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TENS E ANALGESIA: ATUALIZAÇÃO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Por:   •  23/4/2019  •  Dissertação  •  381 Palavras (2 Páginas)  •  237 Visualizações

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Universidade Federal de Sergipe

Nayla Andrade do Nascimento

RELATÓRIO DE AULA

TENS E ANALGESIA:

ATUALIZAÇÃO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

São Cristóvão

2019

Na aula ministrada pela Profª Drª Josimari Melo DeSantana, foram abordados princípios básicos, mecanismos de ação, parâmetros para uso clínico e perspectivas sobre a TENS. A TENS é a técnica de aplicação cutânea de corrente elétrica para promover analgesia, consistindo em um recurso não-farmacológico, não-invasivo, de baixo custo e fácil aplicação. Seus parâmetros de estimulação incluem frequência (Hz), duração de pulso (μs) e amplitude de pulso (mA). A estimulação atinge de níveis sensoriais à níveis motores, à medida em que se aumenta a amplitude de pulso. Não há estudos que comprovem o tempo ideal de aplicação da TENS, sendo o mais indicado em torno de 20 a 30 minutos. Os locais de aplicação incluem dermátomos, pontos de acupuntura, trajeto do nervo, paraespinal e extra-segmentar. Por muito tempo explicou-se o efeito analgésico da TENS através da Teoria das Comportas, onde um estímulo mecânico estimula fibras A alfa e beta, sobrepondo-se às fibras A delta e C que conduzem os impulsos nociceptivos. Porém, alguns aspectos não são explicados por essa teoria, como o efeito permanecer após a cessação do estímulo. Na realidade, a TENS promove efeitos supraespinais, como ativação de receptores opioides (μ, ativados por baixa frequência, e δ, por alta frequência) e ativação da via descendente inibitória da dor; efeitos espinais, como liberação de serotonina, acetilcolina e GABA, e redução de neurotransmissores excitatórios; e efeitos periféricos. Como a TENS age através de mecanismos opioides, pode levar à tolerância dos efeitos com a aplicação repetida, podendo-se retardar esse evento através de estratégias como a alternância da frequência e amplitude de pulso, fato já comprovado através de pesquisas. Na literatura são apontadas algumas contraindicações, como o uso em gestantes, disritmia, hipossensibilidade e marca-passos, porém estudos estão sendo desenvolvidos para comprovar a veracidade dessas informações. Por fim, a TENS produz efeitos neurobiológicos como redução da hiperalgesia primária e secundária, da alodinia e da sensibilidade periférica e central. A percepção desses efeitos pelo paciente pode ser modificada pelo modo como é feita a abordagem do tratamento e educação em saúde. A TENS e o exercício físico reduzem a sensibilização central, porém é importante enfatizar que a TENS é um recurso passivo, não sendo superior a um exercício, que constitui uma técnica ativa.

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