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Universidade de Pernambuco Graduação em Enfermagem

Por:   •  15/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  985 Palavras (4 Páginas)  •  184 Visualizações

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Universidade de Pernambuco

Graduação em Enfermagem

Maria Eduarda Santos Carvalho

Guerra da Síria e Organofosforados

Petrolina

2018

Guerra da Síria:

Em 2011, protestos pacíficos tomaram conta do país contra o governo do atual  Presidente Bashar Al-Assad, os protestantes reclamavam dos altos índices de desemprego, corrupção e falta de liberdade politica.

Quando o governo empregou força letal contra dissidentes, houve manifestações em todo o país exigindo a renúncia do presidente. O clima de revolta se espalhou, e a repressão se intensificou. Apoiadores da oposição pegaram em armas, primeiro para defender a si mesmos e depois para expulsar forças de segurança das áreas onde viviam. Assad prometeu acabar com o que chamou de "terrorismo apoiado por estrangeiros". Seguiu-se uma rápida escalada de violência, e o país mergulhou em uma guerra civil.

Estima-se que até março desse ano cerca de 353.900 pessoas já morreram, incluindo 106 mil civis, e 56.900 estão desaparecidas. Enquanto isso, o Centro de Documentação de Violações, que recorre a ativistas na Síria, registrou o que avalia ser violações às leis de direitos humanos internacionais, inclusive ataques contra civis. Foram documentadas 185.980 mortes relacionadas ao conflito, entre elas as de 119.200 civis, até fevereiro de 2018.

Em abril desse de 2017 o pais sírio sofreu um bombardeio que matou pelo menos 86 pessoas e feriu outras mais 550 na província de Idlib. As vitimas desse bombardeio sofreram asfixia, desmaios, vômitos e espumas na boca. Investigares turcos dizem que o gás sarín foi utilizado nesse ataque.

O que é sarín?

Sarin, ou Gb, é um composto organofosforado na [(CH3)2CHO]CH3P(O)F. É um gás asfixiante que foi originalmente desenvolvido como um pesticida na Alemanha em 1938. O sarín fez parte de uma classe de armas químicas desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial. Na sua forma pura, o sarín se apresenta como um líquido claro, incolor e insípido.

Pode ser usado de diversas formas. Pelo ar, ao ser liberado em um local como aerossol ou por vapor. Pode ainda contaminar água, comida e, quando lançado no ar, pode contaminar plantações. A forma mais perigosa é a primeira - pela qual a vítima pode morrer em poucos segundos. É absorvido pelo corpo por inalação, ingestão, contato com a pele e também com os olhos.

Como ele mata?

O gás interfere diretamente no neurotransmissor acetilcolina, que atua como um transmissor especial entre glândulas e músculos. O grau de envenenamento depende da quantidade de produto químico a que uma pessoa foi exposta e durante quanto tempo. A exposição ao sarín pode provocar sintomas, desde uma coriza até insuficiência respiratória, e por isso, a morte.

Por que é difícil provar a utilização do uso de sarín?

De acordo com a especialista em biossegurança Sean Kaufman, do Centro da Universidade de Emory, sua capacidade de se dispersar rapidamente torna difícil a detecção do gás. Para se obter uma boa evidência de que o sarín foi utilizado, os investigadores precisam estar no local, colher amostras de sangue ou cabelo diretamente das áreas afetadas pelo agente químico.

 Organofosforados        

Os organofosforados são um grupo de compostos químicos amplamente utilizados em agropecuária como inseticidas, ocasionando intoxicações acidentais em animais e humanos, e mesmo sendo utilizados em tentativas de suicídio. A toxicidade desses produtos decorre sobretudo de insuficiência cárdio-respiratória por compromentimento do sistema nervoso autônomo. Sabe-se que alguns destes compostos induzem em animais de experimentação e em humanos, uma miopatia caracterizada por degeneração de células musculares, comprometendo sobretudo a musculatura respiratória.

Os pesticidas organofosforados atuam inibindo as colinesterases, principalmente a acetilcolinesterase (AchE; EC3.1.1.7), aumentando o nível de acetilcolina nas sinapses. Em mamíferos, estes efeitos caracterizam-se principalmente por lacrimejamento, salivação, sudorese, diarréia, tremores e distúrbios cardiorrespiratórios. Estes últimos são decorrentes de broncoconstricção, aumento das secreções brônquicas e bradicardia, bem como de depressão do sistema nervoso central, sendo as principais causas de morbidade e mortalidade por tais produtos.

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