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Hipertensão Arterial

Por:   •  3/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  970 Palavras (4 Páginas)  •  533 Visualizações

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HIPERTENSÃO ARTERIAL

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é conceituada como uma síndrome multifatorial, caracterizada pela presença de níveis de pressão arterial sistólicos(PAS) e diastólicos (PAD) elevados (RONDON e BRUM, 2003). Segundo dados do V Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (SBC, 2006) a prevalência da hipertensão arterial nas cidades brasileiras mostrou-se elevada, estimando que cerca de 22,3% a 43,9% da população brasileira adulta possa ser rotulada como hipertensa. Embora predomine na fase adulta, sua prevalência em crianças e adolescentes não é desprezível. Fatores como o sedentarismo, a obesidade, o diabetes e as dislipidemias estão associados ao risco cardiovascular global.

O sedentarismo por si só, já é um grande fator de risco. Em 1977, um estudo conduzido por Haapanen e col. demonstrou que o risco de desenvolver hipertensão arterial é 60% a 70% maior em indivíduos sedentários que em ativos (PAFENBARGER, 1978). Uma forma bem aceita para tratamento da HAS é a prevenção primária (KOHLMANN JUNIOR. e col., 1999) com execução de exercícios físicos que segundo a literatura diminuem os níveis pressóricos de repouso em indivíduos hipertensos (POLITO e FARINATTI 2003).

A hipertensão arterial é capaz de levar ao óbito aproximadamente 40% dos indivíduos acometidos apresentando lesão dos chamados órgãos-alvo tais como, o cérebro, o coração, os rins e vasos sanguíneos. Com isso, aumentam a incidência de Infarto Agudo do Miocárdio, Acidentes Vasculares Encefálicos e Insuficiência Cardíaca e Morte súbita (CHOBANIAN, 2003-FAGARD, 2001).

Desde o início do século XX triplicou o percentual de indivíduos com idade acima dos 60 anos e cada vez mais nota-se os indivíduos chegando à oitava década de vida (OSTFELD, 1988). No paciente idoso a hipertensão arterial (HA) se apresenta de duas maneiras: A forma combinada hipertensão sistólica e diastólica; hipertensão sistólica isolada (HSI). A HSI é mais comum com o envelhecimento em virtude das alterações estruturais das artérias, normalmente as de grosso calibre. Esta tendência também foi observada em estudos transversais em quase todas as populações, as quais mostraram que o nível médio da pressão sistólica aumenta de maneira linear a partir dos 50 anos, enquanto a pressão diastólica tende a cair a partir dos 55 anos de idade (KANNEL, 1978).

FISIOPATOLOGIA

Durante a sístole ventricular, a pressão se eleva até atingir valores máximos, chamada de pressão sistólica à medida que o sangue acumulado vai sendo transferido aos capilares, a pressão das artérias vai caindo lentamente, até chagar a um valor mínimo (pressão diastólica), antes de se iniciar o ciclo seguinte. Em virtude da combinação entre a descarga intermitente da bomba cardíaca e a alta resistência das arteríolas junto à elasticidade das artérias, o organismo mantém um aporte constante de sangue para irrigar os tecidos (FRANCHINI, 1994).

As artérias são permanentemente submetidas a altas pressões, se a resistência das arteríolas, que já é elevada, aumentar mais ainda, haverá necessidade de uma elevação adicional de pressão no sistema arterial para assegurar um bom fluxo nos capilares. A resistência das arteríolas depende basicamente do seu calibre, quando ele reduz, eleva a pressão arterial, sendo assim responsável pela hipertensão (KRIEGER, 1996).

Aproximadamente 90 a 95% de todas as pessoas que têm hipertensão apresentam “hipertensão essencial”, tal expressão significa que a hipertensão é de origem desconhecida. Segundo proposta de Guyton e col (1992) a hipertensão não ocorre na presença de rins normais e de que alguma forma de disfunção renal seria essencial para o desenvolvimento da hipertensão arterial. O conceito de hipertensão arterial essencial envolveria também a necessidade do rim de ter uma pressão arterial maior que a convencional para manter um volume adequado de espaço extracelular (CARVALHO, 2001).

PATOGENIA

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode assumir um comportamento sorrateiro sem apresentar sintoma nenhum, por isso é chamada de “assassina silenciosa” pela comunidade médica (PEREIRA, 2002).

A hipertensão arterial (HA) pode ser de dois tipos: Primária e secundária. Quanto à HA primária ou essencial, em cerca de 90% dos casos não se consegue evidenciar

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