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NÚCLEO DE ENFERMAGEM E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Por:   •  29/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.672 Palavras (7 Páginas)  •  202 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

NÚCLEO DE ENFERMAGEM E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ANA CAROLINA DA S. REIS

CECILIA SIQUEIRA

EWERTON HENRIQUE

GABRIELLA FREITAS SILVA

JANIELLY FERREIRA

 JOANAIRES MARIA GOMES

 SARA MARIA DE LIMA

 STÉFFANY L. C. DOS SANTOS SILVA

 VITÓRIA CAROLINE

RESENHA CRÍTICA: FAKE NEWS

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2020

RESENHA CRÍTICA: FAKE NEWS

[pic 3]FAKE NEWS 1:    UMA CURA É ENCONTRADA CONTRA O VÍRUS HIV-AIDS COM UMA PLANTA TROPICAL NO BRASIL CHAMADA MUTAMBA

Antônio Rodrigues Paulo Gouveia é médico e cientista, formado pelo Instituto Brasil Presidente Antônio Carlos Tocantinense (ITPAC), Araguaína. Trabalhou como técnico de laboratório no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Tocantins, e há dez anos realiza pesquisas científicas na busca de uma cura para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS). A presente notícia trata da descoberta feita pelo Dr. Paulo durante seus anos de pesquisa, onde ele afirma ter descoberto a cura para a AIDS por meio das propriedades de uma planta chamada Mutamba. Trata-se de uma planta tropical, cujo nome científico é Guazuma ulmifolia, da família Malvaceae (antiga Stherculiaceae), de médio porte e típica de áreas isoladas e das zonas de transição da Floresta Amazônica. A base teórica da pesquisa baseia-se em estudos anteriores, realizados por familiares do Dr. Paulo, acerca do uso da Mutamba para tratamento de vários pacientes com Febre Amarela, usando as folhas da Mutamba, que é composta pelo Tanino (substância extraída da Mutamba, com potencial quimioterapêutico e antiviral), que conseguiu destruir o capsídeo do vírus, atingindo o seu material genético, promovendo a inibição da transcriptase reversa. Diante disso, o Dr. Paulo, juntamente com a sua equipe, trabalhou na investigação da cura para a AIDS durante 10 anos, através de investigações das propriedades da planta Mutamba, onde foram conduzidos estudos a fim de avaliar quais as contribuições da planta no seu uso para fins medicinais aplicado ao vírus HIV, causador da AIDS. Os cientistas relataram que acreditaram no potencial da Mutamba para a cura da AIDS devido ao fato da planta ter demonstrado resultado positivo no tratamento contra o vírus da febre amarela, já que ambos os vírus são iguais. A notícia informa que os estudos confirmaram, após mais de 100 casos documentados de pacientes inoculados que obtiveram sucesso em todos os testes, que a Mutamba possui a capacidade de matar o vírus do HIV/AIDS no prazo de oito meses após a ingestão do MGUT (produto gerado pela extração do Tanino presente na planta Mutamba Guazuma Ulmifolia). Os pesquisadores relatam que, em julho de 2011, foram realizados testes in vitro que demonstraram uma inibição do HIV em 30% na fase inicial após a aplicação do extrato da planta e, em seguida, foi feito outro teste que resultou em 100% de inibição do vírus HIV sem causar citotoxicidade celular; a partir disso, o extrato da planta passou por processos de purificação, e foi visto como pronto para ser ingerido pelos pacientes. Sendo assim, os pesquisadores relataram que, desde dezembro de 2013, o fim terapêutico da planta foi confirmado, restando somente haver a distribuição do método e a sua aplicação em todo o mundo, para a cura de todos os pacientes infectados.

Porém, é válido afirmar que esse estudo abordado na presente notícia se trata de uma Fake News. Isso porque, ao expor a fundamentação teórica para que a pesquisa fosse realizada, os cientistas declaram que consideraram a igualdade existente entre os vírus da Febre Amarela e o vírus HIV para utilizarem o mesmo método terapêutico. Entretanto, essa igualdade não existe, visto que, o HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae, que armazena suas informações genéticas como RNA de fita dupla e, quando entra em uma célula humana, libera o seu RNA e a enzima transcriptase reversa, para transcrever seu material genético em DNA, que será integrado ao DNA da célula infectada,  e age destruindo progressivamente os linfócitos TCD4+ do organismo. Ao contrário do vírus da Febre Amarela, que é um arbovírus do gênero Flavivirus febricis, da família Flaviviridae, que possui o genoma constituído de RNA de fita simples com polaridade positiva e, quando entra em uma célula humana, realiza a replicação do seu genoma no citoplasma por meio da síntese da cadeia por proteínas não estruturais, fazendo cópia de RNA do seu RNA original. Além disso, um outro ponto que torna a notícia com caráter falso é o fato do estudo citado pelo Dr. Paulo, referente ao uso da Mutamba para tratamento da Febre Amarela, não ter sido disponibilizado na notícia, nem anexado à sua pesquisa. Também, é duvidoso o fato de o MGUT (produto gerado pela extração do Tanino presente na planta Mutamba Guazuma Ulmifolia), após ser ingerido, irá conseguir destruir o capsídeo do vírus e ter acesso ao seu material genético, ao ponto de inibir a transcriptase reversa e impedir a sua replicação; já que, não há estudos científicos na área que comprovem a ação do Tanino frente às estruturas virais.

Sendo assim, a notícia se trata de uma pesquisa vaga, sem subsídios necessários para uma comprovação científica eficiente e sem embasamento teórico e experimental eficaz para garantir veracidade aos fatos expostos. Também, levando em consideração a complexidade do vírus HIV, é notória a presença de lacunas existentes no estudo, uma vez que, esse vírus possui características complexas para a ciência, que torna duvidoso o fato de um simples “suco” ser capaz de superar as formas de medidas terapêuticas já evidenciadas para controla-lo.

FAKE NEWS 2: UMA MODELO FAMOSA NO INSTAGRAM PASSOU HERPES PARA SEUS FÃS ATRAVÉS DE ÁGUA DE BANHO CONTAMINADA?

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Essa notícia não passou de uma brincadeira, que seria a venda da água pós banho da modelo, e houve uma demanda de informações baseadas em crenças mal-entendidas e pouca leitura sobre o assunto. Podendo-se dizer até que houve más intenções de pessoas sem índole que visam apenas disseminar coisas ruins. Dessa forma, a maioria das Fake News vêm de pessoas que são mal informadas ou que passam informações baseadas em lógicas de outras doenças.

A herpes é uma doença altamente contagiosa que se pega através do contato direto com a ferida do herpes de alguém, pelo beijo, pela partilha de copos ou pelo contato íntimo desprotegido, o que já elimina a hipótese de que a modelo teria transmitido o vírus através de água de banho. Além disso, o vírus do herpes consegue sobreviver por um curto tempo fora do corpo, morrendo em apenas algumas horas, em boa parte dos casos. E além do mais, para que ocorra a transmissão do vírus seria necessário o contato direto com a ferida, uma vez que pessoas possivelmente infectadas podem frequentar a mesma piscina com pessoas não infectadas e não transmitirem o vírus. Desse modo, após uma análise crítica construtiva com base nos conhecimentos das ISTs, a notícia acima de caracteriza como uma Fake News.

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