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A Lesão Por Repetição

Por:   •  14/10/2015  •  Bibliografia  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  376 Visualizações

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Um dos principais papéis na vida do ser humano é o trabalho, uma vez que é através dele que satisfazemos nossas necessidades. Porem com a busca pela satisfação dos consumidores e de grande retorno financeiro, o trabalho também pode ser fonte de problemas que afetam a saúde do trabalhador.

Dentre as principais doenças que acometem o trabalhador estão às lesões por esforço repetitivo (LER), hoje denominado como distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), podendo afetar trabalhadores de diversos ramos de atividade. As LER/DORT são caracterizadas pelo desgaste de estruturas musculoesqueléticas, causam dor crônica e compromete a realização das atividades, o que muitas vezes é confundido com comodismo.

Dessa forma nasce à ergonomia, que faz adaptações no ambiente do trabalhador para melhorar a sua saúde e reduzir custos relacionados à diminuição da produtividade, tratamento do empregado e treinamento de um funcionário substituto. A melhor maneira de diminuir esses custos é aplicar corretamente a ergonomia, fazer as adaptações do ambiente, cinesioterapia laboral e orientar os trabalhadores quanto à postura. (FOGORIFICO)

Porem, mesmo com uma boa aplicação da ergonomia as lesões e acidentes pode acorrer. Para iniciar um tratamento, por vezes, é necessário o afastamento do funcionário, repouso, medicamento e recuperação. Quando um trabalhador precisa fazer a recuperação, geralmente é fora da empresa e, muitas vezes isso pode prolongar o afastamento, uma vez que o fisioterapeuta não conhece a atividade realizada pelo funcionário. Outro fator crítico para a demora no afastamento são os chefes e colegas de trabalho, que geralmente acreditam que os funcionáriosestão fingindo dores. Cabe lembrar que as DORTs são doenças invisíveis!

Em função disso criou-se o programa de retorno ao trabalho, que visa recolocar o funcionário no seu posto de trabalho progressivamente.

Silva cita que vários estudos foram realizados para verificar a importância do programa, e os resultados foram bastante positivos. Os funcionários de diversas empresas que precisaram se afastar da função e fizeram o retorno por meio do programa, disseram sentir-se mais seguros ao voltar ao trabalho, uma vez que seus supervisores sabiam que a capacidade funcional estava diminuída, temporariamente. Os estudos mostraram também que por mais que a capacidade do funcionário não estivesse ótima, a empresa diminuiu com os custos de afastamento.

Um hospital cardiológico de São Paulo também decidiu implantar um programa de retorno ao trabalho, visto que um número expressivo de funcionários que retornava ao trabalho após alta do INSS apresentava incapacidade para o trabalho. A função que apresentou maior número de casos foi auxiliar de enfermagem, seguida dos atendentes de nutrição e dos auxiliares de serviço. Para a realização do programa os funcionários foram mudados de função ou área, quando não era possível, a tarefa tornava-se mais leve. Também eram orientados quanto à postura (Vieira, 2010).

Um estudo de caso realizado em um frigorífico, de Santa Catarina em 2004, no setor de aves, mostra que a mesmo a empresa implantando a cinesioterapia laboral desde 2000 (são realizadas sete paradas de dois minutos para a ginástica, tempo muito menor que o estipulado para pessoas que permanecem em temperaturas baixas) a clinica de fisioterapia ainda recebe um grande numero de queixas musculoesquéticas, em especial as dores. Foram avaliadas 339 fichas de um total de 808 funcionários e, o sintoma mais observado foi dor no ombro e pescoço, que aumentava em função dos movimentos repetitivos, mudança brusca de temperatura e estresse. Para tentar minimizar os afastamentos, foi realizada pelo fisioterapeuta da empresa a troca da função dos funcionários, temporariamente ou não, de acordo com a capacidade funcional do mesmo (Soares, 2004).

Em outro estudo de caso realizado na empresa Killing S/A Tintas e Adesivos, uma indústria de grande porte do setor de tintas, adesivos e laminados, matriz localizada na cidade de Novo Hamburgo – RS, em 2009.Como consequência do aumento do ritmo de trabalho e produtividade, a empresa viu a necessidade de buscar alternativas para prevenir lesões e melhorar a saúde dos colaboradores, que resultaram no aumento da produção fabril. Sendo assim, a Killing implantou um Programa de Saúde e Bem-Estar que inclui, entre outras coisas:

• Exercícios de cinesioterapia laboral;

• Orientações de gestos e posturas no posto de trabalho;

• Orientação

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