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A SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Por:   •  12/11/2020  •  Resenha  •  5.259 Palavras (22 Páginas)  •  171 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DA SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Resenha de Caso: Farmácias Similares: Saúde pública e privada para a base da pirâmide no México

Nome do aluno (a): Lucino Saraiva de Campos Neto

Trabalho da disciplina Bioestatística Aplicada a Auditoria

                                                 Tutor: Prof. Antônio Alexandre Lima

Ananindeua/PA

2020

FARMÁCIAS SIMILARES: SAÚDE PÚBLICA E PRIVADA PARA A BASE DA PIRÂMIDE NO MÉXICO

Referências: MICHAEL CHU

                       REGINA GARCIA-CUELLAR. Harvard Business School

 

INTRODUÇÃO:

A presente resenha narra os desafios e conquistas da Saúde Pública e Privada no país do México, relatada e reflexionada pelo economista-chefe do Ministério da Saúde, Eduardo González Pier, fala ainda da criação, expansão e crescimento das farmácias Similares conhecidas por SIMI, bem como dos medicamentos genéricos e o “mercado de impulso” e quais seus papeis e a importância junto à população de baixa renda, e o impacto causado pela mudança de pensamento, que influenciou e afetou a população mexicana.  

DESENVOLVIMENTO:

Em janeiro de 2006, devido o recesso em grande parte do México tudo estava calmo, com o pensamento nas eleições para presidente que aconteceria no final do ano, o economista-chefe do Ministério da Saúde, Eduardo González Pier, estava no escritório em seu primeiro dia de trabalho.

Sem reeleição no México em um ano outra pessoa assumiria a função de economista-chefe, e Pier resolveu deixar um envelope com instruções para seu sucessor. Durante 06 anos, de administração do presidente Fox a saúde foi prioridade, prova disto, é que devido algumas iniciativas lançadas pelo Ministério da Saúde, foi um período das maiores mudanças nesta área que atendeu principalmente a população carente desde a implantação do sistema público de saúde mexicano. Concomitante, com foco no segmento de população de baixa renda, as Farmácias Similares (Simi), obtiveram um crescimento muito grande. Fato inédito aconteceu, setor público e privado intensificaram seus esforços para atender a base da pirâmide socioeconômica no segmento da saúde.

Houve uma expansão das Farmácias Simi para mais de 3.400 lojas em nove anos, todas localizadas em bairros de baixa renda do México, a maioria dessas lojas havia em anexo, uma clinica médica oferecendo acesso ao médico a um valor aproximadamente de US$ 2, considerado um valor acessível à população carente. Algumas controvérsias cercavam as Farmácias Simi, a eficácia dos produtos sempre foi questionada, devido seu valor de venda ser bem abaixo do que das concorrentes. O fundador das Farmácias Simi, Victor González Torres, ficou conhecido como “Dr. Simi”, deu-se como referência de um personagem fictício criado pelas campanhas publicitarias da Simi, onde um homem de 2 metros de altura vestido a caráter como médico, com seu rosto redondo e sorridente todos os dias no horário do almoço cumprimentava os pedestres que passavam em frente das lojas. Com isso Gonzáles Torres se transformou em uma figura púbica nacional. Candidatou-se as eleições presidenciais de 2006 do México, mesmo não se elegendo ganhou destaque na mídia local e internacional.      

O jeito irreverente do “Dr. Simi”, fez com que ele não fosse ouvido nas questões de saúde pública, porém González Pier (Membro importante do Ministério da Saúde do México), onde ações foram tomadas com intuito de acabar com as injustiças no sistema público de saúde do México, não pode deixar de fazer uma reflexão quanto ao sucesso das Farmácias Simi, junto à base da pirâmide socioeconômica: o sucesso da Simi é passageiro? o sistema público de saúde do México está atendendo bem a população mais necessitada? González Pier pensou que não poderia deixar de fora em seu memorando ao sucessor o caso das Farmácias Simi.

O sistema de saúde do México

Após a Revolução no México de 1910, o Estado reconheceu que o sistema público de saúde da nação é de sua responsabilidade. O sistema de saúde conhecido até hoje foi estabelecido em 1943. Tinha duas vertentes que ficou quase inalterada por 60 anos: uma o Estado tentava garantir o acesso ao serviço de saúde de forma gratuita ou quase gratuita, para as pessoas carentes e indigentes, a outra por meio do seguro social, uma opção para quem era assalariado. Os dois sistemas eram paralelos não se cruzavam. Característica do sistema gratuito: “instalações médicas controladas de modo centralizado nos diversos estados mexicanos”, a bem da verdade, posteriormente foram descentralizadas dando origem aos serviços Estaduais de Saúdes (SHS), o Ministério da Saúde junto com essas instalações formavam um sistema público integrado, atendia a população sendo financiada pelo governo e pacientes que pagavam algumas taxas. Todavia fosse aberto ao povo em geral, não tinha como finalidade ser a melhor opção em se tratando de serviços médicos. Por outro lado o plano seguro saúde que cobria os trabalhadores formais do setor privado e suas famílias por meio do Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS), atendia com prestadores integrados. Nas décadas seguintes foram implantados alguns seguros que tinham a mesma finalidade, que atendiam os trabalhadores: forças armadas, sindicato de empresa estatal de petróleo e Funcionários Públicos. Que serviram para expandir a cobertura para todos os funcionários do governo federal. Não houve mudanças significativas para a maioria da população, apesar de alguns programas tentarem sem êxito, como por exemplo: o programa chamado “Oportunidades”, que em 1997, tinha um módulo de serviços médicos que fornecia as famílias em estado de extrema pobreza e que viviam em áreas marginalizadas, acesso gratuito a um serviço básico de saúde. Na prática somente 18% dos medicamentos eram fornecidos, levando as pessoas a comprarem remédios nas farmácias privadas.

No inicio dos anos 2000, o Banco Mundial declarou que o número de pessoas que não tinham qualquer seguro era equivalente a 55% da população, no ultimo censo constatou que as pessoas não seguradas eram atendidas por cada estado, por meio de seus serviços estaduais de saúde e do governo federal. Porém González Pier estimou que em torno de 5% a 10% da população não tinham acesso ao sistema público de saúde, sendo em sua maioria a população rural em suas áreas remotas.

O sistema de saúde privado, mesmo na maioria não regulamentado, atendeu a demanda excedente que o sistema público não conseguia alcançar.

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