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Anamnese Saúde Mental

Por:   •  21/6/2019  •  Resenha  •  523 Palavras (3 Páginas)  •  182 Visualizações

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Viçosa, 11 de junho de 2019.

Estudante do sexo feminino, 22 anos, natural de Manhuaçu, internada no dia 10/06 na ala psiquiátrica do HSJB por motivo a qual desconhece e por isso diz estar muito confusa. Do dia da internação só se lembra de estar em casa, rodeada por seus familiares e colegas de república, depois foi levada ao hospital e depois para a Psiquiatria. Segundo relato da paciente, pensa estar sendo espionada, e parece não saber que está em um hospital. Sem queixas no momento. Tem duas irmãs por parte de mãe e dois irmãos por parte de pai. Revela sua culpa por ter nascido de um relacionamento extraconjugal de seu pai. Seus pais são separados, mas vivem em harmonia. Sua família tem boa condição financeira. Sua infância foi tranquila, mas se lembra com tristeza que sua mãe não permitiu que ela estudasse e que nunca a presenteou com um livro, nesse momento começa a chorar, e em pouco tempo volta a conversar com humor diferente. Em Viçosa, conheceu um casal na igreja a qual considera como seus pais adotivos. Teve um namorado, mas decidiu terminar o relacionamento pois ele a influenciava a usar drogas e beber. Revela hábitos de uso de drogas e álcool no passado, mas não deu certeza de que cessou tais hábitos e não informou quais drogas faz/fazia uso. Aos dezessete anos iniciou o curso de Ciências Sociais na UFV, refere que nesse tempo, seus colegas de curso cobravam que ela usasse drogas, se prostituísse, se vestisse e tivesse posicionamento político. Ela preferiu largar o curso, e depois disso cursou períodos de Agronomia, Engenharia Florestal e atualmente é caloura de Letras. Revela que precisou inventar uma mentira para que seus pais a permitissem estudar na UFV. Fez parte do Coral da UFV. Gosta de correr e andar e ama a natureza. Não está se alimentando bem, pois não gosta da comida do hospital, prefere refeições mais saudáveis. Reside em uma república de estudantes em Viçosa, diz ter bom relacionamento com as demais meninas. Relata nunca ter ficado internada antes e que já procurou ajuda psiquiátrica quando terminou seu relacionamento. Diz que ficará internada pelo tempo que for preciso desde que expliquem para ela o motivo disso. Seus movimentos e sua marcha não revelam anormalidades, mas quando chegamos à ala, ela estava deitada na maca, repetindo movimentos coordenados com os braços e falando o apelido de seu ex-namorado. Tem habilidade de fala bem desenvolvida (prolixidade), organiza o seu pensamento de acordo com o que quer falar e não responde todas as perguntas. Quando é questionada sobre algo como “quais drogas você costumava usar?”, fala sobre outras coisas e floreia muito suas frases, mas não responde. Por diversas vezes, afirma que não está louca. Demonstra afeto e empatia para com os demais pacientes da ala. Fala sobre suas roupas, que elas não são consideradas “roupas de menina” e observa-se que ela não se depila há muito tempo, contrariando o padrão social imposto às mulheres. Revela que gostaria de ser homem. Não demonstrou senso-percepção e capacidade intelectual alteradas. Em alguns momentos fala que se fosse mal ela já teria nos matado (esganando-nos).

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