteiras, tratando se de uma espécie de reedição da caça as bruxas que teve lugar na Europa, entre os séculos XIV e XVII, sendo representado neste período pela a Inquisição. Os médicos da época não davam atendimento a pacientes que fossem previamente atendidos por parteiras. Colocando a taxa de mortalidade materna em terceiro lugar comparada a mais alta do mundo, entre os países que faziam tais registros na época (OSAVA, 1997).

        A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1996, propôs em suas diretrizes que o objetivo da assistência é obter uma mãe e uma criança mais saudáveis com o mínimo possível de intervenção e compatíveis com a segurança para ambos, reduzindo, assim, a taxa de mortalidade neonatal. Em 1998, o Ministério da Saúde inicia a implementação de uma série de iniciativas e incentivos, voltados às questões da humanização, objetivando melhorar a qualidade da assistência obstétrica, revalorizar o parto normal, reduzir as taxas de cesáreas desnecessárias, modelo que vem crescendo ao longo das ultimas décadas, e fortalecer a relação da mãe com seu bebê (BRASIL,1998; BRASIL,1999).

       Na assistência ao parto, o termo humanizar é utilizado há muitas décadas, com sentidos os mais diversos. Fernando Magalhães, o Pai da Obstetrícia Brasileira, o empregou no início do século 20 e o professor Jorge de Rezende, na segunda metade do século. Ambos defendem que a narcose e o uso de fórceps vieram humanizar a assistência aos partos (Rezende, 1998). Esses conceitos eram difundidos por autoridades em obstetrícia médica no cenário internacional, entre eles o norte-americano Joseph DeLee (ROTHMAN, 1993).

  1. OBJETIVO

           Traçou-se como objetivo identificar como está sendo colocados em prática a humanização no parto e o direito da paciente em escolher e o papel da Enfermeira obstetra na Humanização.

  1. METODOLOGIA

          Trata-se de uma revisão bibliográfica, que visou aplicar um questionamento de acordo com referencial teórico indexado, podendo ser feita de forma independente. Para elaboração deste tipo de pesquisa, foi necessário consultar trabalhos publicados em livro e ou artigos científicos de acordo com a proposta previamente selecionada.

          A pesquisa foi feita por via eletrônica, através de consulta de artigos científicos, veiculados nacionalmente na base de dados do Scielo – Brasil, no período de 2001 a 2010.  

          Após a seleção dos artigos indexados, foi feita uma leitura superficial do material obtido, para selecionar o que era de interesse para a pesquisa, em seguida realizou-se uma leitura mais minuciosa, a fim de não serem perdidos aspectos importantes para o enriquecimento do estudo e confecção da redação final da pesquisa.

  1. HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO

          O termo humanização atenta-se ao importante questionamento às práticas de saúde excessivamente intervencionista (WEI, 2007). Este termo vem sendo utilizado, na assistência ao parto há muitas décadas, e seus conceitos difundidos por autoridades em obstetrícia médica no cenário internacional (DINIZ, 2005), objetivando recuperar o parto como evento familiar e natural e unir aos benefícios das modernas evidências científicas.

          A humanização da assistência ao parto implica principalmente que a atuação do profissional respeite os aspectos de sua fisiologia, não intervenha desnecessariamente, reconheça os aspectos sociais e culturais do parto e do nascimento, promova a saúde e ofereça o suporte emocional necessário à mulher e sua família, facilitando a formação dos laços afetivos familiares e o vínculo mãe-bebê (DIAS, 2005).

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