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PARASITOLOGIA INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA – PROTOZOÁRIOS

Por:   •  29/11/2021  •  Resenha  •  17.725 Palavras (71 Páginas)  •  497 Visualizações

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PARASITOLOGIA

INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA – PROTOZOÁRIOS

A Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e as relações entre eles. Engloba os filos Protozoa (protozoários) do reino protista e, do reino animal, engloba os filos Nematoda (nematóides), Annelida

(anelídeos), Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda (artrópodes).

Essa ciência tem como objetivos principais:

1) Tratar dos sintomas provocados por parasitas; 2) Desenvolver tratamentos contra agentes;

3) Identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias;

4) Criar métodos de profilaxia das doenças causadas pelos parasitas em seres humanos e animais.Consideram-se como parasitas todos os vírus, algumas espécies de bactérias, de fungos, de protozoários, de platelmintos, de nematelmintos, de artrópodes e de algas microscópicas.

INTERAÇÕES DOS SERES VIVOS E PRINCIPAIS TIPOS DE PARASITISMO

Individualmente, todos os seres vivos nascem, se alimentam, crescem, reproduzem-se, envelhecem e morrem. Contudo, sua espécie precisa se adaptar e evoluir para permanecer como uma população ou grupo. Os fatores que regulam esses fenômenos individuais e populacionais têm por finalidade permitir a cada indivíduo a melhor forma de obtenção de alimento e abrigo. Por isso, muitas espécies passam a conviver num mesmo ambiente, gerando associações ou interações que podem não interferir entre si. Essas associações podem ser:

1) Harmônicas ou positivas, quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo.

2) Desarmônicas ou negativas, quando há prejuízo para algum dos participantes da interação.

Sendo assim, são consideradas relações harmônicas o comensalismo, o mutualismo e a simbiose. Em contrapartida, são consideradas como desarmônicas a competição, o canibalismo, o predatismo e o parasitismo.Atualmente temos a definição de parasitas como sendo organismos que vivem em associação com outros organismos, dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, e que normalmente prejudicam o seu hospedeiro. Essa é a definição para a relação entre parasita e hospedeiro, sendo a

Parasitologia a ciência que estuda essa delicada relação entre eles.Os principais tipos de parasitismos que ocorrem entre os seres vivos são:

1)Acidental: acontece quando o parasita é encontrado em um hospedeiro anormal ao esperado.

2) Errático: ocorre quando o parasita se encontra fora de seu hábitat normal.

3) Obrigatório: é o tipo clássico de parasitismo, em que o parasita é incapaz de sobreviver sem seu hospedeiro. É o que acontece com quase todos os parasitas.

4) Proteliano: representa uma forma de parasitismo exclusiva de estágios larvares. Em idade adulta, são de vida livre.

5) Facultativo: é o caso de algumas espécies que podem ter um ciclo em sua totalidade de vida livre e, opcionalmente, podem ser encontrados em estado parasitário.

PRINCIPAIS MÉTODOS LABORATORIAIS PARA DETECÇÃO DE PARASITOS

Há uma grande variedade de materiais que podem ser usados para a

detecção e identificação de parasitas. Os mais usados são as amostras de

fezes (protozoários e helmintos) e esfregaços sanguíneos (tripanossomas e

microfilárias). Podem ser usados, também, lesões de pele, escarro, secreções

vaginais e uretrais, sedimento urinário, liquor cefalorraquidiano e biópsias de

tecidos. Os métodos empregados podem ser:

diretos: quando há o encontro do próprio parasita ou de uma de suas formasevolutivas; indiretos: quando são empregados métodos para detecção de anticorpos produzidos pelo hospedeiro contra os parasitos. As formas parasitárias possuem morfologia e tamanho diferentes, dependendo da sua espécie. Assim, o método utilizado deverá levar em conta esses fatores. Destacam-se, entre os métodos:

1) Exame direto a fresco: pesquisa de trofozoítos de protozoários em fezes frescas e diarreicas, diluídas em solução fisiológica.

2) Método de Hoffmann ou Lutz, ou sedimentação: fundamenta-se na sedimentação de ovos pesados e larvas de helmintos em água.

3) Métodos de Faust e colaboradores: centrifugação e flutuação de ovos leves e cistos em uma solução salina de ZnSO4 (densidade 1.182).

4) Método de Willis: fundamenta-se na flutuação de ovos leves em uma solução saturada de cloreto de sódio (densidade 1.200).

5) Método de Rugai e Método de Baermann: utilizam o termohidrotropismo das larvas e nematelmintos com a ajuda da gravidade.

6) Método de Ritchie: centrifugação e sedimentação de estruturas parasitárias em utilização de formol-éter.

7) Método de Sheater: centrifugação e flutuação de possíveis estruturas parasitárias em uma solução de glicose de densidade de 1.235 a 1.500.

8) Esfregaço delgado corado pelo Giemsa e gota espessa corada: utilizam o sangue para pesquisa de microfilárias.

9) Método de Strout: visa à concentração de parasitas presentes no sangue do hospedeiro esua identificação.

10) Xenodiagnóstico: fundamenta-se em investigar a presença de parasitas nas fezes ou no conteúdo intestinal dos insetos vetores, criados em laboratórios, e alimentados com o sangue de indivíduos que serão testados.

11) Método de Hall: pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis após raspagem da região anal com papel celofane

MECANISMO DE AÇÃODOS PRINCIPAIS FÁRMACOSANTIPARASITÁRIOS

Os animais, especialmente os mamíferos, desenvolveram táticas muito eficientes para combater os parasitas invasores, e estes, por sua vez, aprimoraram meios para fugir das defesas do hospedeiro. As infestações parasitárias são causas de grandes preocupações na

medicina veterinária, pois afetam também animais domésticos e silvestres

Alguns dos principais fármacos antiparasitários utilizados atualmente, bem como seus mecanismos de ação, estão descritos a seguir:

1) Antimoniato de n-metil glucamina: apresenta atividade leishmanicida. O mecanismo de ação é pouco conhecido, mas acredita-se que esse medicamento atue na inibição de várias enzimas de Leishmania sp.

2) Albendazol: degenera os microtúbulos no citoplasma e no tecido

tegumentar dos vermes.

3) Benzinidazol: acredita-se que esse fármaco tenha ação no DNA, em proteínas e nos lipídeos, provocando a inibição do crescimento dos parasitos.

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