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Tuberculose nas Populações Indígenas e Seus Determinantes Sociais

Por:   •  22/9/2018  •  Seminário  •  3.063 Palavras (13 Páginas)  •  313 Visualizações

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Faculdade Metropolitana de Manaus

Bacharel em Enfermagem

Saúde Indígena

Tuberculose nas populações indígenas e seus determinantes sociais

Manaus – 2017

AM

Breno Barros

Edmilson Rodrigues

Francisca Saraiva

Joyce Gabriela

Onã Santos

Simone Crispim

Raimunda Lins

Thaís Gomes

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Manaus – 2017

AM

Sumário

Introdução........................................................................................................04

  1. Histórico.................................................................................................05
  2. Aspectos Epidemiológicos..................................................................05
  1. Morbidade........................................................................................05
  2. Mortalidade por Tuberculose.........................................................07
  3. Tuberculose e Alcoolismo na população indígena......................07
  1. Aspectos Operacionais do Controle da Tuberculose........................08
  1. Diagnóstico: TRM............................................................................08
  2. Baciloscopia....................................................................................08
  3. Cultura de Escarro..........................................................................09
  4. Testagem para HIV..........................................................................09
  5. Encerramento dos casos de tuberculose e o tratamento diretamente observado...................................................................09
  1. Determinantes Sociais..........................................................................10
  2. Principais Atividades Desenvolvidas para o Controle da Tuberculose na população indígena..........................................................................11
  3. Relato Específico..................................................................................12

Conclusões Finais...........................................................................................14

Referências Bicliográficas..............................................................................15


Introdução

Quando lidamos com populações indígenas, ao nos depararmos com a questão da tuberculose, sempre somos colocados diante de uma “prioridade”. Para a plena compreensão desta situação, é de extrema importância avaliarmos os fatores historicamente associados à tuberculose entre povos indígenas, o que amplia nosso entendimento sobre esta questão, produzindo modelos explicativos que justificam a necessidade da doença ser encarada como prioritária nesta população. A tuberculose ainda é um agravo importante à saúde da população indígena do Brasil, apresentando altos índices de incidência, podendo chegar até 10 vezes maior do que a encontrada na população não indígena. Este cenário está diretamente ligado às condições em que vivem os indígenas, consideradas determinantes da ocorrência de tuberculose, em particular as condições socioeconômicas de extrema pobreza, desnutrição, associadas à moradias escuras e pouco ensolaradas, sem boas condições de ventilação e sem divisões internas, além da proximidade das redes de dormir distribuídas por grupos familiares, aliada algumas vezes, ao número relativamente elevado de moradores,  que propiciam um maior adoecimento, em que vivem esses indígenas (BARUZZI etal. 2001; MARQUES E CUNHA, 2003).

Palavras-chave: tuberculose, Brasil, indígenas;

  1. Histórico

As origens da tuberculose humana ainda não são totalmente conhecidas, mas remontam a cerca de 8.000 anos atrás, possivelmente no norte da Índia (BROSCH,1992; NERLICH &HINDAWI, 2009; PRAT & SOUZA, 2003).Os terríveis surtos da tuberculose entre os indígenas americanos após os primeiros contatos com os europeus, juntamente com algumas pesquisas que apontam para uma baixa imunidade contra a doença entre estes povos reforçam a interpretação corrente de que os nativos americanos foram "solo virgem" para a infecção (PRAT & SOUZA, 2003). Porém, recentemente, muitos achados arqueológicos vêm demonstrando que a tuberculose já estava presente nas Américas antes dos europeus, o que exige modelos explicativos mais complexos.

Em todos os casos, os custos sociais e culturais do contato causaram um grande impacto na saúde, e a tuberculose é provavelmente um dos indicadores mais sensíveis deste processo histórico e biocultural.

  1. Aspectos Epidemiológicos
  1. Morbidade

No ano de 2010, o coeficiente de incidência (CI) de tuberculose na população indígena foi de 94,9/100 mil habitantes (hab.), valor 2,5 vezes maior quando comparado ao CI de tuberculose da população geral que, naquele ano, foi de 37,6/100 mil hab. Esse resultado indica que a população indígena é mais vulnerável ao adoecimento por tuberculose.  No período entre 2004 e 2013, foram diagnosticados e notificados, em média, 755 casos novos de tuberculose na população indígena. Nesse período, os anos com mais casos novos diagnosticados e notificados foram 2007, 2011 e 2013, com 830, 869 e 805 casos, respectivamente.

No Brasil, as populações definidas pelo PNCT como mais vulneráveis à tuberculose são: população indígena, população privada de liberdade, população em situação de rua e pessoas vivendo com HIV/aids. Em 2013, do total de casos diagnosticados, foram registrados dois (0,2%) casos de tuberculose em indígenas em situação de rua e 15 (1,9%) casos em indígenas privados de liberdade, sendo um caso de coinfecção TB-HIV em indígena em situação de rua e três casos de coinfecção TB-HIV em indígenas privados de liberdade. Além disso, foram diagnosticados 32 (4,0%) casos de coinfecção TB-HIV em indígenas que não se encontram em situação de rua e/ou privados de liberdade. No que diz respeito à zona de residência, observa-se, que no período entre 2004 e 2013, houve uma variação de 52% a 70,3% na proporção de casos de tuberculose entre os indígenas que residem em área rural. Esse dado representa o valor mais próximo do total de casos entre os indígenas aldeados.

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