A Hipertensão Arterial Sistêmica

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Definição Pressão Arterial - a PA é definida através da pressão exercida pelo sangue sobre as paredes das artérias, dependendo da força de contração do coração, da quantidade de sangue e da resistência na parede dos vasos. No adulto saudável, a pressão de pico de cada pulso, conhecida como sistólica, é de 120 mmHg, enquanto no ponto mais baixo, conhecida como diastólica, é de 80 mmHg (HALL e GUYTON, 2017).

Definição hipertensão - a HA é definida como uma doença crônica do sistema cardiovascular, caracterizada através do aumento da pressão sistólica (PAS) e pressão diastólica (PAD) no interior das artérias (BRASIL, 2022).

A Hipertensão arterial sistêmica tem causa multifatorial, podendo estar associada com anormalidades nos mecanismos de regulação da pressão arterial, tanto fisiológicos como bioquímicos. Como por exemplo, alterações hemodinâmicas, alterações no metabolismo de sódio, distúrbios do sistema renina-angiotensina-aldosterona com o excesso da atividade desse sistema e distúrbios do sistema nervoso autônomo simpático com hiperatividade. Alguns desses fatores vão passar a aumentar o débito cardíaco, enquanto outros vão aumentar a resistência periférica (SANJULIANI, 2002).

Outros fatores desencadeantes da hipertensão arterial, podem estar relacionados com fatores ambientais, como tabagismo, consumo de álcool de forma excessiva, obesidade, sedentarismo, consumo exagerado de sódio, hipercolesterolemia e estresse. Porém, cerca de 90% dos casos estão atrelados ao fator genético (BRASIL, 2022).

Segundo as atualizações das diretrizes brasileiras de hipertensão arterial (2020), o diagnóstico de HA é caracterizado pela persistente elevação da pressão arterial, com PAS maior que 140 mmHg e PAD superior a 90mmHg, feitas com a medição de maneira correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes e sem o uso de medicamentos que possam alterar (BARROSO et al, 2020).

Sintomas

A hipertensão é conhecida como uma doença de caráter silencioso, pois seus principais sintomas aparecem somente em um quadro de pressão muito elevada. Os principais achados sintomáticos são: dor no peito, cefaléia, tonturas e zumbidos no ouvido, pode ocasionar sangramento nasal, fraqueza e visão embaçada/turva (BRASIL, 2022).

Tratamento

A HAS não tem cura, mas pode ser controlada. Esse tratamento é feito por meio de fármacos atuantes no sistema cardiovascular assim como no sistema renal (uma das principais fontes de regulação da PA). As principais classes farmacológicas nesse caso são: diuréticos, bloqueadores adrenérgicos,vasodilatadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina, antagonistas dos canais de cálcio e dos receptores de angiotensina II. Além disso, métodos não farmacológicos, mas mudanças nos hábitos como: manter peso adequado, praticar exercícios de forma regular, parar de fumar e de consumir álcool de forma excessiva, controle de diabetes e dieta rica em sódio (BRASIL, 2022).

Complicações

De modo geral, a hipertensão arterial, pode causar diversas complicações do sistema cardiovascular, assim como do sistema renal. Algumas das principais complicações são: lesão de artérias, aneurismas, angina de peito, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, AVC, demência e insuficiência renal crônica (BRASIL, 2022).

CRISE HIPERTENSIVA

Pacientes com ou sem diagnóstico de Hipertensão Arterial (HA) podem apresentar quadros de crises hipertensivas, onde geralmente esses eventos agudos são caracterizados por pressão arterial sistólica (PAS) superior a 180 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) superior a 120 mmHg. Geralmente, os pacientes acometidos por crise hipertensiva tem