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Percepção do Fisioterapeuta Sobre Cuidados Paliativos em Pacientes Oncológicos: Uma Revisão integrativa

Por:   •  20/4/2021  •  Artigo  •  1.025 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NOS CUIDADOS PALIATIVOS DE PACIENTES ONCOLÓGICOS

INTRODUÇÃO

Câncer é o termo usado para definir um conjunto de doenças que se relacionam pela capacidade de crescimento descontrolado das células, que por sua vez, invadem tecidos e órgãos, tornando-se agressivas e incontroláveis, espalhando-se para outras regiões do corpo em forma de metástase, levando o indivíduo muitas vezes ao óbito (MOURA e GONÇALVES, 2020).

O câncer é apontado como o principal problema de saúde pública no mundo, sendo uma das quatro principais causas de morte em indivíduos abaixo dos 70 anos de idade na maioria dos países, com uma estimativa de 625 mil novos casos para cada ano do triênio 2020-2022 apenas no Brasil (INCA, 2019).

Ainda de acordo com o INCA (2019), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em todo o Brasil com (177 mil), o de mama e próstata chega a (66 mil cada), cólon e reto equivalentes a (41 mil), o de pulmão (30 mil) e estômago (21 mil) casos ao ano, com exceção do câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais freqüentes nos homens são da próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e da cavidade oral com (5,0%). Nas mulheres, em primeiro lugar vêm os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e da tireóide com (5,4%). A incidência do câncer de pele não melanoma, corresponde a 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% dos casos em mulheres.

O câncer causa impactos físicos, psicológicos e sociais. Entre as repercussões mais recorrentes, destaca-se a dor, a fadiga, náuseas e vômitos, edema e linfedema, dispnéia, constipação intestinal, alterações nutricionais, incapacidade funcional e algumas alterações cognitivas, entre elas, o delírio, a dificuldade de concentração, o distúrbio do sono, angustia espiritual, ansiedade e depressão (COSTA, 2017).

Tendo em vista o sistema de saúde brasileiro, no qual, para a maioria da população, existe enorme dificuldade de acesso, resultando assim em muitos diagnósticos tardios e atrasos freqüentes no início do tratamento do câncer, cresce a taxa de morbimortalidade e conseqüentemente a necessidade de cuidados paliativos para os pacientes sem possibilidades de cura (REIS, 2018).

A Academia Nacional de Cuidados Paliativos descreve Paliar como proteger, essa palavra vem do Latim Pallium, termo empregado para nomear o manto usado pelos cavaleiros como forma de proteção a tempestades. Quando se fala em proteger um paciente, a idéia é de cuidado, ou seja, ajudar a amenizar a dor física, psicológica, social e espiritual (ANCP, 2017).

A definição de cuidados paliativos foi desenvolvida ao longo de anos, em vários países e sob condições diferentes, alternados pelo tempo e lugar (KUCHASKA et al, 2019). Atualmente, baseado em consenso global, a Internacional Association For Hospice e Palliative Care, define cuidados paliativos como o cuidado holístico que se tem a indivíduos de qualquer faixa etária, com graves doenças que colocam as suas vidas em risco e especialmente daqueles que se encontra em estado terminal (IAHPC, 2018).

O tratamento paliativo é realizado por uma equipe multidisciplinar, visto que nenhuma profissão consegue abranger todos os aspectos indispensáveis no tratamento desses pacientes. O fisioterapeuta inserido nesta equipe atua no processo de recuperação do indivíduo, por meio de um conjunto de técnicas que melhoram tanto na sintomatologia, quanto na prevenção e qualidade de vida do paciente oncológico (BURGOS, 2017).

É indispensável a atuação do fisioterapeuta em todos os estágios da doença, tendo em vista, diversas limitações físicas e agravos gerados pela evolução do câncer, podendo ser citados os mais comuns, como o imobilismo causado pela permanência no leito ou cirurgias, a dor, dispnéia, acúmulo de secreções, dificuldade para respirar e realizar as Atividades de Vida Diária (AVD's), tosse, rigidez articular, redução da capacidade da força muscular, edemas e linfedemas (ROCHA et al., 2016).  A fisioterapia paliativa busca a melhora da qualidade de vida dos pacientes com câncer sem possibilidades de cura, diminuindo os sintomas e promovendo sua independência funcional (BURGOS, 2017).

As técnicas fisioterapêuticas complementam e são indispensáveis nos cuidados paliativos, tendo como principais intervenções os métodos analgésicos como a eletroterapia, crioterapia e termoterapia; as intervenções nos sintomas psicofísicos como o estresse e a depressão, através de técnicas de relaxamento e terapia manual; a atuação nas complicações ostemioarticularese linfáticas, com o uso da cinesioterapia, hidroterapia, mecanoterapia, uso de bandagens, órteses, drenagem linfática manual e orientações; técnicas e equipamentos que melhorem a função pulmonar dos pacientes (ROCHA et al., 2016).

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