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IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NA FUNÇÃO PULMONAR DE CRIANÇAS PORTADORAS DE ATROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA

Por:   •  14/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  309 Visualizações

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IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NA FUNÇÃO PULMONAR DE CRIANÇAS PORTADORAS DE ATROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA (AEP) TIPO I.

Alunos: Maria Geovana, Rhaylla Shirley, Thiago Nogueira e Valdeir Silva.

Fomentador (a): Sarah Mendonça

Turma: 6BM  

DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO

A.B.L, 1 ano e 9 meses, sexo feminino, com FC: 130 bpm; FR: 26 ipm; PA: 71 mmHg; T: 37,2ºC, nascida a termo por parto cesáreo. Apresentou início dos sintomas na fase intra-uterina devido a pouca movimentação fetal. Nos primeiros meses de vida demostrava fraqueza dos músculos intercostais. Aos quatro meses começou a apresentar dificuldades em permanecer simétrico em decúbito lateral, pouco controle ao sentar e fraqueza da musculatura de tronco. Aos 6 meses, durante a amamentação, a criança apresentou cianose e precisou ser levada ao hospital e fazer o uso de VNI (ventilação não-invasiva), tendo como diagnóstico inicial pneumonia aspirativa. Tal acontecimento desencadeou infecções respiratórias de repetições onde culminou a internações prolongadas. Com um ano e um mês, a paciente foi encaminhada ao setor de pediatria do Hospital particular, no estado de Pernambuco por apresentar dificuldade na deglutição e secreções nas vias aéreas inferiores. Ao exame clínico foi observado hipotonia, fraqueza muscular nos membros inferiores e músculos respiratórios. Observou-se também que a criança tinha deformidade torácica do tipo Pectus Excavatum. Para confirmar o diagnóstico de AEP (atrofia espinhal progressiva), foi realizado o diagnóstico molecular (DNA) onde foi encontrada alteração no gene de sobrevivência do motoneurônio (SMN1) e a eletroneuromiografia, onde foi detectado desnervação e aumento da amplitude do potencial de ação muscular composto, havendo a atividade espontânea da unidade motora, confirmando assim o diagnóstico da AEP tipo I ou Síndrome de Werdnig-Hoffmann.

DISCUSSÃO

        Com base no caso clínico apresentado o objetivo proposto é retirar secreções de vias aéreas inferiores, melhorar a deformidade do tórax Pectus Excavatum e a pneumonia aspirativa, diminuir as infecções respiratória através de ventilação não invasiva (VNI), traqueostomia, cough assist e o reequilíbrio Tóraco-abdominal (RTA).

Os estudos realizados por Baioni e Ambiel em 2010, mostraram que os cuidados ao paciente incluem um rápido acesso às intervenções clínicas especiais e suporte respiratório quando necessário (incluindo desde ventilação não invasiva ate traqueostomia e ventilação mecânica). Técnicas de limpeza das vias aéreas e de mobilização das secreções são muito úteis e incluem fisioterapia pulmonar e drenagem postural.

De acordo com Paschoal et al., (2006) nas situações em que a força para tossir praticamente não existe, está formalmente indicado um aparelho capaz de fazer insuflação com pressão positiva e aspiração, com pressão negativa, imediatamente após a expansão pulmonar. Este aparelho é conhecido como IN-Exsufflator ou Cough assist. A comparação dos picos de fluxo da tosse produzidos com estas máquinas e aqueles produzidos pela máxima insuflação e tosse assistida revela a superioridade da reprodução mecânica da tosse. Na verdade, a disponibilidade de uma destas máquinas facilita sobremaneira o cuidado de pacientes com doença neuromuscular, mesmo em fases não muito avançadas de comprometimento da força muscular respiratória.

Já os autores, Ricz et al., (2011) relataram que a traqueostomia favorece a conexão com a ventilação mecânica e facilita a aspiração de secreções de forma mais efetiva sendo, portanto, indicada para pacientes com doenças neurodegenerativas em decorrência das alterações respiratórias e neuromusculares. Contudo o estudo realizado por Feitosa, Silva e Cunha em 2014, destaca que o uso de traqueostomia por tempo prolongando pode acarretar em complicações, tais como: desconexões acidentais, morte súbita por rolha, prejuízo no transporte mucociliar, sangramentos e o aumento quantidade de secreção.

Entretanto os autores Vasconcelos et al., (2005) mostraram que a VNI (ventilação não-invasiva) por pressão positiva tem sido usada com sucesso no suporte respiratório de pacientes com complicações agudas e crónicas de doenças neuromusculares. É uma opção segura, bem tolerada, facilita o desenvolvimento da criança e não interfere com a vocalização e aprendizagem, problemas inerentes à traqueostomia. Ajuda a suprimir os sintomas de hipoventilação alveolar crónica (acordares múltiplos, sudorese noturna, cefaleias matinais, sonolência diurna), facilita a extubação, pode prevenir a intubação em caso de insuficiência respiratória, melhora a qualidade de vida e aumenta a sobrevida.

O paciente em uso de VNI pode apresentar algumas complicações, sendo as mais comuns aquelas relacionadas à mascara, ao fluxo e à pressão. As lesões cutâneas variam desde eritema transitório até a necrose cutânea. Deformidade facial é diretamente relacionada ao tempo de uso [...]. No entanto, se a adaptação for adequada e o paciente bem orientado e atendido, esses efeitos não são tão comuns e a maioria deles é contornável (FONSECA et al., 2008).

Nos estudos de Vasconcelos et al., (2005) afirma que para o sucesso da VNI é fundamental um suporte familiar adequado que garanta todos os cuidados no domicílio, o prestador de cuidados da criança deve estar familiarizado com a utilização do insuflador manual em caso de dessaturações súbitas, na aspiração de secreções, no reajuste da máscara nasal e no reposicionamento da criança, de forma a facilitar a ventilação e a eliminação das secreções das vias aéreas.

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