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A REVISÃO DA LITERATURA

Por:   •  14/7/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.131 Palavras (5 Páginas)  •  204 Visualizações

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3 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura é a base teórica que sustenta qualquer pesquisa, pois dessa forma é possível conhecer o que já foi pesquisado e publicado sobre determinado assunto. Logo, isso implica no esclarecimento das pressuposições teóricas que fundamentam a pesquisa e das contribuições proporcionadas por estudos já realizados com uma discussão crítica (GIL, 2010).

Dessa forma, o início desse capitulo será dividido em três subtópicos, sendo eles: síndrome metabólica, educação em saúde e materiais educativos. Com isso, pretende-se fazer um levantamento sobre conceitos, resultados, questionamentos e conclusões pertinentes para o trabalho, baseadas na problemática em questão.

3.1 Síndrome metabólica

Atualmente, no Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) ocupam o primeiro lugar entre as causas de morte, e tais doenças possuem fatores de risco globalmente conhecidos para o seu desenvolvimento, sendo eles a pressão arterial elevada (responsável por 13% das mortes no mundo), tabagismo (9%), altos níveis de glicose sanguínea (6%), sedentarismo (6%) e sobrepeso/obesidade (5%) (TESTON et al., 2016).

A constatação da coexistência frequente de hipertensão arterial, alterações da homeostase da glicose, obesidade e dislipidemias em determinados grupos populacionais ou no indivíduo levou à descrição de uma síndrome clínica que as associa e agrupa, conhecida como síndrome metabólica (KUBRUSLY et al., 2015).

As diretrizes da sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) define a síndrome metabólica ou síndrome da resistência à insulina, como alterações que englobam simultaneamente a deterioração do metabolismo da glicose, o aumento das lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), a diminuição das lipoproteínas de alta densidade (HDL), alteração de fatores hemodinâmicos, obesidade e hipertensão arterial.

 Segundo Teston et al., (2016), a predisposição genética e os fatores ambientais também podem contribuir para simultaneidade dos fatores de risco para desenvolvimento da SM, em indivíduos com estilo de vida pouco saudável. Deste modo, a SM não é definida como uma doença, e sim fatores de risco que tendem a se agrupar para desenvolver doenças futuras.

Para o diagnóstico, em adultos, segundo a   National Cholesterol Education Program’s Adul Treatmen Panel III (NCEP-ATP III) o critério é , necessariamente, a presença de três entre cinco fatores, sendo esses a obesidade abdominal (circunferência abdominal > 88 cm para mulheres ou > 102 cm para homens), o aumento de triglicerídeos (TG ≥ 150 mg/dL), a redução do HDL-col (HDL-col < 50 mg/dL para mulheres ou < 40 mg/dL para homens), a pressão arterial elevada (PA ≥ 130/85 mmHg) e a glicemia de jejum elevada (≥ 100 mg/dL) (RIBEIRO-SILVA et al., 2014). No entanto, para crianças e adolescentes ainda não há um critério especifico para definir a SM.

Logo, a falta de um critério específico para definir a SM em crianças e adolescentes geram valores de prevalência muito distintos, e isso impede que o número exato de portadores da síndrome seja corretamente identificado, dificultando ações sobre os seus componentes (MARCARINE; MENDES, 2013).

Mas, nesse estudo, para classificação da síndrome metabólica em adolescentes, foi adotado o critério adaptado do International Diabetes Federation ( IDF) para adolescentes, o qual indica a presença da obesidade abdominal concomitante a alterações em dois outros dos seguintes componentes: triglicérides ≥ a 130mg/dL, HDL-c <40mg/dL na faixa etária de 10 a 16 anos, e <50 feminino e <40 masculino na faixa etária de 16 a 19 anos, glicemia de jejum ≥100mg/dL, pressão arterial sistólica (PAS) ou pressão arterial diastólica (PAD) ≥ ao percentil 95 ajustado ao percentil da estatura, idade e sexo (PONTES; AMORIM; LIRA, 2016).

A prevalência da SM entre crianças e adolescentes também é bastante variada. No estudo feito por Pontes, Amorim e Lira (2016), com 301 adolescentes de 12 a 19 anos nas escolas da rede pública estadual de João Pessoa- Paraíba, a frequência da síndrome metabólica foi 4,7%, sendo maior em adolescentes com excesso de peso (10,2 %) do que nos com peso adequado (2,3%). Com isso, através dos dados obtidos por esse estudo, pode-se afirmar que os adolescentes com excesso de peso e/ou obesidade apresentaram maior frequência de componentes para SM.

Já em outro trabalho realizado por Almeida, Paula e Cardoso (2016), no município de Alegres-ES, com 293 adolescentes entre 11 e 15 anos, de forma semelhante ao estudo citado anteriormente, só que o excesso de peso foi associado com a resistência insulínica, obteve uma frequência da SM de 7,5%, e a resistência insulínica (RI) mostrou-se presente em 14% dos adolescentes, apresentando-se positivamente correlacionada com o perímetro da cintura.

 A SM faz-se presente em ambos os sexos, mas mostra-se uma maior prevalência no sexo feminino. No estudo de Faria et al., (2014), realizado com 800 estudantes, de ambos os sexos de 10 a 19 anos em Viçosa-MG, encontrou-se uma maior frequência no sexo feminino; Faria et al., (2014), em seu estudo com 396 adolescentes, também concluiu que a síndrome ocorre com maior frequência no sexo feminino com 54,5%. No estudo de Ribeiro-Silva et al., (2014), realizado com 879 estudantes entre 7 a 14 anos em salvador, a SM também mostrou-se mais elevada entre os adolescentes do sexo feminino. Isso pode ser explicado pelo comportamento adotados pelos adolescentes, porque os meninos são culturalmente mais ativos e desde a infância são estimulados à pratica esportiva e atividade física.

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