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A Intoxicação Medicamentosa: O Papel do Farmacêutico

Por:   •  23/11/2023  •  Artigo  •  2.947 Palavras (12 Páginas)  •  31 Visualizações

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Intoxicação Medicamentosa: O Papel do Farmacêutico

Camila Sousa Lisboa[1]

Vanessa Lumi Koga[2]

RESUMO

Os medicamentos são parte essencial da terapêutica na saúde, no entanto, o consumo incorreto de um fármaco é capaz de alterar o nosso organismo e causar sintomas indesejáveis, fato que pode justificar que os medicamentos são os principais responsáveis por casos de intoxicações humanas. Tendo em vista esse fator, o presente artigo teve como objetivo descrever o perfil das intoxicações e garantir a importância do profissional farmacêutico na prevenção das intoxicações medicamentosas. A metodologia usada neste estudo foi a revisão bibliográfica com consultas em artigos científicos, além de documentos oficiais dos órgãos responsáveis pela sistematização de dados relacionados a saúde. Os medicamentos se utilizados de forma inadequada podem causar muitas reações, podendo levar a intoxicações, intensificando problemas de saúde e aumentando os custos do sistema de saúde. Portanto, o uso racional de medicamentos orientada pelo profissional farmacêutico tem o intuito de minimizar os efeitos da tomada irregular das drogas. Desta forma compreende-se que o farmacêutico contribui de forma significativa, pois é especialista no assunto, e sua atuação integrando equipes multidisciplinares melhoram os serviços de saúde.

Palavras-chave: Intoxicação. Automedicação. Assistência Farmacêutica.

1 INTRODUÇÃO

    Os medicamentos executam na sociedade um significativo papel no que tange a saúde dos indivíduos e para que tenham o desejado efeito devem ser utilizados seguindo prescrições médicas e farmacêuticas, mas da mesma forma que podem agir garantindo cura, tratamento e prevenção, são também autores de um expressivo número de danos por uso inadequado, sobretudo intoxicações.

O termo intoxicação, na linguagem informal, é usado para caracterizar sinais e sintomas que decorrem da exposição do organismo a substâncias tóxicas, podendo levar a morte, caso o indivíduo não seja tratado a tempo. Independentemente da expansão dos métodos terapêuticos para o combate de doenças, há também um acréscimo do número referente a efeitos adversos. Ainda hoje, em 2023, centenas de pessoas vivem sem a devida consciência de que a maneira incorreta ou irracional do uso de medicamentos pode acarretar, levando a fatores como: reações alérgicas, dependência, intoxicação ou morte.

As relevantes causas de intoxicações medicamentosas enfatizam-se por automedicação, erros de administração e tentativas de suicídio em doses acima da terapêutica. Sendo assim, o problema de pesquisa definido foi: qual a importância da atuação farmacêutica em casos de intoxicação medicamentosa? Problemas como este podem ser evitados através de ações que visem conscientizar o uso racional de medicamentos.

Embora seja fundamental a atuação de uma equipe multidisciplinar nas ações de educação e promoção em saúde, o farmacêutico, através do conhecimento em medicamentos deve garantir as melhores repercussões quanto a farmacoterapia apropriada. Por isso, o objetivo geral do trabalho foi: Compreender de que forma o profissional farmacêutico pode atuar em ocorrências de intoxicação.

Ambicionando a prevenção e restauração do estado de saúde dos pacientes, no presente artigo foram definidos os seguintes objetivos específicos: descrever os vetores da intoxicação, verificar repercussões que levam o aumento e a frequência dos eventos de intoxicação e assegurar a importância da atuação do profissional farmacêutico na prevenção da intoxicação medicamentosa.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

O tipo de estudo que fora realizado foi qualitativo e descritivo constituindo-se de um amplo levantamento bibliográfico, elaborado de material já publicado. Para a seleção foi adotada a técnica da revisão de literatura através de dados de artigos e revistas científicas que mencionaram sobre o uso indevido de medicamentos, intoxicações por meio de medicamentos e a atuação do farmacêutico.

 Essas informações foram coletadas por meio eletrônico das bases de dados: SciELO (Scientific Electronic Library Online), Catálogo de teses, Scholar Google, Periódicos Capes, BVS, Cochrane Library (Cochrane Reviews), Revista Pub Saúde, Revista Ibero- Americana de Humanidades, Ciências e Educação, Revistas Facesa, PKP (Public. Knowledge Project), e outros.

Como critérios de inclusão foram pré-definidos materiais de idiomas: português, espanhol e inglês, assim como o período dos artigos pesquisados dos trabalhos publicados que foram dos últimos cinco anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: intoxicação, automedicação e assistência farmacêutica.        

2.2 Resultados e Discussão

As intoxicações são geradas por substâncias endógenas ou exógenas que são suficientes para modificar a fisiologia do organismo e propiciar alterações bioquímicas (FALCÃO, CARVALHO, PAIVA, 2021). As intoxicações medicamentosas se instituem por diversos sintomas provocados pelo medicamento ingerido, inalado, injetado ou de uso tópico, em doses superiores ao uso terapêutico (SOUZA, ANDRADE, 2021).  

A automedicação, fator determinante para a intoxicação medicamentosa, compreende o uso de medicamentos não prescritos para tratar doenças ou sintomas de forma continuada ou intermitente. É um fenômeno social e cultural que consiste num comportamento global comum que gera um problema na saúde pública (PRÍNCIPE et al, 2020). A prática do uso frequente de medicamentos não sujeitos a receita pode resultar em graves complicações como: interação medicamentosa, dosagem inadequada, ocultação de outros problemas de saúde, intoxicação e outros (DUARTE et al, 2021).

Por ser o medicamento um agente tóxico de fácil acesso para sociedade, é considerado principal causa de intoxicação. Segundo o site da SINITOX, é o primeiro lugar por intoxicações desde o ano de 1994, sendo as principais classes de medicamentos causadores de intoxicações os antigripais, anti-inflamatórios, antidepressivos e benzodiazepínicos (GRETZLER et al, 2018).

Apesar de não apresentar a quantia real de ocorrências devido as subnotificações, bases do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) consolidam as informações sobre a frequência da intoxicação medicamentosa por região no Brasil (TABELA 1) (SOUZA, ANDRADE, 2021).

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