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A Sífilis na Gestação

Por:   •  24/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  917 Palavras (4 Páginas)  •  190 Visualizações

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Sífilis na Gestação

       Além da população está sendo acometida pela sífilis, a questão da gestante e do recém-nascido configura-se como um problema particular. A sífilis na gestação possui altas taxas de acometimentos no Brasil. Dados do Ministério da Saúde de 2012 mostras que 3,3 por 1000 recém-nascidos tem sífilis congênita (BRASIL, 2002).

       A doença é causada devido à transmissão da mãe para o filho da bactéria Treponema pallidum, sendo obrigatória a sua notificação, seguindo os critérios: feto ou criança nascida morta de mãe com sífilis, criança com menos treze anos com teste positivo após 1,5 anos de idade ou testes com índice maior que o da mãe, criança com menos de 13 anos com teste positivo de evidência da doença, presença de infecção em placenta, cordão umbilical e amostra de lesão (BRASIL, 2009).

       A sífilis na gestação é totalmente evitável, que quando descoberta precocemente pela gestante e for tratada adequadamente, impede-se o desenvolvimento da sífilis congênita. Medidas simples como a sorologia no início do pré-natal, sendo necessária a repetição do exame no terceiro trimestre de gravidez.       Quando a sífilis é adquirida durante a gestação, no momento do parto elas podem transmitir para o bebê (BRASIL, 2006).

       Durante a gravidez o recém-nascido acometido por sífilis pode desenvolver cegueira, alterações auditivas, alterações ósseas, hepáticas, neurológicas. É uma doença muito agressiva para o recém-nascido. O uso do preservativo é importante e deve ser intensificado, pois evita a transmissão (BRASIL, 2006).

       A sífilis congênita tem um índice quatro vezes maior do que a transmissão pelo HIV. Toda gestante que durante o pré-natal, curetagem ou momento do parto apresente evidência clínica de sífilis, com teste positivo ou não é considerada infectada. A sífilis também pode causar durante a gravidez aborto, surdez, deficiência mental e malformações no feto (BRASIL, 2009).

       Se o exame der positivo para sífilis, o resultado será confirmado e um tratamento com injeções de penicilina será iniciado. A penicilina é o único tratamento seguro para sífilis na gravidez, porque trata tanto a mulher quanto o bebê. A dose será decidida de acordo com o estágio da doença (BRASIL, 2002).

  1. CONDUTAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

        O pré-natal é uma das ferramentas eficazes na qual os profissionais da enfermagem podem utilizar para prevenir a sífilis na gestação. Desde a primeira consulta, é papel de o enfermeiro solicitar o exame para diagnóstico precoce da doença. Em caso de resultado positivo, é importante a oferta de orientações adequadas quanto aos cuidados necessários para que não ocorra transmissão vertical, nem sexual (ARAÚJO et al., 2006).

       Os enfermeiros precisam também tratar o parceiro da vítima, afim de que a doença seja eliminada. A educação em saúde durante o atendimento é imprescindível para sanar as dúvidas da gestante, preveni-la da doença ou tratar a sífilis na gestação. No segundo terceiro trimestre da gestação é importante solicitar o exame novamente para descartar ou diagnosticar em tempo de tratar a doença, evitando assim, a transmissão vertical (SIMOURA et al., 2001).

       É importante o contato constante com a gestante e seus familiares, bem como a observação aos fatores de risco à sífilis, informações essas que podem ser obtidas no momento da anamnese e consultas subsequentes. A sala de espera, assim como atividades educativas com as gestantes e seus acompanhantes são importantes no combate à sífilis na gestação (SIMOURA et al., 2001).

       A participação dos enfermeiros e da equipe em geral nesse processo é importante, pois esses profissionais têm como missão a prática de ações educativas, visando a promoção da saúde e prevenção de agravos à saúde. Durante o tratamento da doença, o enfermeiro desempenha papel primordial na observação da terapia medicamentosa da paciente, reforçando a importância dos medicamentos para a cura da doença à gestante (ARAÚJO et al., 2006).

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