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O elevado índice de idosos com HIV

Por:   •  2/11/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.590 Palavras (7 Páginas)  •  346 Visualizações

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  1. PARTE INTRODUTÓRIA
  1. INTRODUÇÃO

A epidemia da AIDS vem colocando um novo grupo etário em destaque na discussão da vulnerabilidade: os idosos. Com o crescente envelhecimento populacional, muito investimento tem sido feito para melhorar a qualidade de vida desse grupo etário o qual vem crescendo com aumento das relações sociais e também das relações sexuais, já que a libido não acaba com o aumento da idade. A comercialização dos medicamentos para disfunção erétil em 1998 no Brasil trouxe a necessidade de discutir seu impacto numa parcela da população em contínuo crescimento - uma que não teve o hábito de lidar com métodos preventivos em décadas passadas.

1.2 JUSTIFICATIVA

Estudar a vulnerabilidade dos idosos ao HIV, conhecer o perfil epidemiológico e a incidência da AIDS da terceira idade no Brasil, desde o ano de 1985 até os tempos de hoje com o intuito de contribuir nas elaborações futuras de medida de prevenção de HIV. Apesar de a epidemia estar inserida em todas as camadas sociais, observa-se é notável um grande aumento no número de casos em idosos. Os idosos são um grupo populacional que mais cresce fazendo com que hoje o envelhecimento seja considerado um proeminente fenômeno mundial com o crescente aumento da expectativa de vida, das oportunidades sociais, da disponibilização de medicamentos para disfunção erétil. O aumento do número de pessoas contaminadas por HIV em mais 60 emerge como um grande desafio para o Brasil exigindo o estabelecimento de políticas publica e estratégicas que possam garantir a qualidade de vida a essas pessoas. As estratégias para prevenção da AIDS são caracterizadas pela identificação dos comportamentos envolvidos na transmissão dessas doenças.

1.3 OBJETIVO

1.3.1 OBJETIVO GERAL

Abordar e dar ênfase ao grupo idoso, o qual muitas vezes acaba sendo esquecido pela sociedade, como um grupo sexualmente ativo. Juntamente com esse propósito a problemática dos idosos perante o uso de preservativos, contaminação através do vírus.

1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Relatar o aumento da incidência de AIDS na população acima dos 60 anos que cresce como em nenhuma outra faixa etária, no Brasil. A vulnerabilidade de idosos na AIDS tem sido relacionada a fatores como invisibilidade do sexo na velhice, associada à amplificação do acesso a medicamentos para distúrbios eréteis, pequena adesão no uso de preservativo de ambos os sexos, retardamento de políticas de prevenção direcionadas a esta faixa etária, com isso o idoso acaba sendo esquecido quanto a sua sexualidade.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A AIDS tem também como um dos fatores predisponente o desenvolvimento de drogas de estimulação sexual, garantindo aos idosos um melhor desempenho sem necessariamente estar associada a pratica do sexo seguro.

Os recentes processos de indústria farmacêuticos e da medicina estão permitindo o prolongamento da vida sexual ativa, em associação com a desmistificação do sexo, vulneráveis na terceira idade. Alguns hospitais já começaram a monitorar o número de casos desde 2001 em pacientes acima de 60 anos e os resultados foram surpreendentes (LIVRO ROTINAS EM HIV E AIDS)

Outros estudos por sua vez demonstram que a descoberta desses medicamentos aumentou a qualidade e o número das relações sexuais entre adultos, sem se fazer acompanhar da adesão ao uso de preservativos.

Os homens temem perder a ereção e ainda acreditam que o cuidado só é necessário nas relações com as profissionais do sexo, já as mulheres não sentem necessidade de exigir o preservativo porque já perderam a capacidade de engravidar considerando que não precisam mais de prevenção.

Sexo sem camisinha é particularmente arriscado depois da menopausa devido ao ressecamento das paredes vaginais, as queixas se tornam mais frequentes e isso poderá favorecer ao surgimento de feridas que abrem caminho para o vírus. Não causa nenhuma surpresa o fato de idosos não adotarem medidas de prevenção, pois, além da questão cultural os programas de prevenção são voltados aos jovens.

A descoberta do aumento gradativo da incidência de HIV em idosos poderia ser explicada, segundo alguns autores por fatores ligados ao aumento da expectativa de vida ao nascer e da atividade sexual (reposição hormonal para as mulheres e tratamento de impotência para homens) e ao não reconhecimento do risco pelos idosos e consequentemente a não realização do sexo seguro, já por outro lado autores atribuem o aumento de casos de AIDS em idades mais avançadas aqueles que possuem maiores recursos financeiros para acesso aos prazeres e serviços disponíveis permitindo a vida sexual ativa.

Inicialmente o HIV/AIDS foi associado aos homossexuais, devido o estilo de vida que levavam. Mais tarde surgiram casos em heterossexuais e crianças recém nascidas contaminadas. Os estudos epidemiológicos continuaram, no entanto, a mostrar que a transmissão da doença se efetuava por via sexual, vertical e perinatal (SEVERO, 2010).

A AIDS não é só uma doença, mas um fenômeno social de grandes proporções que causam impacto nos princípios morais, religiosos e éticos, procedimentos de saúde pública e de comportamento privado nas questões relativas à sexualidade, ao uso de drogas e moralidade conjugal (FONTES et al., 2010).

‘’O vírus da AIDS é transmitido através de contato direto e/ou troca de sangue bem como de fluídos corporais de uma pessoa já infectada, ou seja, através da atividade sexual sem proteção, do compartilhamento de agulhas, da transfusão de sangue contaminado e de mãe para filho, por meio de quatro vias: placentária, durante o primeiro trimestre de gravidez, no momento do parto e durante a amamentação. Sendo o diagnóstico de HIV/AIDS pautado no exame físico, na história clínica do paciente, na confirmação dos fatores de risco, nos sintomas e, por fim, na identificação laboratorial.’’ BARE; SMELTZER, (2012).

O termo sexualidade é muito amplo e refere-se à integração dos impulsos biológicos e da fisiologia com o auto conceito e a expressão sexual. Pode ser afetada por fatores sociais, culturais e religiosos, além da estrutura física, do funcionamento e da aparência. (CAETANO, 2011, p.8).

De acordo com Santos e Santos (1999), o primeiro caso de AIDS foi registrado em 1980 nos EUA, porém, só foi descrito em 1981. Existem indícios que o primeiro caso fatal de AIDS ocorreu nos Estados Unidos, em 1977. A vítima,  pesquisadora dinamarquesa, Margarethe P. Rask, com 47 anos, fazia estudos na África sobre o vírus Ebola e passou a apresentar diversos sintomas estranhos. Através da autópsia percebeu- se que vários microrganismos haviam se alojado em seus pulmões, levando à ocorrência de pneumonia, que ocasionou sua morte. Na época, pairou-se a dúvida: como o indivíduo morreria em função desses sintomas. (SHILTS, 2007).

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