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AS PLANTAS MEDICINAIS

Por:   •  11/4/2021  •  Projeto de pesquisa  •  2.792 Palavras (12 Páginas)  •  890 Visualizações

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RESUMO

A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. As plantas medicinais são aquelas que apresentam ação farmacológica, ou seja, ajudam na cura ou tratamento de várias doenças. O uso milenar de plantas medicinais mostrou, ao longo dos anos, que determinadas plantas apresentam substâncias potencialmente perigosas. Do ponto de vista científico, pesquisas mostraram que muitas delas possuem substâncias potencialmente agressivas e, por esta razão, devem ser utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos. Este trabalho busca trazer informações contendo curiosidades, histórico e alerta sobre plantas medicinais e seu uso, contextualizando sobre possíveis ideologias e mitos errôneos perante o uso das plantas medicinais no cotidiano do brasileiro. Para isso, foi feita uma pesquisa questionando os alunos de primeiro semestre do curso de farmácia a respeito de seus conhecimentos sobre a prática fitoterápica de plantas medicinais. Com estes dados foi possível diagnosticar o comportamento deste publico com estes recursos medicinais e seus conhecimentos a cerca dos riscos a saúde, propor cuidados e melhoria de hábitos quando for utilizar estes métodos de cura, além de descobrir de onde a maioria adquiriu conhecimento sobre as plantas com fins medicinais. Cabe aos pesquisadores e à mídia, científica ou não, divulgarem os riscos a que estão expostos os consumidores que se automedicam com plantas medicinais ou fitoterápicos, sem o conhecimento necessário à sua utilização.

Palavras chaves: Plantas medicinais, conhecimento, uso, saúde e riscos.

1. INTRODUÇÃO

Desde sempre, o ser humano começou a se interessar em conhecer cada vez mais o meio ambiente, para que, suprisse suas necessidades para sobrevivência, bem estar e cura. Com a utilização de plantas fitoterápica para recursos terapêuticos. Com o passar do tempo essas plantas passaram a ser mais entendidas, e suas propriedades curativas sendo cada vez mais descobertas e utilizadas. Um conhecimento cultural muito valioso que passa de geração para geração. (DUTRA, 2009).

Independente do crescimento das indústrias farmacêuticas, as plantas produzem princípios ativos que pode mudar o funcionamento dos órgãos e sistemas, são utilizadas por muitos seres humanos para ajudar no equilíbrio orgânico e a homeostase para os casos de doenças. (BADKE, 2012).

Os medicamentos fitoterápicos tem sido um dos recursos mais utilizado para a cura de enfermidades, devido ao alto custo dos medicamentos manipulados (sintéticos), o difícil acesso à assistência médica, mas principalmente, muitas pessoas tem a tendência ao uso de produtos naturais que está enraizado na sociedade. (BADKE, 2012).

A fitoterapia é feita na manipulação de plantas e suas duas partes, interno e externo que podem ser utilizada na sua forma natural ou de medicamento com objetivo terapêutico. Sua importância para a medicina vem de uma legislação que mantém o controle de qualidade e segurança dos fitoterápicos, para que possa ser usados também comercializados de maneira segura seguindo os códigos civis. (BASTOS, 2010)

O termo fitoterapia tem origem do grego phytos, que significa plantas, terapia, tratamento e cuidado. Assim sendo, fitoterapia é definida como matéria prima para o tratamento de doenças (BASTOS, 2010).

Planta medicinal é qualquer vegetal que apresenta, em alguns órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com objetivos terapêuticos ou que seja precursor de fármacos semissintéticos. (BASTOS, 2010).

As matérias produzidas pelas plantas fitoterápicas com propósito terapêutico são os metabólitos secundários, que pode acontecer pela via do ácido chiquímico, prenunciador de taninos hidrolisáveis, cumarinas, alcaloides derivados dos aminoácidos aromáticos e fenilpropanoides, e podem representar derivados do acetato que são “terpenoides, esteroides, ácidos graxos e triglicerídeos”. (PEREIRA, 2012).

Através de um estudo com foco no uso de plantas para tratamento no homem, foi registrado que desde 3000 a.C. os sumérios na mesopotâmia já possuíam receitas de plantas com fins curativos e referentes a vários medicamentos de ervas registradas em tabuinhas de argila gravadas com estilete em escrita cuneiforme. Também existem relatos do uso de plantas medicinais em quase todas as civilizações. (TOMAZZONE, 2006)

Os egípcios, utilizavam técnicas para embalsamar mortos desde 2300 a.C. O manuscrito mais conhecido é chamado Papiro de Ebers, cerca de 1500 a.C. É uma das primeiras exposições sobre o uso de plantas medicinais na cura de aproximadamente 100 doenças, apresenta 125 plantas medicinais e 811 receitas. (TOMAZZONE, 2006).

A cultura indígena é a fonte de toda origem sobre plantas medicinais no Brasil. Os colonizadores portugueses logo notaram a grande importância dessas plantas como medicamentos da flora local e passaram a usar esse conhecimento e uniram com as práticas trazidas da Europa. Além desse conhecimento acompanhado dos índios do Brasil, os escravos da África trouxeram suas bases sobre as ervas medicinais, que também foi aplicado pelos portugueses, assim resultando uma medicina rica e original. (BRAGA, 2011).

O Brasil possui de 15 a 20% da biodiversidade mundial, são cerca de 60.000 espécies de vegetais superiores e cerca de 1.100 espécies são avaliadas para fins medicinais. Por conta dessa enorme biodiversidade que se encontra no Brasil aliada ao plano de melhorar a saúde da população, a fitoterapia vem sendo implantada no Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de redução de gastos com os medicamentos alopáticos. Como resultância a redução dos custos do sistema único de saúde, tendo a fitoterapia, denominada como um método natural e eficaz além de mais acessível e barato, possibilitando as populações mais carentes ao acesso a medicamentos e tratamentos (ANVISA)

A fitoterapia obteve mais interesse no país com a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e complementares (PNPIC), que ressaltou a necessidade da população utilizar práticas naturais de terapia no seu cotidiano. Houve então a criação do decreto nº 5813 de 22 de junho de 2006 com a aprovação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, cujo objetivo é “garantir à população brasileira o acesso seguro e uso racional de plantas medicinal e fitoterápico”. (BRASIL, 2004)

Os medicamentos fitoterápicos podem apresentar-se como intrínsecas ou extrínsecas. As intrínsecas estão associadas à própria constituição química do medicamento,

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