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INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMARIA DA CORRENTE SANGUINEA EM UTI

Por:   •  7/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.913 Palavras (16 Páginas)  •  869 Visualizações

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FDP, Salvador, Bahia, Brasil.

INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMARIA DA CORRENTE SANGUINEA EM UTI

Ana Claudia SOUZA LOPES LIMA*

Ednice de LIMA BONFIM**

RESUMO        

A prevenção da Infecção primaria de corrente sanguínea em UTI vem sendo um desafio para enfermagem. Este estudo objetiva em realizar revisão sistemática da literatura identificando as intervenções de enfermagem na prevenção de infecção primaria de corrente sanguínea em UTI. As bases de dados utilizadas foram LILACS e BDENF. Totalizando cinco artigos de revisão, um artigo qualitativo, e dois quantitativos. As intervenções de enfermagem na prevenção de IPCS está ligada ao Bundle de prevenção, sendo evidenciados a baixa adesão da equipe de enfermagem, tendo o enfermeiro papel fundamental em implementar,treinar, fiscalizar as ações de prevenção do Bundle de IPCS.

Descritores: Infecção relacionada a cateter. Infecção hospitalar. UTI e Cuidado.

NURSING INTERVENTION IN INFECTION PREVENTION PRIMARY BLOODSTREAM ICU

ABSTRACT

Prevention of primary infection of the bloodstream in the ICU has been a challenge for nursing. This study aims to conduct systematic literature review identifying nursing interventions in the prevention of primary bloodstream infection in ICUs. The databases used were LILACS and BDENF. Totaling five review articles, a qualitative article, and two quantitative. Nursing interventions to prevent IPCS is linked to Bundle prevention, being evidenced the low adhesion of the nursing staff, while the nurse key role in implementing, training, monitor the actions of prevention IPCS Bundle.

Key words: infection related to catheter. Nosocomial infection. And ICU care.

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INTRODUÇÃO

A Infecção relacionada à Assistência a Saúde (IRAS) hoje é uma problemática mundial, pois representa alto índice de mortes em pacientes hospitalizados. Segundo a Portaria nº 2.616 de 12 de maio de1998 do Ministério da Saúde, definem infecção hospitalar quando adquirida após o internamento do paciente e apresentado durante o período internamento ou após a alta, estando relacionado com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 2013). A infecção é causada por microrganismo existente no ambiente hospitalar, também encontrado na microbiota do paciente ou através da infecção cruzada. A paciente esta suscetível a vários fatores que o predispõe à ação natural dos agentes patogênicos tendo como principais causa o período prolongado de internamento, colonização de microrganismos resistentes, uso de imunossupressores e processos invasivos constantes (OLIVEIRA et al., 2010).

A IRAS é uma problemática mundial relacionada à qualidade da assistência prestada à saúde, dentre as infecções destaca-se  a infecção primária de corrente (IPCS) estando ela associada diretamente ao cateter venoso central( CVC) (OLIVEIRA et al., 2010).

O CVC é um sistema intravascular muito utilizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), devido ao grau de criticidade dos pacientes os quais necessitam de terapia medicamentosa constante, introdução de hemoderivados, nutrição parenteral, monitorização invasiva e outros procedimentos de técnicas invasivas, (ANDRADE et al., 2010).

A maioria das IPCS é causada por microrganismo existente no ambiente hospitalar, também encontrado na microbiota do paciente no local da inserção do CVC, na infusão de soluções contaminada no preparo, a quantidade de lúmen, o tempo de internamento, pelas mãos da equipe multiprofissional e o local de inserção do cateter (BRACHINE et al., 2102). Estudos mostram que os fatores de riscos são aumentados quando é utilizada a via femoral o nível de infecção é bem maior que a subclávia e jugular (SIQUEIRA et al., 2011)

A IPCS pode ser identificada pela hiperemia local e saída de secreção purulenta atingindo 2 cm no orifício do cateter, sendo acompanhado de febre, calafrios, sem outro foco infeccioso aparente. O paciente com CVC que apresentando estes sinais e sintomas deve - se realizar hemoculturas periféricas e do cateter. A técnica de avaliação dos resultados para os diagnósticos mais utilizados é a semiquantitativa de Maki, identificando como positivo a existência de 15 unidades de colônias por placa (JUNIOR et al., 2010).

Em uma revisão narrativa da literatura mostra que os microrganismos mais encontrado no lúmen e/ou na superfície externa são staphylococcus áureos; enteroccocus;  klebsiela e as  pseudômonas, os quais estão presentes na flora local e migram no momento da inserção do cateter e o índice de IPCR está em torno de 10,89% (ANDRADE et al., 2010).

Diante desta problemática o enfermeiro tem papel fundamental em proporcionar uma assistência continua e integral ao paciente, com isso tem o dever em agir profilaticamente e controlar as infecções. Sendo que o enfermeiro, segundo a legislação tem o direito de opinar na escolha do local da inserção do CVC embasado pelo conhecimento cientifico juntamente com o médico e dar toda assessoria na inserção do CVC , assim como a responsabilidade de supervisionar e treinar a equipe de enfermagem para manusear o acesso, e observar, contudo falhas técnicas, a falta do treinamento qualificado e a omissão da equipe interferem nos resultados de prevenção e controle da infecção (MENDONÇA et al, 2010).

Pensando em prevenção e controle das infecções da corrente sanguínea associada a cateter (ICSRC) o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) criou em 2007 um guia prático sobre inserção e manuseio do CVC e em 2011 publicaram uma atualização, elencado na prática clinica como bundle de prevenção da infecção de correte sanguínea relacionada a cateter, que é um pacote de medidas no cuidado proporcionando segurança ao paciente. O bundle inclui cinco intervenções práticas: Higienização adequada das mãos antes da inserção do cateter; precauções de barreira durante o procedimento de inserção do cateter; antissepsia com clorexidina antes do procedimento de inserção do cateter; inserção preferencial na veia subclávia; revisão diária do cateter e sua real necessidade (BRACHINE et al., 2012).

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