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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Por:   •  24/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.853 Palavras (8 Páginas)  •  40 Visualizações

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Matheus Costa Leite - 7º período de Medicina - 2020-2

#DPOC

-Doença inflamatória crônica obstrutiva parcialmente reversível e progressiva de via aérea distal de repercussões sistêmicas e resposta exacerba a agentes nocivos, ex. gases. E=16% em >40 anos.

FP= bronquite - irritação crônica dos brônquios, 90% não obstrutiva (hipersecreção de muco, tosse crônica produtiva e inflamação/ constrição brônquica), 10% DPOC, acrescido de sintomas como disfunção ciliar, fibrose, broncoespasmo, hiperinsuflação pulmonar e colapso bronquiolar.

-Enfisema - perda da elasticidade com ↑volume e destruição alveolar por proteases por exposição a gases/poeiras ocupacionais (fábrica, fogão a lenha) e tabaco (80-90%, > 40 maços/ano e fumante passivo) que geram estresse oxidativo (superóxidos), ↑proteases e ↓antiproteases acinar e consequente deficiência de α1-antitripsina (enzima que protege o interstício pulmonar da elastase), que também pode ser autossômica recessiva (1%), comum em jovem sem fator de risco. Isso ↑elastase neutrofílica que, junto a M0, N0, LT, IL-8 e TNFa, sustenta a inflamação neutrófílica e gera fibrose e degradação acinar e leva ao enfisema precoce (raro < 25 anos), tipicamente, o enfisema centrolobular, que associa à cirrose hepática (α-1-antripsina anormal aglutina no fígado). Aprisiona-mento aéreo (dilatação e destruição bronquiolar) e ↑espaço morto também contribuem, assim como doenças pulmonares, ex. asma, TB.

S=tosse e expectoração mucoide crônica seguida de dispneia progressiva, piora diurna e aos esforços, tórax globoso (barril/tonel), uso de musculatura acessória, movimento paradoxal do tórax inferior (retração inspiratória do 1/3 inferior do tórax), chieira torácica (reversível), expiração ativa e prolongada, respiração superficial. Desconfortável em decúbito dorsal (ortopneia) e ventral e dispneia paroxística noturna, mesmo sem ICC. ↓expansibilidade, FTV simétrico, timpanismo bilateral, sibilos difusos, ↓MV e crepitações protoinspiratórias.

-Possuem ↑risco de osteoporose, depressão, DCV, CA e DRGE.

Predomínio bronquítico - Pletórico azul - não combatente com hipoxemia crônica: cianose (↓PO2 por ↑muco e broncoconstrição), hipertensão pulmonar (vasoconstrição), policitemia 2ária (↓PO2 ↑eritropoetina), tosse produtiva (↑muco), edemaciado (IVD).

Predomínio enfisematoso - Soprador róseo - combatente, magro caquético (hiperventila para ↓CO2, também ↑TNF-α/ caquecina)) com dispneia progressiva, posição de 3 apoios (nádegas e braços), boca semiaberta. Sem cianose, hipertensão pulmonar e policitemia.

D= epidemiologia, clínica e espirometria - volume expiratório forçado no 1º seg (VEF1) e capacidade vital forçada (CVF) - índice de Tiffeneau VEF1/CVF <0,7 (normal>0,8). Prova broncodilatoadora (salbultamol) com melhora parcial diferencia da asma que há reversão dos sintomas.

EC= RX de tórax - ↑trama broncovascular, se avançado, ↑diâmetro ântero-posterior, hipertransparência, ↑espaços intercostais e retroesternal (>2,5cm), afilamento mediastinal e redução da vasculatura pulmonar, retificação da cúpula diafragmática, coração em gota (verticalização). -TC de tórax - ↓atenuação pulmonar e diâmetro de vasos pulmonares por enfisema (centrolobular, parasseptal, panlobular), espessa vias aéreas.

-Gasometria - ↓PO2 (<70 (normal 80-100, hipoxemia <60) e ↑PCO2 (50-60 (normal 25-45) caracteriza acidose respiratória crônica com dessensibilização de receptores de CO2, substituindo-os por receptores de O2. ↓SatO2, se indicação de oxigenioterapia, manter entre 88-92%, pois ↑O2 ↓reflexo respiratório bulbar, ↑CO2 pela bradipneia, o que gera intoxição por CO2 gerando carbonarcose com confusão mental.

-Hemograma (eritrocitose), íons, função renal, ECG, a1antripsina.

Estadiamento= GOLD 1 - Leve (VEF1 ≥ 80%), 2 - Moderado (50-80%), 3 - Grave (30-50%) e 4 - Muito Grave (<30%). MCRm - 1 - dispneia ao correr ou em inclinação leve, 2 - ritmo de caminhada abaixo para a idade ou pausa para respirar, 3 - pausa após 100m ou poucos min, 4 - impede

sair de casa e se vestir. Em > 2 exige + sintomáticos e broncodilatadores.

-Exacerbação em 12 meses - 2/+ ou 1 hospitalização, associa broncodilatador de longa ação (LAMA + LABA) ou LABA + corticoide.

Exacerbação

MCRm

CAT

Sintomas

Risco de exacerbação

A

0-1 sem hosp

0-1

<10

-

-

B

0-1 sem hosp

2/+

≥10

+

-

C

2/+ ou 1 hosp

0-1

<10

-

+

D

2/+ ou 1 hosp

2/+

≥10

+

+

T= cessação de tabagismo, evitar fumaças, suporte nutricional em IMC < 21, exercícios regulares (30min, 4x/semana), reabilitação pulmonar (fisioterapia, apoio psicológico), em casos específicos, O2 domiciliar (se PO2 < 55 mmHg em repouso ou SatO2 <88% ou PO2 < 56-59 mmHg com cor pulmonale ou policitemia (Ht>55%), manter 88-92% e 15-24h/dia). Vacina influenza anual, pneumo 23 a > 50anos e reforço aos 65 anos e/ou pneumo 13 em > 50 anos.

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