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TCC PRÉ ECLAMPSIA

Por:   •  28/5/2017  •  Monografia  •  3.748 Palavras (15 Páginas)  •  2.483 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO.

No Brasil as mulheres nunca tiveram uma política integral de saúde, voltada especialmente para elas. Geralmente as políticas de saúde eram vinculadas não somente as mães mas também as crianças, devido principalmente a criação do Programa “Materno-Infantil”,  que tinha o intuito de reduzir as principais causas de adoecimento e também de mortalidade das mulheres, sendo que se preocupava somente com os riscos do período gravídico,parto e puerpério. Após o nascimento do RN (recém nascido) a preocupação desse tipo de programa era com o aleitamento materno e não mais com a saúde da púerpera, ou seja, na verdade a mulher não era a atriz principal, era sempre a coadjuvante em sua própria história. A mulher  ficava sempre em segundo plano em relação a essas políticas nacionais , pois em sua maioria visavam apenas bons resultados em relação ao crescimento, total desenvolvimento e nascimento do concepto. O objetivo principal era sempre o nascimento de uma criança perfeita e saudável, sendo a  mãe sempre vista como secundária.(COELHO,2008).    

Somente a partir da década de 80 é que este tipo de política começou a ser revisto, devido principalmente a movimentos feministas, que reivindicavam temas como: direito à procriação (ato de gerar e conceber o feto), sexualidade e saúde, planejamento familiar, discriminação do aborto, democratização da educação para a saúde, e outras medidas entendidas na esfera da saúde pública e não do ato médico, o que fez com que o Ministério da Saúde, feminista e também profissionais da área de saúde criassem uma parceria para elaborar uma nova política que atentasse exclusivamente para a saúde da mulher.(SEPÚLVEDA, 1997)

Assim em 1983 foi criado o PROGRAMA ASSISTÊNCIAL  INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PAISM), Pela primeira vez as mulheres eram vistas como um todo e não somente como progenitoras , a partir deste momento   a assistência a mulher foi além do pré-natal, englobando também o planejamento familiar, a prevenção de câncer cérvico-uterino e de mamas; as doenças sexualmente transmissíveis, a assistência ao parto e puerpério e posteriormente a sexualidade na adolescência e a saúde da mulher na terceira idade.(COELHO,2008 e SEPÚLVEDA, 1997).

O PAISM tem como objetivos principais: diminuir a morbimortalidade feminina por causas preveníveis e controláveis e também melhorar a qualidade assistencial do atendimento à mulher em todas as fases do seu ciclo vital.(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2008). Sendo que algumas dessas mortes poderiam ser realizadas através de uma assistência de qualidade no período pré-natal, parto e puerpério. Principalmente se considerarmos que a maioria dos óbitos de mulheres esteja  ligado a sua função reprodutiva.

Segundo ainda o MS (2008) observa-se que os óbitos principalmente ocorram devido a hemorragias, infecções puerperais e em sua grande maioria devido à hipertensão na gravidez, pré-eclampsia e também eclampsia entre outras. Sendo que a hipertensão gestacional ocorra com uma freqüência de 5 a 10% das gestações e seja grande responsável pela morbimortalidade materna e fetal.

 A pré-eclampsia tem sido considerada como a principal causa de morte materna no Brasil, estima-se que esta doença seja responsável por 37% das mortes nos grandes centros obstétricos.(CAVALLI, et al,2009).  

Devido principalmente ao alto índice de mortalidade materna e perinatal dos últimos tempos, fez com  neste trabalho de pesquisa fosse abordado, a Pré-eclampsia como foco principal. Doença que atinge mulheres no mundo inteiro e principal causa de morte no período gestacional

Portanto através desta pesquisa tivemos como objetivos principais, conceituar  a patologia, identificar fatores predisponentes a ela, podendo assim prevenir e impedir as suas complicações  e também avaliar a assistência de enfermagem prestada as gestantes sindrômicas, pois vale ressaltar que somente com a realização de um bom pré-natal e com o conhecimento dos profissionais de saúde , principalmente os enfermeiros, é que conseguiremos prestar uma assistência de qualidade a essas mulheres e quem sabe assim  possamos tratar as anormalidades recorrentes a doença e evitar então o crescente numero de mortes causados por ela.    


METODOLOGIA.

A pré-eclampsia é considerada uma das grandes causas do aumento do índice de morbimortalidade materna devido principalmente a sua complexidade, fazendo com que assistência no período pré-natal se torne mais efetiva e de  maior qualidade a pacientes sindrômicas neste período. Portanto com o objetivo de identificar principalmente as ações e intervenções de enfermagem a estas mulheres, fez-se necessário conceituar  e classificar a PE, descrever suas complicações e também a assistência de enfermagem a gestante hipertensa, com a finalidade de identificar a importância das consultas pré-natais realizadas por enfermeiros. Para isso realizou-se uma revisão literária nacional, onde, utilizou-se como base de dados, alem de livros sobre o assunto,  os sites Google Acadêmico, Scielo e o do Ministério da Saúde,  por serem considerados sites científicos fidedignos.

2.PRÉ-ECLÂMPSIA E DISTÚRBIOS RELACIONADOS.

Durante o período gestacional, as mulheres apresentam algumas doenças peculiares a sua condição gravídica, podendo ser considerada a hipertensão arterial gestacional como uma das mais sérias e comuns deste período.(REZENDE apud ALMEIDA; Neves,2006a).  

A hipertensão arterial gestacional, ocorre com uma freqüência de 5 a 10%  das gestações e é um das grandes responsáveis pelo aumento da morbimortalidade materna e fetal. Essa enfermidade ocorre quando a pressão arterial  encontra-se superior á 140/90mmHg, por pelo menos duas vezes  no mesmo dia. (MELLO et al, 2009)

Esse tipo de distúrbio ocorre após a vigésima semana de gestação, podendo desaparecer até seis semanas após o parto. (REZENDE apud ALMEIDA; Neves,2006b)

Os distúrbios hipertensivos associados à gravidez estão divididos em 5 categorias principais: hipertensão crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta, hipertensão induzida pela gravidez, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. (CLOHERTY, et al, 200).

  • Hipertensão crônica: é toda hipertensão que já existia antes mesmo do início da gravidez ou  aquela que pode ser diagnosticada antes da 20ª semana de gestação ou em qualquer momento do período gestacional e que geralmente persiste até 6 semanas após o parto. (PASCOAL, 1998).
  • Hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta:  é o agravamento da hipertensão crônica, com o aparecimento recente de proteinúria, alem de possíveis associações de hiperuricemia e trombocitopenia, que ocorre após a 20ª semana de gestação. (CLOHERTY, et al, 200).
  • Hipertensão induzida pela gravidez: ocorre após a 20ª semana de gestação, com a elevação da pressão arterial e sem proteinúria,  em mulheres antes consideradas normotensas e que agora apresentam uma PA superior a 140X90mmHg.(MÃE PAULISTANA, 2004)
  • Pré-eclâmpsia: também ocorre após a 20ª semana de gestação, com elevação da pressão arterial , onde a PA sistólica (máxima) está superior ou igual a 140mmhg e a PA diastólica (mínima) esta superior ou igual a 90mmHg, ocorre também o edema generalizado e a proteinúria.(FEITOSA; Sampaio, 2010, p.02).

A pré-eclâmpsia é uma moléstia característica do período gestacional, que ocorre principalmente em mulheres nulíparas (aquelas que nunca estiveram grávidas), após a 20 semana de gestação. Essa afecção é a grande responsável pela a falência de vários órgãos da gestante, fato que ocorre devido ao aumento da PA e a proteinúria. O aumento da PA provoca danos principalmente no sistema vascular, hepático, renal e cerebral , o que causa elevada taxa de mortalidade e morbidade materna e fetal em todo mundo. No Brasil a pré-eclâmpsia é considerada como uma das principais causas de morte materna e estima-se que a taxa de mortalidade é de aproximadamente 37% em todo o país.(CAVALLI, et al, 2009; ORCY, et al, 2007).

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