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A IMPORTÂNCIA DO PARTO HUMANIZADO COM A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE

Por:   •  23/5/2018  •  Artigo  •  3.459 Palavras (14 Páginas)  •  425 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO PARTO HUMANIZADO COM A PRESENÇA DE ACOMPANHANTE

Silvana santos oliveira[1]

CRISTIANO CAVEIÃO[2]

RESUMO

Este artigo discute sobre a importância do parto humanizado e também da presença do acompanhante para a mulher durante o trabalho de parto, de acordo com a visão de diversos autores. Parto Humanizado significa mostrar respeito e tratar as parturientes com dignidade, dando-lhes o direito de ter um acompanhante de sua escolha para apoiá-la, encorajá-la a ter uma postura ativa. Assim o objetivo geral do presente estudo é descrever a atuação dos enfermeiros na humanização do parto. E os objetivos específicos são: Analisar quais as dificuldades enfrentadas pelas instituições de saúde para viabilizar o parto humanizado;  Elencar os benefícios do parto humanizado para as gestantes e seus bebês; Identificar de que forma o profissional de enfermagem pode contribuir na assistência humanizada a gestantes, promovendo o bem estar físico e mental. Trata-se de uma revisão de literatura com aportes teóricos como La Biond e Haber (2011), Ministério da Saúde, Oliveira (2013) entre outros.

 Palavras-chave: Parto Humanizado; Acompanhante; Enfermeiro.

ABSTRACT

This article discusses the importance of humanized delivery and also the presence of the companion to the woman during labor, according to the view of several authors. Humanized childbirth means showing respect and treating parturients with dignity, giving them the right to have an escort of their choice to support them, encourage them to take an active stance. Thus the general objective of the present study is to describe the role of nurses in the humanization of childbirth. And the specific objectives are: To analyze the difficulties faced by health institutions to enable humanized childbirth; List the benefits of humanized delivery for pregnant women and their babies; To identify how the nursing professional can contribute to humanized assistance to pregnant women, promoting physical and mental well-being. It is a literature review with theoretical contributions such as La Biond and Haber (2011), Ministry of Health, Oliveira (2013) and others.

 Keywords: Humanized delivery; Accompanying; Nurse

1 - INTRODUÇÃO

 

O Parto Humanizado significa um conjunto de procedimentos e condutas com a finalidade de promover o parto e nascimento saudáveis, além de prevenir a morbimortalidade materna e perinatal, o parto precisa ser visto como um evento da vida sexual e reprodutiva, além de ser um processo fisiológico, necessitando de um acompanhamento com o mínimo de intervenções. 

Este tema foi escolhido considerando as vantagens do Parto Humanizado, com a preocupação em promover o ato mais natural e fisiológico possível, além de um método seguro para mãe e filho, proporcionando maior vinculo afetivo entre eles.

 O parto normal humanizado é seguro tanto para mãe quanto para o bebê, diminui o risco de infecções e sangramentos no pós-parto, a recuperação é mais rápida, e proporciona um vinculo afetivo entre mãe e filho muito grande, o primeiro encontro entre a mãe e o bebê é, sem dúvida, um momento muito especial (BRASIL, 2013)

Com acompanhante de sua escolha, as mulheres realizam um trabalho de parto mais curto (em menos tempo), pedem menos anestesia e o parto evolui tão bem que as cesarianas acabam sendo menos freqüentes. A Lei n° 11.108, de 7/4/2005, garante acompanhante de escolha da mulher durante o trabalho de parto, no momento do parto e no pós-parto (BRASIL, 2013).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa de cesárea esteja no máximo 15% dos partos realizados. Valores maiores ou muito menores são prejudiciais para mães e bebês. No Brasil, a taxa de cesárea, foi quase três vezes maior que o recomendado chegando a 46% (BRASIL, 2013b).

Partindo desse pressuposto, o presente estudo delimita-se à seguinte problema:  Qual a percepção dos enfermeiros sobre a importância do parto humanizado?

Nessa ótica o objetivo geral desse estudo é descrever a atuação dos enfermeiros na humanização do parto. E os objetivos específicos são:  Analisar quais as dificuldades enfrentadas pelas instituições de saúde para viabilizar o parto humanizado;  Elencar os benefícios do parto humanizado para as gestantes e seus bebês; Identificar de que forma o profissional de enfermagem pode contribuir na assistência humanizada a gestantes, promovendo o bem estar físico e mental.

Tendo em vista a falta de informação sobre os benefícios do parto humanizado, tanto dos profissionais da saúde, quanto das próprias gestantes, existe a necessidade de um resgate da humanização da assistência às gestantes.

2  HISTÓRIA DA ASSISTÊNCIA AO PARTO

Historicamente a assistência ao parto era realizada por mulheres de extrema confiança das parturientes, elas eram conhecidas como parteira, comadre, a paradeira ou curiosa. Na língua portuguesa comadre significa com a mãe, em inglês midwife, que quer dizer com a mulher, e na França, sage-femme ou mulher sábia. Elas adquiriam conhecimento empírico-sensorial com outras parteiras experientes ou vivenciando seus próprios partos, suas aprendizes geralmente eram suas filhas, noras, sobrinhas, netas ou irmãs (BARRETO, 2010).

As parteiras prestavam suporte e apoio à mãe e seu filho, realizando diversas funções durante o trabalho de parto e pós-parto, dentre elas estavam, cortar o cordão umbilical, dar banho e vestir o recém-nascido, orientar a mãe sobre sua dieta alimentar e de seu filho além prescrever medicações à base de ervas para evitar complicações puerperais e infecções, elas também realizavam abortos e cesariana post-mortem que era quando o feto já estava morto (BARRETO, 2010).

Os partos eram feitos nas residências e as mães tinham o apoio de seus familiares. No inicio do século XX o parto passou a ser institucionalizado, deixando de ser domiciliar passando a ser hospitalar (BARRETO, 2008). As parturientes passaram a serem submetidas às normas e rotinas das instituições, sofrendo intervenções sem o devido esclarecimento e seu consentimento, elas eram internadas em sala de pré-operatório coletiva sem privacidade, impossibilitadas de ter um acompanhante de sua escolha para apoiá-la no trabalho de parto e pós-parto, e submetidas a medicalização (ARAÚJO et al. 2011).

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