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Caso clínico de eletroterapia

Por:   •  23/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.285 Palavras (14 Páginas)  •  9.770 Visualizações

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Resolução do Caso Clínico 2

Paciente jovem, mulher, 25 anos, sofreu um acidente de carro e nesse acidente de carro teve compressão medular na cervical, passou muito tempo acamada, por conta disso teve formação de escaras em sacro e calcanhares, passou 15 dias internada, mas evoluiu bem com retorno de movimentos tanto de MMSS como de MMII. Com a descompressão houve diminuição de edema, hipotonia global, ela não sentava sozinha e não realizava movimentos antigravitacionais. Os músculos antigravitacionais tinham grau 2 de força.Saiu do hospital com escaras e tinha edema especialmente em MMII.

  • OBJETIVOS DO TRATAMENTO A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO

Entre os objetivos a curto prazo, citamos:

  • Acelerar cicatrização das escaras de calcanhares e sacro;
  • Evitar contraturas e atrofias da musculatura global;
  • Realizar descompressão medular;
  • Diminuir edemas.

 

Entre os objetivos a médio prazo, citamos:

  • Melhorar a contratilidade, extensibilidade e elasticidade dos músculos tanto de MMSS como de MMII;
  • Diminuir edemas;
  • Alongar e fortalecer musculatura global.

Entre os objetivos a longo prazo, citamos:

  • Eliminar edemas;
  • Melhorar controle postural;
  • Fortalecer músculos antigravitacionais;
  • Aumentar tônus muscular global;

  • PLANO DE TRATAMENTO

Para acelerar a cicatrização das escaras é importante ser realizada a mudança de decúbito a cada duas horas, com objetivo de melhorar a circulação sanguínea no local e com isso ajudar na cicatrização. Ao posicionar o paciente deve-se levar em conta fatores como alinhamento postural, distribuição de peso, equilíbrio, e redução de risco. Além disso é preciso ser feita a limpeza da ferida com soro fisiológico além de precisar de uma força mecânica mínima. Não deve ser utilizado os anti-sépticos, eles só devem ser usados durante um preíodo de tempo muito limitado até a ferida estar limpa e estar reduzida a inflamação circundante.Também pode ser utilizado a termoterapia. Do ponto de vista terapêutico, as alterações químicas e físicas que podem ser atingidas nos locais de aplicação da termoterapia são limitadas nos tecidos profundos a cerca de 5°C ou 6°C acima da temperatura normal, visto que uma elevação da temperatura adequada aumenta toda atividade celular (motilidade celular, síntese  e liberação de mediadores químicos, fagocitose  e crescimento celular). Antes de ser realizado a termoterapia deve ser realizado exame de sensação térmica e verificar a integridade da área a ser tratada. Sabendo que as escaras estão em estado inflamatório crônico e visto que a termoterapia é capaz de aumentar a taxa metabólica, atividade celular e fluxo sanguíneo, veremos alguns recursos termoterapêuticos que podem ser utilizados nesses casos:

 Laser He-Ne é um dos recursos termoterapêuticos indicados nesse caso, pois é capaz de aumentar a permeabilidade celular, estimular macrófagos a proliferar fibroblastos com comprimentos de onda de 660, 820 e 870nm.  Parâmetros: 3 a 6 J/cm² (densidade), 20 a 100W (Potência), 16Hz no modo pulsado com varredura.

O Infravermelho é outro recurso termoterapêutico utilizado na profilaxia de úlceras de pressão pois também aumenta o metabolismo local acelerando o processo de cicatrização. Parâmetros: Lâmpada Luminosa (deve ser ligada minutos antes da aplicação), lâmpada com distância de 50 a 75cm do local a ser aplicado, o tempo de aplicação deve ser de 20 a 30 minutos, com a temperatura de cerda de 40°C. Ao fim da aplicação a pele do paciente deve estar moderadamente quente e deve haver um moderado eritema.

O Ultravioleta também é utilizada nesses casos, visto que altas doses de ultravioleta são efetivas para matar bactérias e podem inibir o crescimento de colônias, esterelizar a superfície temporariamente, além da oxigenação da pele aumentar 48h após a aplicação. O ultravioleta deve ter comprimento de onda de 280 a 100nm (UV curto e germicida), a dosagem depende da quantidade de energia e responsividade biológica. A distância é de 50 a 150 cm. O tempo deve ser entre 30 e 90 segundos dependendo da gravidade da lesão.

Para evitar contraturas e atrofias musculares, melhorar a contratilidade, extensibilidade e elasticidade dos músculos é importante ser realizado alongamento das musculaturas globais. O alongamento é uma técnica que permite um estiramento das fibras musculares aumentando ou mantendo o comprimento destas estruturas. Através do aumento da extensibilidade músculotendínea e do tecido conjuntivo periarticular, o alongamento contribui para a melhora ou manutenção da mobilidade articular. Nesse caso, o  alongamento seria feito de forma passiva nas articulações de ombro, cotovelo,punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé.

Alongamento para articulação de ombro

Músculos Flexores: Realizando extensão e alongando os músculos: deltóide(porção anterior), e peitoral maior. Paciente em decúbito lateral, terapeuta ao lado do paciente com uma mão sobre o cotovelo e outra sobre o punho do paciente, realizando a extensão de ombro. Mantém-se o alongamento de 20 a 30 segundos. Realizar o alongamento pelo menos três vezes com breves intervalos entre as repetições.

  Músculos Extensores: Realizando flexão e alongando os músculos Deltoide(porção posterior), redondo maior. Paciente em decúbito dorsal, o terapeuta localizado ao lado do paciente com uma mão sobre o cotovelo e a outra no punho para ser realizada a flexão de ombro.Mantém flexionado de 20 a 30 segundos, repetindo a técnica três vezes com breves intervalos entre elas.

 Músculos Abdutores: Realizando a adução e alongando os músculos supraespinhal e deltóide. Paciente em decúbito dorsal, terapeuta ao lado do paciente com uma mão no cotovelo e outra no punho realizando a adução de ombro com o braço ultrapassando a linha média do corpo. Mantém o alongamento de 20 a 30 segundos, realizar pelo menos 3 repetições com breves intervalos entre elas.

 Músculos Adutores: Realizando a abdução e alongando os músculos supraespinhal e deltóide. Paciente em decúbito dorsal , terapeuta ao lado do paciente com uma mão no cotovelo e outra no punho realizando a abdução de ombro. Mantém o alongamento de 20 a 30 segundos, realizar pelo menos 3 repetições com breves intervalos entre elas.

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