Uso de cadaveres em aula de anatomia

Uso de cadáveres humanos e outros métodos para o ensino-aprendizagem da Anatomia Humana

                                                                                        Walter Junio Bentes Grangeiro

                                                              RESUMO

 O uso de cadáveres humanos para o ensino da anatomia humana nas aulas práticas é uma forma de fazer os discentes da área da saúde terem noção do quanto o corpo é complexo e que somente aulas teóricas ou uso do atlas não são suficientes para obtenção do conhecimento. O presente artigo tem como objetivos, demonstrar vantagem e desvantagem do uso de cadáveres humanos  no  ensino da Anatomia Humana e citar outros métodos de ensino-aprendizagem, como por exemplo,as peças plastinadas. Utilizado as bases de dados do LILACS (Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), a linha de busca foi definida entre 1987  a 2015. Os descritores utilizados foram: Anatomia Humana, cadáveres, estudo, aprendizagem. É de suma importância os cadáveres nas aulas de anatomia visto que podem ser considerados os primeiros pacientes dos futuros profissionais da saúde. Isso ajuda no fortalecimento da humanização dos mesmos.

Palavras-chave: Anatomia Humana, Cadáveres, Estudo, Aprendizagem.

                                                       ABSTRACT

The use of human cadavers for teaching human anatomy in practical classes is a way to make the health of students have sense of how the body is complex and only theory or atlas use are not enough to acquire knowledge. This article aims advantage and disadvantage of using human cadavers in teaching Human Anatomy and cite other teaching- learning methods , such as the plastinadas parts. Used as LILACS data bases (Latin American Literature Health Sciences ) and SciELO (Scientific Electronic Library Online ) , the search line was defined Between 1987-2015. The descriptors used were : Anatomy, cadavers , study, learning. It is very important the corpses in anatomy classes they can be considered the first patients of the future health professionals. This helps in strengthening the humanization of them.

Keywords: Anatomy, Corpses , Study, Learning .

1. Introdução

A Anatomia Humana é uma ciência descritiva que estuda as formas e as estruturas do corpo humano. O processo de ensino-aprendizagem dessa disciplina é complexo, em virtude da grande quantidade de conceitos e estruturas a serem assimiladas pelos estudantes (GRIFFIN; CASHIN, 1989). O conhecimento da Anatomia Humana é fundamental à formação do enfermeiro e do farmacêutico, porque todos aqueles que cuidam de pacientes devem dominar o conhecimento da estrutura anatômica do corpo humano e, isso não deve ser restrito apenas aos médicos cirurgiões (WONG; TAY, 2005).

Uma das metodologias mais antigas para o estudo da Anatomia é a utilização de cadáveres humanos, que se inicia sistematicamente no final da Idade Média (Mandressi, 2008) e ocorre até hoje nas universidades. Mas, com a escassez de cadáveres humanos para estudo nas universidades brasileiras, segundo Fornaziero et al. (2010), existe a necessidade de ampliar as opções na educação, inserindo metodologias inovadoras para o processo de ensino-aprendizagem, propiciando alternativas para integrar e dinamizar as aulas de Anatomia Humana. Entre as alternativas para o ensino-aprendizagem em anatomia consistem em: simuladores (reais e virtuais), através dos quais os alunos podem aprender técnicas/procedimentos como se estivessem utilizando corpos reais antes mesmo de praticarem-nas efetivamente (Souza; Okada; Suzuki, 2011); Utilização de dispositivos de imagens (Raios-X, ultrassom, Tomografia Computadorizada, Imagem por Ressonância Magnética), vídeos, câmeras de alta resolução e softwares, incluindo nesse grupos os Atlas Digitais; peças sintéticas, que podem ser feitas de polímeros, resina plástica, dentre outros materiais; método de aprendizado por pares, ou seja, utilizando um colega; método de aprendizado através de pequenos grupos (Ganguly, 2010).

Silva, et al. (2001) afirmam como uma metodologia eficaz e criativa a utilização das artes cênicas, o teatro para a educação científica, já que se torna uma maneira facilitadora da compreensão e fixação de temas relacionados a anatomia humana, pois os alunos além de estudarem e frequentarem as aulas com mais frequência para a realização do teatro, ficam mais atentos aos assuntos aumentando a aprendizagem por meio da fixação, uma vez que diminui esse grande problema de falta de atenção, além de posteriormente transmitirem o conteúdo de uma forma lúdica e interativa. Esse modo de aprender Anatomia Humana é bem válido, de acordo com Derdyk (1990) e Gorodicht (2001), a representação artística leva o discente a entender a figura do corpo de outra maneira e a encaminhar esses dados representativos para a sua realidade, como também para seu arquivo de memória, tornando favorável a aprendizagem.

1. Objetivos

O presente artigo tem como objetivos:

-Demonstrar vantagem e desvantagem do uso de cadáveres humanos  no  ensino da Anatomia Humana;

-Citar outras metodologias de ensino-aprendizagem da Anatomia Humana.

1. Metodologia

Realizou-se um estudo bibliográfico. Utilizado as bases de dados do LILACS (Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), a linha de busca foi definida entre 1987  e 2015. Foram selecionados artigos que condiziam com os objetivos proposto nesse trabalho.

1. Resultados

Apesar de fundamental para o estudo da Anatomia Humana, o uso de cadáveres tem suas vantagens e desvantagens.

Segundo Costa (2012), o uso de cadáveres por estudantes fortaleceria  a humanização dos futuros profissionais da saúde, refletindo-se em suas condutas com os pacientes. Assim como os hábitos comportamentais, as atitudes éticas e a empatia também acabam sendo aprimorados (FAZAN,2011). Quando se manuseia um cadáver bem preservado ou com recente conservação, a simulação de procedimentos clínico-cirúrgicos de maior ou menor complexidade passa a ser bastante vantajosa. Esse tipo de experiência permite tanto ao professor como ao discente uma demonstração prática pausada com exposição de detalhes, discussão simultânea da escolha da técnica e um trabalho com sensação de realidade, ou seja, com textura, cor e profundidade iguais às de um paciente vivo. Além disso, possibilita ao estudante a observação criteriosa de manobras clínico-cirúrgicas, a realização de procedimentos mesmo sem ter experiências prévias, a inibição do medo ou da insegurança que um determinado protocolo terapêutico manual gera no operador novato e ainda favorece a correção de erros sem grandes consequências ao "paciente" (ZIELAK,2011). Além de induzir o estudante á reflexão em relação a morte e não ficar surpreso no exercício da profissão caso seu paciente venha a óbito.

...