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A EPIDEMIOLOGIA

Por:   •  3/11/2015  •  Resenha  •  760 Palavras (4 Páginas)  •  1.036 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Há 2.500 anos, a análise racional das doenças (início da Epidemiologia) tem como marco inicial a correlação feita entre o clima, maneira de viver, hábitos alimentares por Hipócrates – o pai da medicina. A partir daí tiveram outros estudiosos racionais na Roma antiga, na Idade Média os árabes, na renascença a Europa Ocidental, chegando à teoria miasmática, bem como o início do processo de quantificação dos dados de mortalidade, neste aspecto destaca-se John Graunt (1620 – 1674) chamado de pai da demografia e das estatísticas vitais.

Chegando ao século XIX, com a Revolução Industrial, os estudiosos se dividiam em duas teorias: a dos miasmas e a dos germes, onde os cientistas deste século passaram a investigar as possíveis causas das doenças, relacionando-as com pobreza, condições de trabalho, entre outras, criando assim uma associação entre a condição sócio-econômica e a mortalidade. O processo estatístico passa a ter importância, gerando assim dados importantíssimos para a compreensão dos processos endêmicos, como por exemplo, no caso da cólera e o consumo de água poluída, despontando os cientistas: Pierre Louis, Louis Villermé, William Farr, John Snow e Louis Pasteur – pai da bacteriologia que derruba a teoria dos miasmas com a descoberta dos agentes efetivos das doenças.

Na primeira metade do século XX surge a microbiologia e com ela a formação dos sanitaristas, destacando-se no Brasil: Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Adolfo Lutz e Emílio Ribas. Novos conceitos se formam como o saneamento ambiental, vetores, reservatórios de agentes, epidemiologia nutricional.

Na segunda metade do século XX, neste processo evolutivo, a causa da mortalidade passa a ser as doenças crônicas e degenerativas, decorrendo daí a busca de fatores de risco, bem como o processo avaliativo do processo de saúde da população.

Atualmente, com os estudos epidemiológicos, chegamos à teoria da multicausalidade, tornando-se claro que as questões de etiologia e prognósticos de doenças transcendem os agentes microbianos e físicos. Dessa forma incorporam-se os princípios da psicologia, sociologia e da necessidade da avaliação da análise multivariada.

A epidemiologia atual está calcada em princípios biológicos e sociais tendo como diretriz as estatísticas, ou seja, coletar, resumir e analisar dados, permitindo assim um vislumbre geral do objeto de estudo.

O termo epidemiologia vem do latim: epi = sobre; demo = população; logos = estudo. Resumindo, epidemiologia é o estudo da saúde da população, sua distribuição e meios de controle.

É a ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração, e avaliação das ações de saúde.(Rouquayrol, 2003)

Numerosas doenças cujas origens até recentemente não encontravam explicações vêm sendo estudadas em suas associações causais pela metodologia epidemiológica. A título de exemplo pode-se citar a associação entre o hábito de fumar e o câncer de pulmão, leucemias e exposição aos raios-X ou ao benzeno, mortalidade infantil e classes sociais, AIDS e hábitos sexuais entre outras.

Segundo a Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), são três os objetivos principais da epidemiologia:

1.        Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações humanas;

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