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DHR – DOENÇA HEMOLÍTICA EM RECÉM-NASCIDO

Por:   •  7/5/2018  •  Artigo  •  3.095 Palavras (13 Páginas)  •  385 Visualizações

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DHR – DOENÇA HEMOLÍTICA EM RECÉM-NASCIDO

Sandy Targino de Araújo

Maiara Coimbra Camargo

Selma Ribeiro Souza

Rosilena Pereira Soares

Bruno Hideo Ueda

RESUMO: A principal causa da DHR (Doença Hemolítica em Recém-Nascido) é a incompatibilidade sanguínea materno fetal, condição essa que o feto possui fator Rh+ e o materno Rh-, fazendo com que o organismo materno reconheça o feto como um invasor e se inicia assim uma resistência entre seu sistema imunológico e o feto, essa incompatibilidade e denominada como Eritroblastose Fetal. As consequências podem variar de acordo com o grau de exposição materna ao Rh+, podendo causar desde falhas no sistema fisiológico e físico até a morte do feto. O artigo esclarece então quais são os sintomas apresentados pela Eritroblastose Fetal, como se faz o diagnóstico e as formas tratamento indicadas para minimizar os riscos trazidos ao feto, onde a prevenção é crucial para evitar o desenvolvimento de incompatibilidade durante o período gestacional, como ter ciência da tipagem sanguínea materna e paterna.  

PALAVRAS-CHAVE: Doença de Rhesus. Fator Rh. Reincidência. Neonato. Teste de Coombs.

INTRODUÇÃO

Alguns processos fisiológicos e características do organismo materno podem desencadear a Eritroblastose fetal, doença hemolítica causada pela incompatibilidade do fator Rh e tipagem sanguínea materna fetal. Manifesta-se somente durante a segunda gestação, quando o seu parceiro apresenta o fator Rh + e o feto herda essa característica, assim, na primeira gestação, o organismo materno portador do Rh - reconhece o feto como um agente nocivo. Quando ocorre essa diferenciação dos antígenos, podendo haver complicações tanto para o feto quando para a gestante de acordo com a gravidade da doença.

A Eritroblastose Fetal gera a passagem de anticorpos maternos pela barreira placentária, onde começam a degradar as hemácias presentes na corrente sanguínea do feto, portadores de antígenos de superfície diferentes dos maternos. Após a exposição inicial a um antígeno Rh +, o sistema imune materno produz anticorpos, que na primeira gestação não é capaz de atravessar a placenta e atingir o feto. Porem, na segunda gestação, quando ocorre a segunda exposição ao fato Rh+, o organismo da mulher inicia uma produção rápida e maciça de anticorpos, atravessam a barreira placentária e se ligam a hemácias fetais. Essa produção elevada de antígenos é capaz de degradar tecidos embrionários, levando a má formação fetal.

            Contudo, embora existam tratamentos com fármacos em casos que a doença já esta instaurada no organismo, que minimizam o processo de degradação de tecidos fetais, a prevenção continua sendo o mais indicado antes ou ao iniciar uma gestação. A mulher deve realizar exames para que seja confirmada a existência de incompatibilidade, levando sempre em conta a influência das características do seu parceiro, pois à variabilidade genética entre o DNA materno e paterno tornando possível essa condição.

METODOLOGIA

DOENÇA HEMOLÍTICA EM RECÉM-NASCIDO – DHR 

ERITROBLASTOSE FETAL

A Eritroblastose fetal, conhecida também como Doença de Rhesus, é uma falha no sistema circulatório do feto devido a incompatibilidade sanguínea, onde a gestante já tenha sido exposta ao sangue com fator Rh+ de alguma forma, seja em uma gravidez anterior ou qualquer outro contato com o Rh oposto , dando inicio a produção de antígenos contra o invasor. Ao iniciar uma segunda gestação, na qual o feto possui Rh -, o corpo já possui o antígeno contra a tipagem sanguínea embrionária e passa a atacar o feto, podendo causar alterações no desenvolvimento fetal.

“Eritroblastose Fetal consiste na incompatibilidade sanguínea entre mãe e feto, ou seja, mãe Rh- e feto Rh+. Apesar da circulação materna e fetal serem diferentes e separados, muitas vezes há o contato entre esses tipos sanguíneos, via placenta. Por isso, o organismo da gestante reage contra o Rh do feto, produzindo anticorpos anti-Rh, ou isoimunização. Geralmente isso irá acontecer a partir da segunda gestação.” (SHIRMER, C.C.; FILHO, M.A.F., 2011)

Essa resposta do organismo materno pode variar de acordo com o grau de exposição em que ela foi submetida, mesmo em uma primeira gestação, se o organismo já tiver decodificado o agente invasor, o corpo produz anticorpos capazes de atacar e destruir as hemácias na corrente sanguínea fetal, essa diferenciação sanguínea entre mãe e filho ocorre quando o pai possui Rh oposto ao da mãe, então o feto herda essa característica e se torna incompatível com o organismo materno sendo reconhecido como uma ameaça.

“A isoimunização é decorrente da exposição do individuo a antígenos não próprios, levando a formação de anticorpos. Este fenômeno pode acontecer em decorrência de transfusão sanguínea não compatível ou durante a gestação, quando fetos produzem antígenos paternos que chegam à circulação materna durante a gestação.” (PEREIRA, P.C.M)

Ainda durante o período embrionário, o organismo materno libera uma grande quantidade de antígenos quando ocorre uma reincidência na exposição ao fator Rh+, em casos de gestantes, a circulação da gestante entra em contato com a circulação fetal através da placenta, pois em uma segunda produção, o corpo produz pequenas moléculas de anticorpos que são capazes de ultrapassar a barreira placentária, responsável por controlar quais substâncias entram em contato com o feto, inicia-se então um processo de fagocitose das hemácias presentes na corrente sanguínea do embrião, trazendo complicações e retardo no seu desenvolvimento.  

“Na DHRN antígenos das hemácias fetais geram a formação de anticorpos da classe IgG pela mãe, que têm a capacidade de ultrapassar a barreira placentária. A sensibilização do antígeno D ocorre quando uma gestante RhD-negativo é exposta a sangue RhD-positivo, resultando numa resposta imune materna contra o antígeno D. Os anticorpos anti-Rh constituem a principal causa da doença hemolítica do recémnascido (DHRN) e de reações transfusionais hemolíticas tardias.” (LIMA, A.D.P.; 2015)

As Hemoglobinas ou Glóbulos Vermelhos são responsáveis pelo transporte de oxigênio através do sistema circulatório sanguíneo, irrigando todos os tecidos e estruturas que compõem nosso organismo, é através disso que o corpo realiza a produção de Adenosina Trifosfato, substância que fornece energia necessária para que as funções fisiológicas sejam realizadas corretamente desde o período embrionário, portanto, são indispensáveis no bom funcionado e desenvolvimento durante o período embrionário, podendo levar o feto a desenvolver patologias e em casos mais graves, a morte fetal.

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