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HABILIDADES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE SAÚDE DOS IDOSOS

Por:   •  16/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.302 Palavras (14 Páginas)  •  900 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

ENFERMAGEM DE URGÊNCIA, EMERGÊNCIA E ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

HABILIDADES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE SAÚDE DOS IDOSOS

BELO HORIZONTE

2015/1


HABILIDADES DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE SAÚDE DOS IDOSOS

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RESUMO

A melhoria nas condições de vida e a disponibilidade de acesso às novas tecnologias de atendimento à saúde vêm provocando o aumento da longevidade da população brasileira. Seguindo uma tendência mundial, a transição demográfica provocou mudanças no perfil de saúde e ocasionou o aumento da população idosa. Diante disso, novas demandas de cuidado são incorporadas aos profissionais de enfermagem para atender a mudança do perfil da população e, consequentemente, prestar assistência qualificada aos idosos. Através da revisão bibliográfica narrativa procura-se descrever quais são essas habilidades para atender essa parcela crescente da população. O enfermeiro como responsável pela gestão do cuidado necessita de habilidades técnicas, intelectuais, interpessoais e relacionais para o planejamento das intervenções e alcance dos resultados almejados.

Palavras Chave: Enfermeiros. Cuidados de Enfermagem. Idoso.

INTRODUÇÃO

A melhoria das condições de vida e a disponibilidade de acesso às novas tecnologias de atendimento à saúde vêm provocando profundas mudanças na estrutura etária da população. O aumento da longevidade possibilitou o crescimento da população idosa no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2014 a população idosa mundial era de aproximadamente 841 milhões de pessoas e a previsão para as próximas décadas são impressionantes (ONU, 2014). Em 2020, pela primeira vez na história, está previsto que o número de pessoas com mais de 60 anos será maior do que o de crianças até cinco anos, chegando a 2 bilhões até 2050 (ONU, 2014).

A população idosa brasileira aumenta gradualmente, seguindo a tendência mundial de mudança do perfil epidemiológico. Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), 23,5 milhões dos brasileiros tinham mais de 60 anos, o dobro do registrado em 1991 (BRASIL, 2015). Em 2014 os idosos representavam 10,8% da população total. A expectativa é que, em 2060, o país tenha 58,4 milhões de pessoas idosas (26,7% do total) (PORTELA, 2014).

Esse crescimento se explica devido à ampliação da expectativa de vida dos brasileiros, que pulará de 75 anos em 2013 para 81 anos em 2060 (mulheres vivendo 84,4 anos e os homens 78,03 anos, em média). A queda na taxa de fecundidade dos últimos 50 anos, que passou de 6,2 filhos nos anos 1960 para 1,77 (estimativa) em 2013 também contribui para a alteração do perfil demográfico do país (PORTELA, 2014).

Estima-se que em 2025, o Brasil seja a sexta população de idosos no mundo, isto é, com mais de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos. Ainda segundo esse estudo, a proporção de pessoas com mais de 80 anos também apresenta um aumento significativo (PROCHET et al, 2012).

Em 2006 a OMS divulgou documento alertando para as várias situações que as transformações demográficas provocadas pelo aumento no número de idosos podem gerar para a saúde pública mundial. De acordo com o estudo, o aumento da população idosa acarretará o aumento natural de indivíduos portadores de doenças não transmissíveis e crônicas, como cardiopatias, derrame e câncer (OMS, 2006).

No Brasil essas doenças estão se tornando mais prevalentes que as doenças infectocontagiosas, sendo que as mais frequentes são hipertensão, diabetes, artrite, insuficiência renal crônica, osteoporose e demências (PAVARINI et al, 2005). A consequência dessa mudança são os altos custos para o sistema de saúde, pois o envelhecimento populacional se traduz em maior carga de doenças na população, mais incapacidades e aumento do uso dos serviços de saúde (VERAS, 2009). Tais serviços precisam estar preparados para atender às necessidades dessa parcela da população de forma a garantir qualidade de vida por meio da promoção, prevenção, cura e reabilitação da saúde (MARIN et al, 2008).

As doenças crônicas tornam os idosos os principais usuários dos serviços de saúde. Pavarini et al (2005) identificaram estudos demonstrando que maior parte dos idosos apresenta pelo menos uma enfermidade crônica, sendo que 40 a 50% possuem algum grau de dependência. Por esse motivo há grande demanda por profissionais habilitados a prestar os cuidados necessários a essas pessoas. Isto exige dos profissionais de enfermagem conhecimentos e habilidades para atender essa parcela crescente da população (LIMA et al, 2010). A enfermagem tem buscado, em maior ou menor grau, inserir-se no contexto interdisciplinar da gerontologia, enfrentando os desafios e dilemas que isso representa no atual contexto brasileiro, pois idosos podem apresentar múltiplas doenças crônicas, sedo que este século será marcado por novas necessidades de cuidado (PAVARINI et al, 2005). Sendo assim, este artigo tem como objetivo descrever as habilidades necessárias para que o enfermeiro possa prestar o melhor atendimento em saúde as pessoas com mais de 60 anos.

METODOLOGIA

Trata-se de revisão integrativa de literatura a partir de material já elaborado, constituído de artigos científicos, dissertações e monografias. Para Gil (2002), a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao pesquisador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente, possibilitando compor todo o embasamento teórico sobre o tema.

Para a laboração desse trabalho seguiu-se as seguintes etapas: definição do tema e questão de pesquisa, pesquisa nas bases de dados, definição dos critérios de inclusão, a seleção dos estudos obtidos, avaliação critica dos estudos, a coleta e a síntese dos dados específicos coletados concluindo assim a revisão de literatura.

A questão norteadora da pesquisa foi: qual é a produção científica relacionada às habilidades necessárias ao enfermeiro para proporcionar o melhor cuidado aos idosos?

Para levantamento do material foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF/BIREME) e Scientific Electronic Libray Online (SCIELO). Os descritores utilizados para realização da pesquisa foram: Enfermeiros, Cuidados de Enfermagem, Idoso, sendo estes padronizados pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/BIREME). Inicialmente, realizou-se a busca com o cruzamento dos descritores Enfermeiros, Idoso e Cuidados de Enfermagem, Idoso utilizando o operador boleano and. Em seguida, os três descritores foram cruzados em conjunto. A tabela 1 evidencia a estratégia de busca utilizada.

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