Administração na saúde: Organização em prol da qualidade

Administração na saúde: organização em prol da qualidade

PAIVA; SILVEIRA; GOMES; TESSUTO; SARTORI. Teorias Administrativas na Saúde. Rev. enferm. UERJ. Rio de Janeiro, v. 18, p. 311-316, 2010.

Na busca de compreender sobre teorias administrativas que envolva a área da enfermagem, segue uma análise do artigo “Teorias Administrativas na Saúde” de Paiva, Silveira, Gomes, Tessuto e Sartori. O citado artigo ressalta a importância do desenvolvimento dos programas eficazes que envolva, através de funcionários, um melhor gerenciamento dos trabalhos na área da saúde.

Com a influência das teorias administrativas no campo da enfermagem, reflete-se a essência na produção e qualificação da assistência, na inserção dos cuidados e da divisão de trabalho. Então o profissional enfermeiro qualificado, deve possuir competências de domínio assistencial, educativo, administrativo e político.

O objetivo do estudo em que aborda o artigo pretende “revisar a influência das teorias administrativas na organização dos serviços de saúde, enfocando a qualidade da assistência, como subsidio para uma reflexão do processo de trabalho em enfermagem” (PAIVA, SILVEIRA, GOMES, TESSUTO E SARTORI, 2010, p.312).

A metodologia da pesquisa utilizada pelos autores do artigo foi à revisão bibliográfica sobre as teorias administrativas na saúde. As pesquisas foram realizadas a partir dos temas administração de serviços de saúde, administração, organização e modelo organizacional. Explorando o material obtido, foi possível construir uma análise e síntese do mesmo.

A partir da análise e da síntese construída entendeu-se que a centralização do poder não é a melhor estratégia utilizada em empresas, pois essa organização impede dos demais trabalhadores executarem seu trabalho com autonomia e iniciativa. Embora as instituições de saúde obterem dos programas de qualidade apresentados, percebeu-se que ainda há diversas situações que contradizem aspectos definidos como qualidade, por exemplo, a demora e adiamento de consultas e exames, estruturas e equipamentos em péssimas condições, escassez de atendimento, falta de privacidade e ética sobre os usuários, entre outros.

Muitas vezes, o enfermeiro gerente deixa de planejar para apenas executar, ocorre isso devido à alta demanda de atividades. Pode ser até que ocorra o planejamento, mas nem sempre o mesmo é realizado, o que impede de melhorar a qualificação e diminuir a produção do serviço. Valoriza-se a atenção em ouvir e identificar expectativas dos funcionários que colaborem para um melhor desenvolvimento no trabalho da enfermagem, assim como se destaca a importância da formação acadêmica que abrange a questão da administração em enfermagem, envolvendo modelos gerenciais e atividades humanas no ramo. Tanto de trabalho, quanto na área de pesquisa.

No processo educacional, o conhecimento gerado pelas pesquisas, ao mesmo tempo em que influencia as transformações no processo de trabalho, a capacitação para o gerenciamento em saúde e em enfermagem, ainda é frágil e carece de competências que integrem as dimensões éticas-políticas e relacional, bem como a responsabilidade social da profissão (PAIVA, SILVEIRA, GOMES, TESSUTO E SARTORI, 2010, p.315).

Com a pesquisa, os autores concluíram que as teorias administrativas que mais influenciam na organização dos serviços de saúde no Brasil são as denominadas taylorista, clássica, das relações humanas, burocrática e da qualidade total. Mesmo com a aplicação desses modelos, chegou-se a conclusão de que tais não têm atendido as necessidades dos trabalhadores de saúde e seus pacientes, visando a qualidade do serviço. O artigo enfim, defende a ideia do sistema organizacional de saúde propiciar suporte necessário para a qualificação de seus funcionários envolvendo a organização, a clientela e a sociedade.